Depois de sair da Belov, não me apressei em voltar para a empresa e fui até Eunice. Não tinha visto Eunice há vários dias, estávamos ocupadas com nossas próprias coisas, saindo cedo e voltando tarde, era difícil nos encontrarmos.Eunice ficou um pouco surpresa ao me ver. - Algum problema?Eu a olhei de lado e disse irritada: - Eu só venho te procurar quando tenho problemas?- É difícil dizer! - Ela respondeu com um tom ambíguo. - Está tão ocupada que nem pensa em voltar para casa, certo?- Menos com esse tom ambíguo, certo? Se tem algo a dizer, diga logo.Eu sabia que quando Eunice fazia essa expressão, era porque ela tinha alguma coisa contra mim, não seria tão desinibida de outra forma.E realmente, Eunice sorriu maliciosamente e se aproximou de mim, olhando nos meus olhos. - Você se confessou, né?Instantaneamente, meu rosto ficou vermelho e eu desviei o olhar dela. - Fica quieta, não fale besteira!- Estou falando besteira? Vi quando ele te trouxe de volta naquela noite, vocês
Pensando nisso, dei um sorriso irônico. Não conseguia lidar com os outros, mas lidar com Joyce era fácil como pegar doce de criança. No entanto, agora que o contrato estava assinado e deixou todo mundo com os olhos vermelhos de inveja, era melhor manter um perfil baixo e não fazer nada para chamar a atenção nesta fase crítica.Quanto a usar Joyce, teria que esperar pelo momento certo.Na terça-feira, era meu aniversário. Se não fosse minha mãe ter feito macarrão da longevidade com ovo frito de manhã cedo, eu teria esquecido completamente. Minha filha, Ivana, acordou cedo e cantou "Parabéns pra Você" com sua vozinha infantil, me desejando um feliz aniversário! Foi como música maravilhosa para os meus ouvidos. Naquele momento, sentia uma mistura de emoções. No meu aniversário do ano passado, Vitor estava viajando a trabalho e voltou apressadamente à tarde, trazendo um colar para mim, um conjunto de maquiagem e disse que me desejava eterna juventude e beleza.Depois, ele nos levou para
- Você está ocupado? - Perguntei cautelosamente.- Diga!Sua voz soou um pouco sombria pelo telefone, meu coração deu um pulo.- Onde você está?Eu estava um pouco ansiosa.- Cidade H!Sua resposta foi simples, parecia que ele estava em uma reunião, sua voz sempre se mantendo baixa.Eu me senti ainda mais desconfortável. - Eu só queria... Queria perguntar o que você está fazendo agora? Não é nada, você está ocupado, então a gente fala depois, tudo bem?Depois de falar, eu rapidamente desliguei, mas não consegui esconder minha decepção. Na verdade, eu queria dizer "Eu sinto sua falta!", mas sabia que as circunstâncias não permitiam e eu não conseguia dizer. Ele era um líder, não podia estar sempre ao meu lado, escolher ele significaria não viver uma vida comum.De repente, eu ri de mim mesma. Era só um aniversário, por que ficar tão sentimental? Rapidamente me recompus. Havia muitas coisas esperando por mim para lidar, não havia tempo para me perder em tristezas. As pessoas precisav
Ele, com sua imponente figura, estava ao lado do carro, nos viu descer, minha família de quatro pessoas, e caminhou em minha direção. - Você voltou!Meu pai tinha uma forte impressão dele, afinal, quando estava no hospital, Daniel o visitou duas vezes. Minha mãe também apressadamente disse: - Então é o Sr. Daniel, entre por favor! Desculpe pela espera!- Eu também acabei de chegar aqui!Ele sorriu e olhou para mim, quando eu estava lutando para segurar a criança, e se aproximou. - Eu... Posso ajudar?De repente, me senti um pouco desconfortável, presa no lugar, sem saber o que dizer, ele já estava ao meu lado. - Me deixe segurar ela. - Ele disse, estendendo os braços compridos, mas eu não sabia como reagir.- Eu posso fazer isso. - Eu disse embaraçada.- Deixe comigo, parece que você está tendo dificuldades. - Ele insistiu, então eu tive que entregar Ivana para ele. Ele não devia ter muita experiência em segurar crianças, sua postura estava um pouco rígida e desajeitada.Mas ele
