O carro avançava velozmente em direção ao hospital, enquanto Ivana continuava a chorar descontroladamente. Suas pequenas mãos agarravam firmemente a camisa de Daniel, como se temesse o perder de vista. Seus grandes olhos arregalados fitavam o rosto de Daniel, enquanto soluçava, quase sufocada.Meu coração doía como se mil agulhas estivessem o perfurando, ao ver ela chorar tão desesperadamente, me deixando impotente. Ivana sempre foi tão comportada, nunca chorou assim antes. Não importava o quanto eu tentasse a acalmar, ela apenas sacudia a cabeça, repetindo incessantemente: - Não!Daniel a confortava com carinho, a abraçando.- Estou aqui, Ivana. Não tenha medo. Olhe, sou eu, Daniel! Eu não vou te soltar. - Disse ele.Eu não conseguia acreditar que Daniel, tão frio e indiferente, estivesse demonstrando tanto carinho e proteção por minha Ivana. Mesmo comigo por perto, ele não mostrava nenhum sinal de querer a soltar, a mantendo segura em seus braços. Seu rosto habitualmente sereno irr
Apesar de já ter me acalmado após o desastre, ainda sentia uma sensação de apreensão. Não só a pequena Ivana, mas até eu continuava a despertar constantemente de pesadelos durante esta noite.O temor de sobrevivente do desastre continuava a assombrar minha mente como uma nuvem densa, persistindo por um longo tempo sem se dissipar.Meu plano de ir para a Cidade A teve que ser adiado, mas Mateus e Sophia foram para lá.Antes de partir, Mateus me confortou, dizendo para eu dar um tempo nas questões da empresa, pois o mais importante agora era Ivana, era garantir sua total recuperação.Nos dias seguintes, eu permaneci ao lado de Ivana sem dar um passo sequer. No entanto, sua condição continuava ruim. Ela chorava sempre que dormia e ficava inconsolável ao ver Daniel, chorando descontroladamente. Não conseguia ser acalmada de jeito nenhum!Daniel teve que deixar o trabalho várias vezes para voltar correndo para casa.A situação de Ivana deixava minha mãe extremamente culpada. Ela também chor
Depois de rir, de repente senti uma leve sensação de inquietação dentro de mim.Eu e Daniel trocamos olhares, eu sabia que ele entendia o que eu estava pensando, mas por causa dos mais velhos e da criança, nenhum de nós disse muito.Na verdade, nos últimos dias, quando Daniel atendia o telefone, eu conseguia entender um pouco do que estava acontecendo. Jacó estava lidando com os assuntos relacionados ao sequestro de Ivana. Mesmo sem perguntar, pude perceber pelas suas conversas que, apesar dos esforços de Jacó e sua equipe na busca, o homem não foi encontrado.Pulando de uma ponte tão alta, uma pessoa normal definitivamente não sairia ileso, no mínimo teria se ferido gravemente. Mesmo que ele fosse sortudo, não escaparia ileso.Mas dias se passavam e ele não foi encontrado, o que significava que ele era habilidoso. Apesar dos esforços minuciosos da polícia e da equipe de Daniel na busca, não o encontrar significava que ele escapou!Se ele tivesse escapado, significaria que esse perigo
A voz rouca e magnética dele chegou baixinho no meu ouvido: - Até quando você vai querer me evitar?- Eu não...Eu rapidamente tentei me justificar, mas assim que as palavras saíram da minha boca, senti que tinha dito algo errado. Naquele espaço de intimidade entre nós, nos conhecíamos muito bem, fosse fisicamente ou emocionalmente. Qualquer uma das formas era uma tentação mortal para mim, e entre nós dois, o clima instantaneamente se tornava ambíguo.- Obrigada por salvar a minha Ivana! - Eu disse sinceramente, também querendo desviar um pouco o constrangimento entre nós.- Ela não é só sua Ivana! - Ele disse isso com os olhos brilhando de amor. - Ivana é mais compassiva e perspicaz do que você, você é uma pessoa sem escrúpulos.- Eu não sou uma criança de cinco anos, não posso atrapalhar a sua vida! - Eu disse contra minha vontade, afinal, eu ainda não tinha superado o obstáculo de estar com ele enquanto Ângela estava por perto.- Bobagem!Daniel se levantou, fingindo estar zangado,
