— Theo-any Sm-iths. - ele falou o meu nome pausadamente.
— Como é que você sabe o meu nome?
— Não é difícil, você deixa todos os teus perfis das redes sociais abertos, você deveria ter mais cuidado.
Parece que essa era a frase do mês.
— Você derrubou o meu sumo. - apontei dramaticamente para o meu copo que ainda estava no chão e ele rapidamente baixou para apanhar.
— Sumo? No luau? - ele riu. — Você tá muito linda, se bem que já é, se estiver interessada pode subir no meu quarto comigo.
— Não sei se considero isso um elogio ou outra coisa.
— É só subir, vai se aperceber rapidamente do que eu tô falando.
— Esse comentário é tão insano e desrespeitoso para uma mulher que me faz eu me perguntar se você não tem irmãs, ou
— Crescemos juntos. Fizemos realmente o ensino fundamental juntos, os nossos pais eram muito amigos, ele é o cassula, tem uma irmã... pensando bem, não tem realmente muita coisa pra falar sobre isso. — Porquê que perderam o contato? — Em um determinado momento nós tivemos que nos separar, eu mudei de casa, os meus pais venderam a nossa casa de infância, na época eu tinha 12 anos, e foi quando nos mudamos para a Europa, por causa de uma grande oportunidade de trabalho que o meu pai teve. - ele bufou de desgosto. — Por causa daquilo, a família toda fez um grande sacrifício, até mesmo a minha mãe, teve que deixar o trabalho, e simplesmente seguir o meu pai. Quando voltamos 2 anos depois, compramos outra casa, mas ele já não vivia aqui também.
Quando voltamos ao luau, eu já não estava com tanto animo assim. As palavras do Chace me deixam confusa, tudo isso, toda essa confusão, eu ter terminado com ele, só aconteceu por causa da distancia dele, da falta de diálogo, das viagens constantes, das chamadas secretas, das coisas que ele escondia de mim, tudo isso... nós terminamos por isso, eu terminei com ele por isso. Mas o Chace. Eu não o entendo, eu definitivamente não o entendo, ele age como se isso não importasse, como se não fosse relevante, ele diz que nunca notou que o nosso relacionamento estava tão mal, que nunca fez as coisas de propósito, eu claramente começo a duvidar das palavras dele. Se aquilo tudo não tivesse acontecido nós estaríamos juntos, aqui, agora, mas aquilo aconteceu, e nós terminamos, mas ele... ele... essa situação me deixa tão irritada, ele não devia se comportar assim, ele sumia quase todo mês pra não sei onde, desde aquela viagem com o Melv, o irmão dele, porquê que el
Quando voltei, o Bruno estava na mesma posição que eu o deixei, mas para o meu espanto, o Chace também estava lá, estava na cozinha com os braços em cima do balcão, os braços de cada lado da cabeça, o cabelo comprido tapava boa parte da testa, ele não parece ter me notado, estavam os dois bem silenciosos. — Aqui o... — shhhhh. - falaram em uníssono para me repreender. Eu fiz uma cara feia. Andei até ao Bruno que estava mais próximo de mim e entreguei o remédio. Ele se inclinou, tirou um dos copos de sumo que tinham na mesa e engoliu, fui até ao Chace e entrei o a remédio também, ele agradeceu com os olhos e tomou o remédio. — Ao menos já não vão beber tanto assim da próxima vez. - falei na gozação. Os dois olharam pra mim como se eu fosse a pior criatura que existe na face da terra. Sem muita vontade de ficar lá a olhar pros dois, até porque eu ainda estava de mau humor, deixei os dois lá e fiquei na varanda a olhar
— E eu não sou assim. Talvez esse seja um dos grandes motivos pela qual eu e a Monic não estarmos juntos agora.— O Chace só está em negação, vai passar um dia.— Não é bem assim. - abanou a cabeça como se eu tivesse dito uma coisa pouco provável.— Negação é quando a pessoa não aceita a verdade, e o Chace já aceitou que vocês já não estão juntos, e acredita, se fosse o contrario, eles estariam constantemente na porrada. - apontou o Bruno.— Simplesmente não vejo uma explicação mais lógica do que a negação.— Ele sabe que vocês terminaram, mas o vosso relacionamento não."Não é sobre estarmos juntos fisicamente ou não."
