As perguntas da Ivana realmente me deixaram sem palavras. Apenas respondi vagamente e me levantei rapidamente:- Querida, eu não tenho tempo para te levar hoje! Vá com a vovó para a creche!- Mamãe, quando você vai voltar? Quando vamos para a ilha?Ela deslizou da cadeira, balançando o bumbum enquanto corria até mim, com os olhos cheios de entusiasmo e expectativa.Quase perdi o fôlego. Meu Deus, isso não poderia ser prometido facilmente, ou eu realmente seria interrogada até a morte. Quase me dei um tapa na boca, que imprudência!Por que diabos eu tinha dito isso do nada? Mesmo se fossemos, deveríamos apenas partir quando estivéssemos prontos, para que fosse uma surpresa! Mas agora, eu tinha dito em voz alta, e se não pudéssemos cumprir? Precisava garantir que faríamos isso, senão ficaria devendo muito à minha família.Olhei para o seu rosto animado e me agachei pensando, olhando séria para ela.- Quando eu voltar da Cidade A, nós iremos!Também era hora de dar um tempo aos meus pais
Ela ouviu minhas palavras e ficou paralisada no lugar, com a boca meio aberta, me encarando, parecendo ponderar se minhas palavras eram sinceras, ao mesmo tempo observando minha expressão, um tanto incrédula com meu tom amigável. Em meu coração, eu resmungava sarcasticamente, pessoas desafortunadas sempre tinham seu lado detestável.Depois de um longo impasse, ela desviou o olhar do meu olhar direto, murmurou baixinho:- Eu... Eu só vim dar uma olhada.Ao ver Nanda daquele jeito, meu coração se amoleceu novamente. Já fazia quase meio ano desde que ela viu Ivana de verdade. Foi quando eles ainda moravam na mansão conosco antes do divórcio, depois disso, provavelmente nunca mais se viram. O fato de ela estar aqui, provavelmente exigiu uma grande dose de coragem!- Você tem meu número, se quiser a ver, pode ligar para mim! - Eu disse calmamente, tentando manter um tom suave.Ela me olhou bruscamente, seus olhos cheios de questionamento. - Você... Você não... Você me deixaria a ver? Não
Nanda desabou instantaneamente. Ela estendia os braços para dentro, agitando as mãos, chamando ansiosamente: - Ivana, venha! Ivana...Naquele momento, qualquer ressentimento desapareceu, ela era apenas uma idosa no fim da vida. Especialmente Nanda, ela nunca teve verdadeira paz em sua vida. Envelhecendo, ela enfrentava uma reviravolta como essa. Mas quem era realmente responsável por essa reviravolta? Senti vontade de chorar, virei a cabeça e engoli em seco.Vi com meus próprios olhos Ivana recuando enquanto Nanda chorava desesperadamente. - Ivana, venha! Venha para cá... Você não quer a vovó?Nanda olhava ao redor desesperadamente, como se estivesse procurando por ajuda, ansiosa para entrar.Não consegui mais assistir a isso. Fui em direção à porta, e quando Ivana me viu, gritou agudamente: - Mãe!Ela então soltou a mão da minha mãe! Mas, vendo a Nanda quase em pânico, não veio correndo. Eu não sabia se ela estava se recusando ou com medo, ou se Nanda realmente mudou tanto, se to
Eu olhei na direção em que Nanda partiu, me sentindo muito abatida. Houve um tempo em que éramos uma família sem segredos uma para a outra, mas agora tudo tinha mudado, como as coisas poderiam mudar assim? Realmente não dava para prever.Me lembrava do episódio na festa do filho de Vitor, onde ela me olhou com raiva enquanto eu ajudava Joyce, mas agora, ao a ver dessa forma, entendia que sua vida atualmente devia estar longe de ser satisfatória. Senão, ela não estaria tão desgastada e envelhecida.Assim que entrei no carro, fui direto para a empresa, me sentindo estranhamente deprimida.Após resolver algumas questões urgentes, comentei com Mateus que precisava fazer uma viagem para a Cidade A. Ele refletiu por um momento e me disse: - Você pode adiar um dia! Amanhã podemos ir juntos!- Você também vai? - Perguntei eu.- Como já te disse antes, estou pensando em ir a Cidade A para encontrar alguns colegas. - Respondeu Mateus com um sorriso gentil. - Hoje há negócios na Cidade B, então
