Continuação...Peguei na mão do Ricardo, fiz ele levantar e saímos andando. Um lugar tão bonito assim merece ser aproveitado.Saímos caminhando, deixando Melissa e Henry para trás. Peguei no braço do Ricardo, me sentindo confortável com sua presença.— Está num clube, querido. Tira essa camisa e mostra a perfeição por baixo. — Tentei provocá-lo, tentando deixá-lo mais à vontade.— Não, não vou tirar. Essa camisa é levinha, cavada, está boa. — Ricardo argumentou, sem sequer olhar para mim. Percebo como ele é paciente, mesmo eu agindo como uma completa idiota hoje. Continua aqui, ao meu lado, como se nada tivesse acontecido.— Preferia sem. — Ele sorriu tímido, mas percebo que está mesmo incomodado com o jeito que o tratei. Eu não deveria ter feito isso. Ficou chato e estranho. Paramos em frente a um dos quiosques.— Pega ela para mim. — Falei, indicando Mia.— Tenho medo de deixá-la cair, Bárbara. — Ele hesitou.— Olha o tamanho desses braços. Não é possível que vai deixar essa pequena
MELISSAHenry continua me surpreendendo. Ele está se mostrando um homem completamente diferente daquele dos últimos três anos. Cada gesto, cada atitude, me faz perceber o quanto ele está empenhado em ser melhor. E confesso que me emociona. Hoje, ele foi totalmente amigável com o Lennon, algo que jamais esperei, dada a história complicada entre eles. Foi uma surpresa positiva, e não consigo evitar um sorriso ao pensar nisso.— Agora é só nós dois, amor. — Ele murmura, me puxando suavemente para sentar entre suas pernas.— Deixa de ser bobo. — Respondo, acariciando seu rosto antes de selar nossos lábios em um beijo suave. — Agradeço por ser tão tranquilo com o Lennon. Me surpreendeu mesmo.— O cara tava se borrando de medo. Não gosto de ver isso, Mel. Se ele tivesse agido de outra forma, talvez minha reação fosse outra. — Ele dá de ombros, relaxado, enquanto suas mãos permanecem firmes em minha cintura.— E a Cristal, hein? Fazendo de tudo para chamar atenção. — Reviro os olhos, ainda i
MelissaPeguei em sua mão e, juntos, caminhamos para o quarto. Ele abriu a porta e me deixou entrar primeiro. Assim que ele a fechou, puxei-o pela camisa, trazendo-o para perto. Dei três leves tapinhas em seu rosto e sorri. — Você é meu, entendeu? — Falei firme, encarando seus olhos. — Você ainda tem dúvidas disso? — Não, não tenho. Mas estou aprendendo a ser territorialista. — Sorri e agarrei seu pescoço, puxando-o para que se inclinasse. Beijei seus lábios com intensidade. Caminhamos lentamente até a cama, e eu o empurrei sobre ela. Ele mordeu os lábios, me observando, enquanto eu tirava minha blusa. — Você é minha, amor. — Ele murmurou, passando as mãos com firmeza em meus seios. Em seguida, abocanhou um deles, enquanto os dedos da outra mão acariciavam o bico do outro com movimentos circulares. — Ahh, caramba, Henry… — Ele parou e me olhou nos olhos. — Vou pensar se quero isso. — Sorri de canto e, em seguida, coloquei sua mão de volta sobre meu seio. — Não brinca com
ElisângelaLogo cedo, Eduardo pediu que eu fosse ao seu encontro. Bárbara saiu com Ricardo para o clube, e fiquei feliz ao perceber que eles estão se entendendo bem. Quero o melhor para meus filhos; eles sempre foram e sempre serão minha prioridade. Como Bárbara saiu, não vi motivo para não ir até Eduardo. Ele estava com uma voz aflita e disse que teríamos problemas à vista e precisaríamos saber como lidar. Não vou negar que fiquei nervosa com o tom de sua fala.Sem imaginar mais nada, pensei que Ricardo, irmão de Eduardo, pudesse ter descoberto nossos encontros, mas não me alarmei, já que Ricardo é prudente e muito cauteloso. Ainda assim, isso me deixa receosa. Não sou uma mulher amedrontada, mal me importo com o que os outros falam ou pensam de mim, mas me importo demais com o julgamento dos meus filhos. Esse é meu maior temor.Sem muita demora, tomei café da manhã e pedi à secretária do lar que preparasse uma cesta com café da manhã para eu levar ao Eduardo. Ele é muito desleixado c
