Apenas pelo breve lampejo nos olhos de Giovana, eu já tinha certeza de que esse assunto estava definitivamente relacionado a elas. Foi nesse momento que percebi Troy, não muito longe, me dando um sinal. Aproveitei a oportunidade para o cumprimentar, me aproximando com um sorriso no rosto. Após algumas amenidades, Troy sussurrou para mim: - O carro está esperando lá fora, aqui só consigo atrasar por 40 minutos. Você precisa sair de Quinta do Lago dentro desse tempo!Assenti com a cabeça, observando Giovana não muito longe, então me virei para sair.Porém, justo nesse momento, Raul apareceu com um homem, vindo em minha direção com um propósito claro. Suspirei, pensando que essa hora era realmente inoportuna.Raul acenou para mim de longe e eu me aproximei com um sorriso forçado. - Sr. Raul! Acabou de chegar?- Sra. Luiza, me permita apresentar um amigo, o Sr. Bernardo, Bernardo Pires, do Grupo HC. Raul fez as apresentações e então olhou para Bernardo, dizendo com um sorriso: - Ber
Apenas com esse chamado, eu parei instantaneamente no lugar, cerrando os dentes e praguejando internamente. Me virei lentamente para encarar Giovana, que tinha saído comigo. Naquele momento, eu podia sentir minha vontade para a matar.- Já vai embora?Ela parecia ter percebido minha agitação, se aproximando de mim com calma, me observando com uma expressão de desafio, completamente mostrando sua natureza ardilosa. Ela continuou a me questionar:- O que aconteceu? Por que a pressa, Luiza? Parece estar perdida!- Você realmente está prestando muita atenção em mim! Você conseguiu perceber isso! Fingi surpresa, respirando fundo para me acalmar, e continuei com falsa indignação:- É uma emergência. O que foi? Tem algo a dizer?Quanto mais eu me apressava, mais ela parecia desinteressada, me encarando com seus olhos afiados como um falcão. A intensidade em seu olhar me deixava desconfortável, mas eu não podia me dar ao luxo de fraquejar agora, nem mesmo em termos de aparência.- Diga logo,
Quando entrei no outro carro, me deparei com um homem elegante e educado. Ele me lançou um olhar e assentiu, sem dizer muitas palavras, então começou a dirigir em direção à Quinta do Lago. Quanto mais nos aproximávamos, mais nervosa eu ficava, minhas mãos estavam firmemente entrelaçadas.- Não fique nervosa! Relaxe um pouco! - O médico provavelmente percebeu meu estado emocional e tentou me acalmar. - Enquanto você me seguir e não falar, vai ficar tudo bem!Chegando à Quinta do Lago, o portão esculpido familiar ainda estava fechado, como estava da última vez que estive lá. Mas desta vez, assim que nos aproximamos, o portão se abriu direitamente, sem nenhum obstáculo para o nosso carro. Eu olhei ao redor do portão, mas não vi nada de incomum, não havia guardas visíveis, embora soubesse que a segurança era realmente rigorosa.Quando chegamos à entrada do castelo, o médico me disse antes de sair do carro: - Fique perto de mim e não fale. Relaxe e não tenha medo!Concordei com a cabeça
No momento em que eu abri o edredão, uma discussão repentina estourou do lado de fora da porta. Instintivamente, me virei para olhar, segurando firmemente os cantos do edredão, tentando ver o que estava acontecendo. Para minha surpresa, era Hera, acompanhada por alguns seguranças. Instantaneamente, eu soube que as coisas tinham sido descobertas.Nos encaramos por alguns segundos, então eu me virei novamente, decidida a seguir em frente. Já que eu já estava lá e tinha sido descoberta, precisava descobrir o que estava acontecendo. Com calma, voltei meu olhar para o corpo de Daniel debaixo do edredão. Vi suas pernas envoltas em gesso, com alguns pontos enfaixados, indicando feridas que ainda não haviam cicatrizado. A visão foi angustiante. Por um momento, puxei suavemente o edredão de volta sobre Daniel, o cobrindo novamente. Lágrimas salgadas corriam para minha boca, trazendo um gosto amargo.Olhei novamente para o belo rosto de Daniel e sussurrei suavemente: - Daniel, por favor, aco