— Então... -Ela senta no exuberante tapete que tem na sala. — O Jogo é simples, ou seja vamos começar com um simples.— Podemos fazer um simples jogo de perguntas, mas vocês não podem fazer a mesma pergunta até determinada rodada terminar.— Eu acho que isso é tão chato quanto não fazer nada. - falo sem vontade nenhuma de participar daquilo.— Ah eu alinho.Claro que ele ia alinhar.— Então eu começo... - eles os dois falam como se eu não estivesse aqui. — Quantos anos vocês tem Bruno?— 22.—Qual é o seu livro ou filme preferido? - ele pergunta.— Eu tenho um livro preferido?- ela faz uma cara bem burra e olha pra mim, eu sem me controlar solto uma gargalhada e ela fecha a cara.— Eu leio qualquer coisa Bruno. - ela da de ombros.
Três semanas se passaram como um piscar de olhos incessante, e nós continuávamos com as nossas aventuras, exploramos a maravilhosa Pearl Harbor. E devo admitir estar em um local que muitas vezes escutei tanto por histórias e documentários é uma sensação completamente diferente. Ver os locais aonde ocorreu toda a ação fez com que começasse a refletir e questionar a nossa humanidade. Muito interessante já que o navio que foi afundado pelos japoneses e no qual eles se renderam, nós subimos, olhamos e tocamos. Foi emocionante e muito interessante para quem gosta de história, o Kevin simplesmente adorou, já que ele está pra se licenciar em História. Visitamos o lolani Palace. Segundo a historia a realeza Havaiana viveu neste palácio até a derrubada da monarquia em 1893. Este é o único palácio real em todos os Estados Unidos da América. Construção imponente, bem restaurada e preservada, a Melissa e o Gray ficaram completamente petrificados com a belez
Quando chegamos ao Wang Chung's Karaoke Bar, fiquei espantada, aquilo era bem pequeno e apertado, mas estava bem cheio, haviam duas pessoas a cantar quando chegamos, felizmente encontramos duas mesas livres quando chegamos, eu fiquei a admirar o lugar por um tempo, o lugar tinha uma energia incrível. Todo mundo parecia estar de bom humor. Todo mundo aplaudiu a todos, independentemente de serem bons cantores. Quando as nossas bebidas chegaram, os rapazes foram pegar e nós nos acomodamos, a pista de dança é pequena e íntima, com os cantores capazes de cantar de qualquer parte do bar, quando eles voltaram brindamos as nossas férias bem aproveitadas e também pedimos comida, era super deliciosa e maravilhosa ,não havia forma melhor de nos despedirmos de Honululu. Os meus amigo estavam a conversar sobre coisas burras e aleatórias quando o Bruno sussurrou no meu ouvido
— O quê que estás a fazer aqui? — Hãm? - ele tirou a mão do nariz e eu pude ver que não estava a sangrar nem nada, era só dor que ele estava a sentir. — Porquê que estás aqui? — Porquê que eu não estaria aqui? - bufei irritada. — Aqui é o banheiro feminino. — Sim, mas aqui também fica o banheiro masculino. Ele apontou na direção oposta e vi um seta que indicava o banheiro. — Tudo bem então, vou embora. - tente passar por ele mas ele me travou. — Você tá irritada comigo? - olhou torto pra mim. — Porquê que eu estaria? — Você desferiu um golpe no meu nariz. — Você apareceu como uma sombra aqui no banheiro feminino, e isso aqui tá tudo mal iluminado, oque você queria que eu fizesse? - berrei. — Aqui não é necessariamente a direção do banheiro feminino. — Chace...só deixa eu passar tá bom, entra no banheiro, faz as tuas coisas e vai terminar oque estavas a fazer lá no bar.