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Capítulo 37 Chamada urgente de casa
Essa ligação foi como um relâmpago, me atingindo em cheio. Fiquei segurando o celular, sem expressão, por um longo tempo, sentindo uma culpa avassaladora que nunca havia experimentado antes.Eu era filha única de meus pais e, após eles custearem minha faculdade, fui gradualmente me distanciando de casa. Só pedia ajuda quando encontrava dificuldades. Entretanto, com o passar dos anos, posso afirmar honestamente que tinha ignorado a eles. Não me preocupei tanto com a finalidade e o cuidado quanto os pais da família Barreto, pois eles ainda eram jovens e saudáveis. Mas a expressão "gravemente doente" era realmente muito forte.Entrei em pânico por um momento, compreendendo o significado de ter um filho que desejava sustentar, mas se recusava a ser amado. Eles me deram à luz e me criaram, mas ainda não honrei minha piedade filial.Especialmente agora, ao enfrentar o fracasso do meu casamento e a iminente ruína da família que amava de todo o coração, questionei como podia ser merecedora do
Capítulo 38 Voo cancelado
Com desespero, entrei no portão e segui em direção à área de embarque. Na verdade, naquele momento, ansiava profundamente para retornar ao meu amado, para que pudéssemos permanecer juntos e voar lado a lado. Esse também era o ardente desejo dos meus pais.Contudo, ele partiu apressadamente, talvez devido a uma chamada urgente! Me consolei e liguei para Eunice, informando minha localização, antes de me acomodar na sala de espera, aguardando ansiosamente o momento de embarcar no avião.Vitor e eu retornamos à nossa cidade natal juntos apenas três vezes.A primeira vez foi quando nós formamos. Após consolidarmos nosso relacionamento, ele retornou comigo à minha cidade para apresentar ele a meus pais.A segunda vez foi quando decidimos iniciar um negócio. No entanto, enfrentando a falta de capital inicial, voltamos à nossa cidade em busca de maneiras de angariar fundos.Na terceira vez, usamos a casa dos pais como garantia para um empréstimo. Após a aprovação, ele insistiu em me levar de v
Capítulo 39 Encontro casual no aeroporto
Soltei um grito, fechei os olhos, aguardando o momento em que seria derrubado pelo enorme impacto, mas no segundo seguinte, senti como se meu corpo fosse acolhido por um porto sólido, derivando de forma irreal.No meio do meu choque, ouvi exclamações ao meu redor, e algumas pessoas ainda estavam aplaudindo. Abri os olhos, incrédula, e percebi que estava nos braços de um homem alto, envolto por aquela aura única de masculinidade.O homem usava uma máscara preta e observava meu rosto com olhos profundos. Por algum motivo, esses olhos me pareceram familiares.Ainda segurava firmemente o braço do homem, meus olhos fixos nos dele. Ele me colocou no chão e me estabilizou sem dizer uma palavra, mas seu olhar foi para minha mão que agarrava seu braço. Imediatamente percebi minha gafe, retraí minha mão rapidamente e disse: - Desculpe! Obrigada!Alguém já havia pegado minha bagagem e a trouxe até mim: - Cuidado, é muito perigoso. Agradecemos à ação rápida deste senhor!!Fiz uma reverência ao
Capítulo 40 A revelação da verdade
O que vi à minha frente foi tão chocante que dei um passo para trás, tomado por um medo que nunca havia sentido antes.Arregalei os olhos, na esperança de que o que via fosse apenas um equívoco visual, mas percebi claramente aqueles dois rostos: um era Vitor e o outro era Joyce...Quase gritei, mesmo sabendo que Vitor me traía, que ele faria sexo com outra mulher, mas nunca imaginaria que a pessoa seria sua irmã...Meu corpo inteiro parecia ter sido atingido por um raio e não conseguia me mover. A reação normal de qualquer pessoa seria arrombar a porta, mas fui estúpida. Meus braços e pernas pesavam como se estivessem presos ao chão. Uma ‘luta’ feroz acontecia lá dentro, meus ouvidos zumbiam e meus olhos permaneciam bem abertos. O lampejo de consciência remanescente me despertou abruptamente. Com as mãos trêmulas, peguei meu celular, tirei algumas fotos e gravei um vídeo antes de sair silenciosamente.Uma onda de náusea me atingiu, cobri a boca e desci correndo as escadas. Então, saí
