Eu o encarei, com dúvidas surgindo em meu coração, será que ele também me enganou? Parecia que, no labirinto inteiro de Daniel, a única pessoa que precisava ser mantida no escuro era eu. Como se eu fosse uma peça de xadrez habilmente manipulada neste jogo o tempo todo, sendo controlada sem sequer perceber, como se não merecesse saber de nada.Talvez Hugo estivesse sendo intimidado pelo meu olhar, pois seus lábios tremiam um pouco.- Sra. Luiza!Eu me recompus, desviando meu olhar, sorri ironicamente e disse: - Há mais alguma novidade que valha a pena eu saber? Ele me enganou, essa é a melhor notícia!- Será que a Sra. Luiza está desconfiando de mim também? - Hugo perguntou sensivelmente.Eu fiquei sem palavras. Se até Daniel, Sr. Troy e Jacó me enganavam, em quem mais poderia confiar? Será que Daniel não percebia o quão cruel isso era para mim?Um destino incerto? Noites sem dormir!Mas tudo isso era apenas um falso alarme criado por mim mesma!Eu reprimi minhas emoções e olhei par
Porque naquele momento Alícia estava disposta a ceder, devolvendo todo o controle operacional da Belov, desde que Daniel concordasse em se casar com Giovana em uma data a ser escolhida. Depois do casamento, eles poderiam integrar o antigo Grupo Dantas com a Belov e ela se aposentaria. No entanto, inesperadamente, diante de uma tentação tão grande, Daniel rejeitou categoricamente a proposta de Alícia diante de todos os acionistas, sem hesitar. Ele não escolheria a solução proposta por Alícia, nem se casaria com Giovana, nem integraria o Grupo Dantas. Em vez disso, ele deixou permanentemente o Grupo Dantas nas mãos de Alícia, fechando assim as portas abertas da Belov para o Grupo Dantas, mesmo em termos de negócios. Isso deixou Alícia surpresa, pois ela nunca imaginou que Daniel seria tão determinado. Em outras palavras, desta vez a Belov se livrou completamente do fardo do Grupo Dantas e emergiu como uma Belov independente.Foi só então que eu entendi por que Daniel escolheu estabele
Saí da Belov e respirei fundo, aliviando a tensão que me dominava. Como Amanda podia entender meu estado de espírito, ela me disse: - Eu dirijo, tudo bem?Entreguei a chave do carro para ela e entrei. Através da janela, olhei para o prédio e involuntariamente esbocei um sorriso irônico. Talvez a sua existência para mim fosse apenas uma ilusão, algo que poderia desaparecer a qualquer momento. Talvez desde o início eu tenha sido apenas uma peça de um jogo, independentemente de Nina existir ou não, sempre fui um escudo.De volta ao escritório, meu humor estava muito ruim. Amanda impediu os funcionários de me procurarem e me deixou sozinha na sala. Me sentei na cadeira e olhei pela janela, remexendo toda a minha história com Daniel. Apesar de não ter esquecido nenhum detalhe, ainda não conseguia entender nossa relação.Não sabia quanto tempo se passou, Amanda bateu na porta e entrou, segurando um cartão. Ela me perguntou suavemente: - Sra. Luiza, a Belov está realizando uma festa de ag
Nós dois estávamos tão envolvidos na conversa que perdemos completamente a noção do tempo. Foi então que a Amanda foi me lembrar: - Sra. Luiza, já está na hora de encerrar o expediente. A senhora ainda vai ao coquetel?Depois de ponderar por um momento, eu disse para o Hugo e a Amanda: - Vocês dois também se preparem, vamos juntos ao coquetel!Amanda olhou para o Hugo por um instante, corando um pouco. Sem energia para analisar as sutilezas entre eles, eu me apressei em dizer para o Hugo: - Eu vou voltar para casa primeiro!Então, desci as escadas e voltei para casa. Felizmente, saí da empresa antes do horário de pico. Durante todo o caminho, fui analisando as possibilidades do acidente de carro, mas, mesmo com muita imaginação, não conseguia entender. Tudo isso parecia incrível e muito bizarro. No entanto, pensei em três possibilidades. Ou foi obra da Alícia para o impedir de ir para o exterior. Ou foi uma trama concebida pelo próprio Daniel para prender a Alícia em uma armadilh
