Eu gritei instintivamente, caindo rapidamente, como em um sonho recorrente. Muitas vezes sonhei com essa situação, sendo engolida pela escuridão.

Caí no mar e instantaneamente senti falta de ar, um abismo de escuridão me engoliu como se fosse uma boca gigante, a água gelada do mar me engoliu, me deixando sem saída...

Eu não sabia nadar, então essa queda abrupta me deixou desesperada. Eu me debatia freneticamente, mas meu corpo continuava caindo.

Então, senti um braço me envolvendo firmemente e me empurrando para cima.

Em meio a esse longo período de escuridão e silêncio, parecia que alguém estava me chamando:

- Luiza...

- Luiza!

Quando acordei, já estava nos braços de Daniel, ele olhava ansiosamente para mim. Ao me ver tossir e acordar, ele perguntou preocupado:

- Luiza, como se sente? Está machucada em algum lugar?

- Estou com frio!

Meus lábios tremiam, ainda cheia de pavor, o segurando firmemente. Eu estava realmente com frio, o frio da água do mar e o frio no coração.

Daniel apert