Daniel não esperava que minhas emoções ficassem tão anormais. Ele baixou os olhos para mim e assentiu, dizendo com firmeza: - Sim, o Simão que morreu com meus pais também tinha aquela marca de cobra!Essa notícia me deu arrepios. Murmurei: - Você quer dizer que o Simão que morreu no acidente não era o verdadeiro Simão? Então, quem era ele?Não sabia por que estava tão interessada naquele Simão. Sempre que seu nome era mencionado, sentia uma estranha familiaridade, assim como quando Hugo me disse o nome Diana pela primeira vez, me deixando chocada sem motivo aparente.- Isso é o que eu não pude determinar. Mas uma coisa é certa: o Simão de verdade não tinha aquela tatuagem! - Daniel disse seriamente. - Mais tarde, consegui obter o relatório da investigação do acidente aéreo e vi as fotos lá, confirmando isso.- Então, foi com base nisso que você suspeitou que o acidente dos seus pais não era tão simples? - Perguntei a Daniel. Entre nós, o constrangimento anterior havia desaparecido, e
Ao receber a ligação de Liz, dizendo que Eunice estava em apuros.Eu imediatamente fiquei nervosa, quanto mais medo eu tinha, mais as coisas pareciam se desenrolar! Meu maior medo sobre Eunice estava se concretizando. Segurando o telefone com mãos trêmulas, corri até a praia para encontrar Daniel, pedindo a ele que reservasse um voo de volta para a Cidade J.Depois de explicar a situação, Daniel me confortou e discutiu com meu pai. Decidimos que, para garantir que Ivana superasse completamente o trauma do sequestro, meus pais ficariam na Ilha Bela com ela por um tempo, enquanto Daniel organizava alguém para cuidar deles. Eu e Daniel voamos de volta para a Cidade J.Antes de embarcarmos, pedi a Hugo que verificasse o que estava acontecendo com Eunice. Liz estava me pressionando para voltar o mais rápido possível, mas não explicou claramente a situação. Senti que não era tão simples.Durante o voo, Daniel me confortou repetidamente, dizendo que Jacó já estava investigando.Quando chegam
Deixamos Daniel aguardando ali, à espera do telefonema de Jacó ou Hugo. Liz e eu partimos imediatamente do Samba Suites e nos dirigimos à Mansão do Sul. No trajeto, Liz parecia um pouco preocupada e comentou: - Finalmente vocês voltaram, senão eu estaria realmente perdida. Como está a Ivana?- Ivana está bem agora, mas Daniel acha que ela ainda pode ficar abalada, então ele pediu aos pais para que fiquem com ela por mais um tempo.- Eu realmente não sabia o que fazer, então só pude ligar para vocês, causando incômodo para vocês! Liz olhou para mim enquanto dirigia e continuou: - Vocês finalmente tiveram uma viagem...- Não pense assim. Com Eunice enfrentando uma situação tão grave, como eu poderia não voltar? De qualquer forma, já deveria ter voltado, afinal Daniel está ocupado, e eu não queria ficar sempre pedindo para ele me acompanhar. Ivana, por outro lado, está muito apegada a ele, perguntando repetidamente quando ele vai voltar!Liz assentiu, expressando aprovação: - Dá para
Nesse momento, Jacó e Hugo entraram juntos, enquanto Paula já havia trazido a comida que ela providenciou para nós.Daniel não disse uma palavra, apenas olhou para os dois, e Jacó começou imediatamente:- A Srta. Eunice jantou com colegas de trabalho na Tropical Noite anteontem à noite. O jantar terminou às 22h45, como mostrado nas câmeras de segurança, e às 22h57, seu carro saiu da Tropical Noite.Liz franziu a testa e interveio: - Sim, eu liguei para ela por volta das 22h20! A ligação estava muito barulhenta.Jacó concordou:- Mas às 23h20, quando estava na Rua Alceu, o carro dela parou na rua por 5 minutos. Verifiquei o registro de chamadas da Eunice nesse momento, e ela recebeu uma ligação de um número sem identificação. Depois disso, o telefone foi desligado. Provavelmente era um chip temporário. Quando o carro foi ligado novamente para sair, houve um apagão em Nova Alta, que durou cerca de 10 minutos. As câmeras de segurança foram desativadas por dez minutos. Depois disso, não c