Quando chegamos ao Starlight International, tanto o estacionamento subterrâneo quanto o térreo estavam abarrotados. Levamos um bom tempo para encontrar uma vaga e finalmente adentramos o Starlight International. O lugar transbordava de convidados, todos clientes da Belov. Dada a vasta gama de negócios da empresa, os convidados representavam diversas áreas profissionais. Foi só então que percebi que estava vestida de maneira demasiado casual, pois a maioria das mulheres presentes ostentava vestidos elegantes, parecendo deusas deslumbrantes.Mateus pareceu notar minha preocupação e gentilmente apertou minha mão, que estava em seu braço. - Você está perfeita assim, não precisa se preocupar em chamar atenção demais!Seu comentário me fez rir involuntariamente. - Você está só me mimando!Mateus abaixou os olhos e me olhou com um sorriso terno. Eu soube que seu sorriso abrangia todas as minhas preocupações.- Não é mimar. Vamos dar uma volta, se você não gostar, podemos ir embora! Hoje p
Ao me aproximar deles, já me sentia completamente exausta. Liz me apertou discretamente, pedindo para que eu me mantivesse alerta. Com um sorriso no rosto, ela me apresentou ao homem elegante. Eu não sabia exatamente o que ela disse, apenas mantive um sorriso padrão. Apertos de mão, cumprimentos, então... Tudo parecia continuar.Por outro lado, Mateus estava caloroso, conversando animadamente com o homem. Liz, perspicaz como sempre, me levou para o lado e, discretamente, me deu um beliscão. A dor súbita me fez dar um salto, recuperando imediatamente a compostura. Olhei para Liz.- Luiza, se recomponha. Enquanto não entendermos as coisas, você precisa se manter calma. Não deixe que sua mente vagueie. Há muitas pessoas de olho em você aqui, não faça papel de boba! Você tem muitas coisas a fazer. Eu me uni a vocês, então, tem que me dar uma chance e esperança!Ela me confortou, falando rapidamente. Foi quando eu despertei.Respirei fundo, controlando as lágrimas que surgiam, concordand
No palco, sob os holofotes, Daniel discursava com eloquência, atraindo toda a atenção para si. Ele agradecia aos clientes antigos e novos que o acompanhavam ao longo dos anos. Seu rosto bonito se ampliava diante dos meus olhos, eu lutava para controlar a sensação de desânimo, evitando pensar em como enfrentaria a vida sem ele.Um garçom se aproximou discretamente e disse: - Sra. Luiza, alguém está esperando por você no terraço!Fiquei perplexa por um momento, mas o garçom já havia se afastado. Olhei em volta, todos estavam concentrados no homem radiante no palco. Quem poderia estar me procurando? Decidi sair discretamente da multidão e ir para fora do salão. O terraço ficava no último andar, então subi as escadas até lá. Era um jardim ao ar livre, muito elegante e bonito. Como o evento estava acontecendo, o terraço estava aberto. Era mais tranquilo aqui em cima, com menos pessoas, o que o tornava ideal para conversas.Ao entrar no jardim do terraço, percebi que estava praticament
Eu vi claramente o cenário cair em cima da Ângela. Gritei e corri para a ajudar, tentando a puxar para longe, mas ela me rejeitou e sacudiu minha mão. Num instante, houve um estrondo, o cenário desabou, e tanto eu quanto Ângela não escapamos ilesas. Felizmente, eu estava um pouco afastada do ponto de impacto e evitei ser atingida, mas Ângela, por ter se debatido um pouco mais, foi atingida pela prancha quando caiu. Ouvindo os gritos dos convidados no terraço, alguns correram para pedir ajuda. A Ângela, com a perna presa sob o painel, gritava e me xingava. Eu sentia uma dor lancinante no tornozelo, mas, temendo mais desabamentos, me forcei a levantar, querendo a ajudar a se levantar.- Luiza, você é cruel! Por que você me armou essa cilada? - Gritou Ângela.- Se levante primeiro e veja se está ferida! Eu já disse que não fui eu quem te chamou aqui... - Eu explicava, tentando a ajudar a se levantar.Neste momento, muitas pessoas vieram correndo para o terraço. Ângela ainda chorava e