Eu dei um passo à frente, encarando Giovana com raiva e dizendo:- Se não quer que todos saibam de suas ações, é melhor não me provocar!Em seguida, ergui a cabeça e saí, dizendo ao médico que me levou: - Senhor, por favor, me leve de volta!O médico que me levou assentiu calmamente e disse: - Ok.Na verdade, eu estava preocupado que o deixar ali pudesse o colocar em perigo, então pedi diretamente para que ele me levasse de volta.De volta ao carro, percebi tarde demais o quão nervoso estava, minhas mãos tremiam involuntariamente. Com pesar, eu disse ao médico: - Desculpe! Fiz você se envolver nisso. Eles não vão lhe fazer mal, certo?- Não vão! Não é tão grave como você imagina. Ele não disse mais nada, apenas ligou o carro e partiu.- Como estão os ferimentos dele? - Perguntei ao médico, ainda preocupado.- Você viu! - Ele me lançou um olhar. - Os ferimentos nos membros não são graves, mas na cabeça sim.- Então, quando ele vai acordar? - Perguntei ansiosa.- Depende de como ele
Liz sabia do assunto e se ofereceu voluntariamente para me acompanhar, mas eu recusei, não permiti que ela fosse. Eu sabia que, nessas situações, Liz estava ansiosa para se destacar, então eu sabia que ela não tinha boas intenções. Mas eu disse a Liz que era melhor deixar para lá, afinal, eles já estavam se metendo em confusão sozinhos, não havia necessidade de nos envolvermos. Liz acabou desistindo. Eu levei Amanda comigo, afinal, ela também era funcionária da DX. Eu a levei com um propósito em mente, e nem precisei explicar a Amanda, ela sabia lidar com isso.A festa foi realizada no Restaurante Rio Dourado, estava muito movimentado, cheio de gente, e Vitor estava lá na entrada recebendo os convidados de todos os lados, rindo sem parar.Assim que viu o carro do Amadeu, foi me buscar na entrada, descendo rapidamente os degraus e abrindo a porta do carro. - Luiza... Você...Mas quando viu que só eu e Amanda saímos do carro, ele ficou um pouco descontente e perguntou:- Cadê minha fi
Ela caminhou até mim com uma postura elegante, mas o sorriso não alcançava seus olhos. Seus olhos, como serpentes, estavam fixos em meu rosto, e era possível ver claramente seus músculos da mandíbula tensos. Aquela repressão devia ser muito dolorosa. Eu mantive um sorriso calmo enquanto as observava ansiosas para começar, e a situação fez até mesmo Natalia, ao meu lado, ficar tão nervosa que mal conseguia respirar, me cutucando discretamente algumas vezes, enquanto Amanda já estava pronta para contra-atacar, esfregando as mãos ansiosamente. Eu a segurei e a mantive sentada.- Eu estava pensando quem poderia ser, mas era só a cunhada! Essa frase de Joyce quase me fez rir alto.Eu a encarei, com uma expressão neutra e disse: - Joyce, a gravidez não afetou só o seu corpo, mas também sua mente? Nunca me chamou de cunhada antes, que tipo de jogo é esse hoje? De onde surgiu essa história de cunhada? Como você me chamava antes?Amanda não deixou barato e logo apoiou: - É isso aí, você j
Eu segurei firme o seu braço e apertei com força, tentando manter um sorriso e perguntei:- Joyce! Você tem certeza disso?Giovana, percebendo Amanda quase perdendo o controle, sorriu maliciosamente e provocou: - Joyce, olha só você. Por que dizer isso agora?Joyce, notando o impacto de suas palavras, continuou interpretando o papel de vítima:- Eu também estou feliz. Se não fosse por você, ninguém veria meu filho hoje. Imagine só, como Vitor poderia estar tão contente? Então, cunhada, não fique mais chateada. Estamos quites. Eu estava errada antes, mas também não te culpo por me empurrar e causar o parto prematuro. Podemos seguir em frente, certo? Afinal, somos todas esposas da família Barreto!Eu não pude evitar responder: - Você é, eu não sou!Os espectadores imediatamente viraram seus olhares sombrios para mim. Percebi que, se eu dissesse uma palavra errada, poderiam me atacar ali mesmo. Eu sorri friamente em meu coração. Que cálculo inteligente. Isso era claramente uma tentativ