Eu dei um sorriso leve:— Sr. Khan está certo. As informações que você me entregou foram muito limitadas. Mas não se preocupe, a Sophia já me trouxe todos os documentos mais recentes e me explicou cada detalhe. Ela foi muito cuidadosa nesse aspecto. Afinal, quando se trata de vender uma marca, é preciso apresentar o que há de melhor, não é mesmo? Sr. Khan, você precisa me mostrar o melhor que vocês têm! Caso contrário, como posso decidir se devemos ou não colaborar? Se os produtos não tiverem um diferencial, com base em que eu fecharia um acordo? Minha voz soou mais afiada.Percebi que o rosto de Zeus ficou um pouco sombrio, mas sua irritação era dirigida a Khan. Pelo que ouvi, Khan era parente de Helena. Zeus perguntou casualmente a Khan:— Por que você não trouxe todas as informações mais recentes?Em seguida, Zeus olhou para Sophia:— O que você conseguiu é o mais atual?Sophia respondeu prontamente:— Eu peguei diretamente com o chefe de marketing da XR, o Amadeu. Deve ser o mais
Eu elogiei mentalmente: "Bom! Que dignidade."Helena também encarava Sophia, surpresa por ela manter a calma e não responder. Sem dúvida, Helena ficou desconcertada com a falta de reação de Sophia, o que a deixou sem argumentos. A imprudência de Helena era evidente, especialmente quando comparada a Catarina, que era muito mais sagaz. Não era à toa que Helena havia caído na armadilha de Catarina.Vendo que Sophia não havia entrado em seu jogo, Helena voltou-se para Zeus:— Não percebeu ainda, Zeus? Ela nem te leva a sério!O rosto de Zeus se fechou.— Você foi feito de bobo por essa Sophia. Se ela saiu da Empresa YX, é porque nunca teve a intenção de ajudar a empresa! E você, todo ingênuo, achando que ela está do seu lado? Ela é uma traidora! Se não fosse, por que teria se mudado para a Empresa de Construção DX? Catarina já tinha avisado, algumas pessoas são... — Continuou Helena.— Cale a boca! — Zeus explodiu, incapaz de se controlar, virando-se furioso para Helena.O grito de Zeus me
Continuei explicando:— Houve uma quebra de contrato, o que lamento muito. No entanto, Sophia fez um excelente trabalho em gerenciar a situação. Ela disse que, se precisarmos, vai se empenhar ao máximo para coordenar com o distribuidor principal e servir como intermediária. Afinal, eu já deixei claro para eles que esse material é para uma obra importante.— Apesar da quebra de contrato ter bagunçado nossos planos, felizmente, não tivemos grandes prejuízos na época. — Resumi o ocorrido de forma simples.Helena, é claro, não aceitou a explicação. Com um sorriso irônico e o olhar desdenhoso, disparou:— Quem diria! Finalmente teve uma chance de virar o jogo, não é?— Sra. Helena, não é que eu tive uma chance de virar o jogo. Foi vocês que perderam a melhor oportunidade! — Retruquei, encarando-a com firmeza. — Se não fosse por sua má gestão, o fornecimento de tijolos para todo o projeto da nova Cidade Z teria ficado exclusivamente com a Empresa YX. Mas você, Helena, conseguiu estragar tudo
Sophia, em um tom intencionalmente fraco, disse:— A Srta. Luiza é a esposa do Daniel!Essa frase foi o suficiente para destruir completamente o ar de superioridade de Helena.Eu, então, falei com calma:— Sra. Helena, encontrar você hoje foi realmente algo inesperado, e por isso tenho algumas coisas que gostaria de lhe dizer. Não me importa qual é a sua relação com Catarina, que tipo de amiga ela é para você, mas há algo que posso lhe garantir: o projeto do Verde Vista Residencial sempre foi da nossa Empresa de Construção DX.O clima na sala ficou insuportavelmente tenso. O rosto de Zeus estava completamente desfigurado pela frustração. Para um empresário, aquele era, sem dúvida, um dos seus piores momentos.— Quando Catarina trouxe vocês para o XR, eu não sei como foram as negociações, mas o que sei é que ela usou vocês como ferramentas para conquistar o XR e alcançar os próprios objetivos: tomar o controle da XR para si. Sinto muito em lhe dizer, mas você foi usada! — Continuei.— N