Capítulo 41 Juramento firme
Naquele momento, as lágrimas escorriam novamente dos meus olhos de maneira incontrolável. Descobri que não era tão forte quanto imaginava. Não sei de onde tirei tamanha coragem momentos atrás, ao conseguir manter a calma o suficiente para tirar fotos antes de sair de casa.Daniel hesitou por um momento, batendo suavemente em minhas costas. Seu gesto era moderado, educado e cavalheiresco. No entanto, naquele momento, mesmo o consolo de um estranho se tornou um conforto angelical para mim, fazendo com que as defesas no fundo do meu coração desabassem completamente.Me sentia como uma criança negligenciada, de repente envolvida por ele, chorando novamente sem conseguir articular palavras. Inesperadamente, o encontrei várias vezes hoje, e cada vez ele me viu em um estado ainda mais lamentável.Não sei quanto tempo se passou até que parei de chorar, talvez as lágrimas já tivessem secado. Ele deu algumas palmadinhas em mim, seus olhos profundos escondendo um mistério indecifrável.Percebi qu
Capítulo 42 Nunca perdoe
Este era meu juramento de permanecer viva. Iria ressurgir, criando uma versão completamente nova de mim mesma.Ao perceber minha expressão decidida, Eunice balançou a cabeça resignadamente, me aconselhando baixinho: - Coma algo!Concordei, e ela saiu apressada para preparar algo para eu comer. Ajustei um pouco meu estado de espírito e minha aparência antes de sair do quarto.Depois de comer, disse a Eunice: -Vou buscar minha filha!- Tem certeza? Que tal ficar aqui por alguns dias, se acalmar antes de voltar! - Ela expressou sua preocupação.Sabia que ela estava preocupada comigo. Olhei para ela e disse com firmeza: - Não vou morrer facilmente. Vou recuperar tudo o que é meu, tudo!- E se as coisas não derem certo para você? - Eunice estava um pouco preocupada.Com calma, respondi: - Tenho um plano!Então, vesti minhas próprias roupas, peguei a bolsa, liguei o celular e, antes de sair, pedi a Eunice: - Eunice, por favor, leve esse casaco para lavar!- Eu te levo! - Eunice, ocupada
Capítulo 43 Criar encontros casuais
Naquela noite, superei barreiras emocionais intensas e me deitei naquela cama suja. Continuava a me dizer incessantemente que superar tudo isso era o primeiro passo para minha vingança.Durante a noite, Vitor se aproximou querendo me abraçar. O afastei de uma vez.- Estou chateada, não me aborreça, por favor!Ele recuou desanimado:- Sei que está chateada, tudo é minha culpa. Amor, por favor, não fique chateada!- Vá dormir! Meu coração está todo nos meus pais, não sei como meu pai está. Por que ficaria chateada? Não seja tão dramático, está bem? - Disse no escuro.Ele ficou contente e se aproximou para me dar um beijo. Apertei as mãos sob o cobertor, xingando internamente.Ele era tão desavergonhado a ponto de se envolver com a própria irmã. Estou realmente enjoada. Se não fosse pela minha determinação em recuperar tudo o que era meu, certamente faria com que a família Barreto inteira caísse em desgraça, infames. Mas não podia fazer isso. Já perdi o dinheiro, a casa também não estava
Capítulo 44 Conquistar corações
Quando cheguei em casa, contei todo o processo para o Vitor, sem esconder nada. Ele me elogiou, cheio de alegria.- Amor, você é realmente uma dona de casa sábia, entende as coisas e sabe como conquistar corações!- Não é conquistar corações, é sinceridade! - Corrigi e continuei - Falando sobre o Amadeu, ele realmente contribuiu muito para a nossa família nos últimos anos. É normal que um homem como você não pense muito nisso, mas as mulheres precisam desses pequenos favores para se sentirem felizes!Na verdade, ao fazer isso, eu queria dissipar as preocupações dele. Esse velho raposo, se eu escondesse essas coisas dele, uma vez que ele descobrisse, certamente ficaria alerta. Eu o desmantelaria sem que ele percebesse.Com essa razão totalmente justa, comecei a me aproximar frequentemente das esposas desses clientes, preparando terreno para o futuro. Aos olhos do Vitor, eu era apenas uma mulher usando truques femininos, nada demais. Almoçar juntas, fazer penteados, isso era tudo. Para
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