Peguei em suas mãos e as tirei do rosto. Ergui seu queixo e a puxei para um abraço. Quero que ela sinta que ainda tenho carinho por ela, e isso não vai mudar. Quem sabe esse gesto a ajude a sair dessa paranoia em que se encontra.— Você é forte, não precisa disso. Precisa aprender a ser uma mulher de verdade e seguir em frente, deixando o passado para trás. — Digo a ela, o mesmo que aconselharia à minha filha. Graças a Deus, minha filha sempre teve a minha personalidade: nunca se deixou envolver por quem não merecia sua atenção. Vejo isso também na esposa do meu filho. É uma mulher forte, que soube se reerguer após o divórcio. Em nenhum momento a vi correr atrás do meu filho, choramingando. É esse tipo de mulher que admiro, e sempre fui assim, mesmo que de um jeito torto. Sempre dei liberdade a quem quisesse sair da minha vida, mas nunca dei tanta liberdade para quem quisesse entrar. Isso precisa ser conquistado, como Eduardo tem feito.— Madrinha, me ajudaaaa, por favor. — Ela chora
EduardoNa tarde de domingo…Já tentei falar com Elisângela de todas as formas. Marcamos hoje cedo para ela vir à minha casa, mas até agora nada dela aparecer. Estou preocupado, principalmente porque Renata está me pressionando para que eu dê uma posição a ela. Essa mulher não se cansa. Não é à toa que Henry não quer nada com ela. Será que ela não percebe o quão insuportável isso é?Em mais uma tentativa, liguei novamente para Elisângela, mas desta vez alguém atendeu, e não era ela.Ligação— Olá, boa tarde. Tauros falando. A senhora Elisângela está incomunicável no momento.— O que aconteceu? Onde ela está?— Quem está falando?— Eduardo, Tauros.— Ah, senhor Eduardo. A senhora Elisângela teve um mal-estar e está no hospital.— Merda! Que hospital? Estou indo agora. A família está com ela?Tauros respondeu minhas perguntas e me passou o endereço do hospital, mas já sei onde é. É o mesmo que ela foi da outra vez. Minha mente deu um nó. E se eu for até lá e a família aparecer? Merda, o
Mensagem Eduardo x Renata— O que você fez com a Elisângela, sua maldita?— Eu? Eu não fiz nada com ninguém. Será que ela já te deu um pé na bunda para você estar tão preocupado? Saiba que não terá escapatória, não é mesmo? Para o seu alívio, ainda não abri a boca, mas estou pensando seriamente em fazer isso. Tanto você quanto a Madrinha vão sair queimados dessa roda de fogo.— O que você quer?— Quero que convença a Elisângela de que é melhor me ajudar. Estar ao meu lado é mais benéfico, e ela sabe disso. Só precisa ser lembrada de forma mais convincente. E lembre-se: a partir do momento que ela souber da Melissa, você levará aquele pé na bunda. Esteja ao meu lado e sairá no lucro.— Vai para o inferno!Envio a mensagem sem paciência. Nunca passei por problemas assim, e é quase tentador pensar em deixar tudo de lado e voltar para a minha vida desapegada, antes de levar um pé na bunda daqueles. Mas não estou disposto a desistir assim. Se Elisângela não me quiser em sua vida, ela que d
ElisângelaMe senti deslocada, passando mal daquela maneira, e ainda mais sem chão ao perceber que Renata não teve um pingo de compaixão para me ajudar, mesmo depois de eu reclamar que não estava enxergando nada. Afinal, nunca fui de me queixar com ninguém sobre o que passo. Pensei que ela fosse me ajudar ao me ver naquele estado, mas estava enganada. Agora, vejo que tenho feito as mudanças certas, afastando pessoas que apenas sugam minhas energias.Fui encaminhada para o hospital e, no caminho, acabei apagando, enquanto meu segurança tentava falar comigo. Nunca passei por algo assim antes. Tive a terrível sensação de que meu tempo está se esgotando.Para minha surpresa, não acordei sozinha no hospital. Eduardo estava ao meu lado, segurando minha mão. Há tempos não sinto tanto carinho por um gesto simples como esse. Me senti acolhida por ele, algo que há muito tempo faz falta na minha vida.Não sou ingênua. Sei que ele gosta da minha companhia, da atenção que dou a ele, e também da vi