Ao chegar ao quarto do último andar da Starlight International, me deparei com duas refeições ocidentais e uma garrafa de vinho tinto já aberta, dispostas à espera. Ele me envolveu em um abraço caloroso. - Feliz aniversário! Tudo aconteceu tão rápido. Só pude preparar algo simples, mas o importante é estarmos juntos. Me sinto sortudo por não ter perdido seu aniversário!Me aproximei dos seus braços, sentindo o aconchego. - Estar contigo já é uma grande celebração! Adoro essa simplicidade, desde que estejamos juntos, está perfeito! Ele parecia ter feito um truque de magia ao tirar uma caixa de presente de algum lugar e a entregar para mim. Olhei para ele em busca de orientação e ele acenou para que eu abrisse. Com cuidado, desembrulhei a caixa delicada, mas ao invés de um colar ou algo do gênero, encontrei uma caneta. Decorada com diamantes, as iniciais "LR" estavam gravadas em rubis, brilhando intensamente. Eram as iniciais de Luiza Rios.- Que maravilha! - Exclamei, meus olhos br
Seus olhos escureceram por um momento. - O que houve?- Não é nada demais, apenas alguém do departamento de design pediu os desenhos para mim! -Respondi de forma indiferente. - Eu vi o Sr. Troy naquele dia! Falei com ele, ele está ciente!- Departamento de design?Ele repetiu a frase com um tom de confusão e em seguida me lembrou: - No futuro, se essas coisas já tiverem sido fornecidas ao departamento de projetos, os deixe solicitar ao departamento de projetos do Sr. Troy! Você não precisa fornecer novamente!Assenti, pensando em mencionar a mulher rude, mas engoli as palavras. Afinal, ela era da Belov Design Studio, não era apropriado falar mal dela na frente dele. Não disse mais nada e ele não fez mais perguntas. O tempo sempre voava em momentos como esse, só passamos quatro horas juntos.Quando ele me levou para casa, já era tarde da noite, e pude ver o cansaço em seus olhos. Senti um pouco de culpa por ele ter voltado com tanta pressa para o meu aniversário e ter que partir log
Entendendo o recado de Giovana, ela indicava que os problemas na Belov ainda não haviam terminado. Fiquei curiosa sobre o que poderia estar acontecendo internamente na empresa. Com o sinal verde, cruzei o cruzamento e perguntei a Giovana: - O que você quer dizer com isso? Estou quase em casa!- Se você não tiver nada importante para fazer... Venha me fazer companhia! Não tenho muitos amigos aqui e estou me sentindo sobrecarregada com tudo o que está acontecendo ultimamente. - Disse Giovana, parecendo bastante abatida.- Então, me espere no Starbucks em frente à empresa! Respondi a ela. Em seguida, olhei para a creche que estava logo ali, mudei de direção e voltei para o escritório.Ao chegar ao Starbucks, eu estava procurando por Giovana, mas não a tinha visto em lugar algum. Estava prestes a ligar para ela quando ela apareceu na porta com um sorriso no rosto, ainda tão elegante e bonita como sempre. Ela trouxe consigo um pequeno saco de papel e o colocou diante de mim, dizendo: -
Mesmo experimentando uma sensação de impotência como nunca, eu me esforcei para manter a compostura, tentando parecer calma e despreocupada. Já estava claro para mim o que Giovana estava tentando transmitir. No entanto, eu não podia demonstrar nenhum sinal de apreensão na frente dela. Nesse momento, ficou evidente que Giovana não era uma pessoa simples. Desde o primeiro encontro, ela estava me avaliando.Ela pareceu um pouco surpresa ao me ver tão indiferente. - Luiza, você está querendo me dizer que acha isso é normal?Tomei um gole do café, que estava amargo demais e quase me fez revirar os olhos. Coloquei a xícara de volta na mesa. - Na verdade, não é que eu ache normal. Simplesmente não compreendo seu estilo de vida. É como se eu tivesse crescido comendo em barracas de rua e achasse tudo delicioso. Não entendo o mundo das famílias ricas. Então, quando você fala sobre amarrar as coisas, eu não entendo.Minha voz era calma e indiferente, como se eu estivesse desinteressada e não