A Cidade Z ficava ao lado da Cidade F, não muito longe nem muito perto. Economicamente, não se comparava com a Cidade F, embora estivesse próxima. No entanto, faltava uma característica geográfica importante, a linha costeira! Por isso, o desenvolvimento era bastante lento.Nos últimos anos, Vitor não teve projetos na Cidade Z, afinal, o desenvolvimento era lento e não conseguia impulsionar. Antes, eu também não tinha pensado na Cidade Z.Hoje, apareceu um cliente da Cidade Z e eu estava interessada em saber como a Cidade Z estaca agora.- Sim! Todos nós somos desenvolvedores, mesmo que não sejamos amigos, nos conhecemos uns aos outros! Todos dizem que a DX é a líder em decoração de interiores na Cidade J! Por isso, sempre quisemos ter a oportunidade de colaborar com a Sra. Luiza, mas o momento nunca foi propício!Ele olhou para o meu rosto, com um sorriso falso, desviando o olhar assim que percebeu que suas palavras não eram convincentes.Eu sorri calmamente e disse:- Sr. Gabriel, es
Naquele dia, sem um segundo de descanso, eu estive ocupada até o final do expediente. Felipe entrou e anunciou que a inventariação do armazém estava completa e era hora de uma reunião rápida.Fui rapidamente para a sala de reuniões, pensando que, após a reunião, precisaria voltar logo para casa para ver minha filha e dar uma surpresa para ela. A cena da manhã ainda estava fresca em minha mente, eu sabia que minha filha também poderia não estar se sentindo bem. Se deixasse que eles a vissem, eu me sentiria desconfortável, mas se não deixasse, ainda me sentiria culpada. Afinal, Ivana também era parte da família Barreto.Inesperadamente, essa reunião se prolongou mais do que o previsto. Antes de terminar, recebi uma ligação da minha mãe, chorando e gritando ao telefone, dizendo que Ivana tinha desaparecida!Isso me deixou em pânico total. Nem me importei com a reunião que ainda não tinha terminado. Me levantei imediatamente e corri para fora! Como uma criança tão bem cuidada poderia des
Naquele momento, eu estava completamente sem raciocínio, como se estivesse enlouquecida, disquei diretamente o número de Daniel. Os ossos dos meus dedos que seguravam o telefone ficaram brancos, e todo o meu corpo tremia incontrolavelmente, até conseguia ouvir o som dos meus dentes batendo.Logo alguém atendeu do outro lado, antes mesmo de esperar a pessoa falar, eu gritei: - Daniel, você veio até a Mansão do Sul depois do trabalho?Tudo o que eu via era Ivana segurando a porta, olhando com desilusão quando entrava no carro.- Eu não fui! - Sua voz veio com firmeza. - O que aconteceu?- Claramente era o seu carro, foi o seu carro que levou Ivana embora! Me devolva a Ivana! Depois de ouvir sua negação, eu desmoronei imediatamente. Deixei o telefone cair no chão e comecei a chorar alto.Eu podia afirmar com certeza que Ivana só correria atrás de um carro se reconhecesse alguém dentro dele, e se ela não hesitaria em fazer, esse alguém só poderia ser Daniel. Somente Daniel poderia dar a
Nós entramos no carro juntos e o veículo disparou como uma flecha. Apesar de sentir um pouco de segurança naquele momento, meu coração ainda estava na boca. Ivana nunca tinha se afastado de pessoas conhecidas, e agora eu não tinha ideia de onde ela poderia estar. Ela deve estar muito assustada.Meu coração doía como se estivesse sendo esmagado por uma mão gigante e eu tremia tanto que mal conseguia controlar meu corpo. Meu tesouro! Será que ela estava chorando? Estava com medo? Estava em perigo?Eu rezava em meu coração: "Meu tesouro, seja forte, mamãe vai te encontrar, e Daniel não vai deixar nada acontecer com você."Daniel me envolveu com o braço, acariciando meu braço sem parar, enquanto o carro se aproximava rapidamente do posto policial de trânsito. Todos nós descemos rapidamente do carro.Já havia pessoas esperando lá e ninguém disse uma palavra a mais do que o necessário. Jacó estava lá conversando com aquelas pessoas, verificando cada carro que deixou a Mansão do Sul naquele