Capítulo Dezoito

Arthur Karelly

Não posso crer que aquele rato teve a ousadia de fazer aquilo a minha frente, como pode beijar a minha deusa? E pior, como é que ela pode permitir algo tão abominável. Maldita feiticeira desgraçada, quando eu pegar ela, ela vai ver só.

— Que cara é essa querido? Viu um fantasma? — minha madrasta está na sala, organizando alguma coisa relacionada com a empresa.

— Eu vi Sheila, eu vi uma verdadeira imagem do inferno — retruco irritado.

Só de me recordar, daqueles dois se beijando iguais a dois amantes apaixonados, me dá uma vontade de explodir o mundo, meu coração está cheio de odeio.

Minha madrasta pará de fazer suas tarefas e vem até próximo de mim.

— O que foi? — Sheila passa a mão na minha testa, medindo a minha temperatura corporal.

A pergunta dela traz de volta às imagens daquele maldito rato tocando nela. Meu peito explode de raiva, minha respiração fica irregular e preciso de todo o meu autocontrole para não gritar ou socar a parede.

— Você acredita que el
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