Quando chegamos ao restaurante, liguei para Daniel. Descobri que ele também estava jantando com clientes. Ao saber que eu já havia terminado, ele, surpreso, perguntou:— Como assim, já acabou?Respondi, triunfante:— O negócio foi por água abaixo. Na verdade, eu só queria ajudar a Sophia a desabafar. Ela disse que finalmente tirou um peso das costas depois de tantos anos!— Sério? Fez tudo isso e ainda está comemorando? Então, quer vir onde estou? Posso mandar o Jacó te buscar. — Ele perguntou, com a voz suave e cheia de carinho.Sophia olhava para mim, claramente com uma pontinha de inveja.— Não, obrigada! Estou aqui jantando com a Sophia. Quando você terminar, vem nos buscar. Estaremos aqui esperando por você! — Disse eu com um sorriso.— Combinado! Até daqui a pouco. — Respondeu ele, antes de desligarmos.Pedimos nossos pratos de massa preferidos e entre uma garfada e outra, conversávamos sobre o que tinha acabado de acontecer. Estávamos nos divertindo muito. Mas é claro, como semp
Aquele gesto de Teresa me tirou completamente do sério. Bati com força na mesa e gritei:— Vocês se atrevem? Quero ver quem aqui vai tocar nela!O marginal que estava mais próximo ficou paralisado com o meu grito, claramente surpreso. Talvez não esperasse que uma mulher, vendo-se cercada, ainda mantivesse tanta firmeza. Ele olhou para mim, depois para Teresa, sem saber se deveria ou não agir.Por dentro, meu coração batia acelerado. Eu sabia que estávamos em desvantagem. Aqueles rapazes eram jovens e imprudentes, e, se partíssemos para a briga, nós certamente sairíamos perdendo. Eles eram muitos, mais fortes e, sobretudo, homens. Mas eu não podia permitir que nos humilhassem assim, muito menos deixar que machucassem Sophia. Por isso, levantei a voz, tentando ao menos intimidá-los. Às vezes, a postura é metade da batalha, e eu não podia me acovardar.Sim, eu sabia que o ditado dizia para não arriscar à toa, mas naquele momento, "baixar a cabeça" simplesmente não era uma opção.Foi então
Um dos marginais mais próximos de Vasco avançou de repente, gritando:— Quem você pensa que é, seu idiota, pra querer bancar o herói?Mas Vasco foi mais rápido. Ele agarrou o punho do rapaz no ar, torceu-o com força e o empurrou. O sujeito tropeçou e foi de encontro direto a Teresa, que quase caiu. Ela se recompôs, furiosa, e gritou:— Ele tá sozinho! O que vocês estão esperando? Ataquem todos juntos! Vamos ver se ele se mete em briga de novo!Os outros marginais, encorajados pelas palavras de Teresa, partiram para cima de Vasco ao mesmo tempo.O restaurante virou um caos. Os clientes que estavam mais perto começaram a gritar e se afastar, abandonando suas mesas, deixando pratos e copos para trás.Aproveitei a confusão e puxei Sophia para perto de mim. Não havia como fugir naquele momento, e eu também não iria deixá-la sozinha.Sophia, visivelmente pálida, tentou me proteger:— Luiza, eu estou bem. Fica longe, não se machuca por causa de mim!Apesar do medo evidente, ela se colocou na
Os olhos sombrios de Daniel se fixaram em Teresa, e sua voz fria, cortante como gelo, ecoou:— Solta ela!A voz dele não era alta, mas carregava uma intensidade que atravessava o ar. Seu rosto estava tenso, com os lábios finos comprimidos em uma linha dura, e aqueles olhos penetrantes, como lâminas afiadas, encaravam Teresa. Ele caminhava em nossa direção, trazendo consigo uma aura de tempestade prestes a explodir.Eu podia sentir claramente que a mão de Teresa, que segurava meu braço, começava a tremer levemente. O restaurante parecia ter se transformado em um verdadeiro freezer, com uma tensão insuportável. Até os clientes que assistiam à cena mal ousavam respirar.Sophia, com a voz trêmula, murmurou:— Sr. Daniel...Havia um toque de choro em sua voz.Os outros clientes começaram a murmurar baixinho:— É o Daniel mesmo! Nossa, ele é lindo!— O Daniel chegou! Não acredito!Daniel continuava a caminhar em nossa direção, passo a passo. A mão de Teresa tremia ainda mais, e eu pude ouvir