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52. YAN
Chegamos a cidade de Austin, vejo Tarso muito empolgado com a sua vinda, só espero que ele não se perda novamente, Tarso é um homem de luz, sinto-me privilegiado por conhecê-lo além das suas passagens pela polícia e cada um foi para o seu quarto de hotel descansar. No dia seguinte fomos visitar a casa que comprei para ele, mas Tarso é um homem sem limites mandou trazer o carro que ele pratica racha quase enfartei ao saber disso, pois sei que ele vai aprontar e se meter em confusão. Sou um pouco mais caseiro, voltei para o conforto do hotel e no melhor sono da madrugada sou acordado com o meu celular chamando, vejo que é um número que não conheço e novamente o celular chamou de novo e quando atendi é Tarso pedindo a minha presença, pois está preso. A minha respiração pesa, não é possível que ele não tenha feito isso de propósito a fim de avisar que voltou para a sua família, bagunço os meus cabelos e levantei-me rápido, e o frio da madrugada é grande, vesti o meu casaco quentinho
CAPÍTULO 53 ALICIA
Estava trabalhando quando recebi uma mensagem do Castro pedindo que após o encerramento do meu plantão ele quer conversar comigo, sorri sozinha e uma curiosidade se apossou de mim, andando em passos lentos descobri que Castro está trabalhando hoje, estranhei isso pois ele sempre me avisa quando está de plantão. O importante foi que ele já mandou uma mensagem para mim, com certeza teremos algum jantar hoje e uma bela noite de amor. Mas o dia para mim foi uma correria e ao sair do plantão mandei uma mensagem para ele que simplesmente fala que está a minha espera no restaurante que frequentamos desde o começo do nosso relacionamento, senti que tem algo acontecendo, Castro não é de fazer isso indo a frente sem me esperar. Afinal, sempre íamos acompanhado até o restaurante, entrei no meu carro e fui sozinha até lá, ao chegar o garçom me recepciona para uma mesa distante e lá estava o meu amor sentado. Andei rápido até ele e o abracei por trás e beijei o seu pescoço, as suas mãos tiram
54. YAN
Acordei-me atordoado no quarto de motel, olho para todos os lados e nada da minha companhia, me levantei rápido e fui até o banheiro e dei conta que a mesma se foi, que noite louca meu deus. Vesti-me rápido, paguei a conta e só deu tempo mesmo tomar um banho, recebi a ligação com a notícia de que Tarso será solto, mesmo exausto fui buscá-lo. Falei para ele sobre o seu casamento com a Emília, que será em dois dias, voltamos para o hotel antes de irmos visitar a sua mãe e o mesmo percebeu as minhas olheiras, e as marcas deixadas no meu pescoço pela desconhecida e tive que me explicar por onde andei ontem e tudo isso é resquícios de uma noite mal dormida e muito prazerosa, tentei não falar muito de mim e fui focar nele que não quer reformar a sua casa que comprou para que Emília viva na casa simples, e como Tarso é teimoso, não aceita a minha opinião, é meu amigo mas às vezes o desconheço. Tarso quis ir à casa da sua mãe e o acompanhei para ele não falar besteiras por lá e acabamos en
55 ALICIA
Apesar do casamento da minha irmã não ser de verdade, estava tudo tão lindo e aconchegante, me emocionei tanto ao entrar com ela na igreja e me sentei perto do Allan e Esaú, a cerimônia foi rápida, mas com tantos significados, noto o quanto Emília combina com Tarso e como eles formam um casal lindo. Suspiro de felicidade porque o meu sonho é casar também mas enfim tenho que acreditar no fim. Ao terminar a cerimônia sai da igreja acompanhada do Allan e ao abrir a minha bolsa percebi que não trouxe o celular, então mandei Allan e na frente que iria buscar o celular que ficou no carro. Fui rápido ao estacionamento e quando abri a porta do carro vi o meu celular na porta da frente e peguei o celular e o guardei na minha bolsa e ao me virar não acredito no que via, me arrepiei da cabeça aos pés, o desconhecido que fiquei na boate está à minha frente, lembrei dos nossos beijos, carícias e gemidos apesar dele transar divinamente bem, não queria vê-lo e muito menos conhecê-lo. Mas nesse mome
56.YAN
Saber quem de fato é Alicia me desanimou um pouco, a mesma me pareceu mais uma garota mimada, não se parecendo em nada com a estranha da noite em que nos vimos pela primeira vez que foi uma mulher legal e de muita atitude, como ela mesma pediu não insisti nem ao menos sermos amigos, mas durante a festa sempre pego Alicia me olhando curiosa. Assim como ela não nos encaramos mais, para mim a noite em que ficamos juntos foi maravilhosa, mas para ela deve ter sido péssima porque ela foge de mim como se eu fosse um monstro, a noite foi tão boa que não me arrependo do que fizemos. Curti o restante da festa acompanhado das primas do Tarso, mas por aqui só amizade mesmo, vi Alicia sempre perto de um dos irmãos do Tarso, bebo uma dose de bebida e voltei a observar os dois. As horas se passaram e antes da festa acabar sai para fora do salão para atender um telefonema e quando ia entrando novamente esbarrei em Alicia que vinha saindo, nos olhamos sem nos falar e ela passa por mim indo para
57. ALICIA
Desde que eu Yan nos reencontramos no casamento do Tarso e Emília, fujo dele como o cão foge da cruz, não consigo ter qualquer proximidade com ele. Não sei se por vergonha ou por não querer lembrar o que se passou afinal me comportei como uma qualquer me ofereci a ele louca por sexo e espero que Yan suma da minha vida quanto eu menos me lembrar do que aconteceu melhor. Mas com o passar dos dias tenho me sentindo um pouco inchada, conheço-me muito bem para entender que estou engordando, após o término com Castro tenho comido muito e bebido além da conta. Durante alguns atendimentos no hospital comecei a suar frio, e leve tontura me tomou, bebi água respirei fundo, não dei muita importância. Mas com o passar do dia não consegui me alimentar direito e acabei cruzando com o Esaú. — Alicia, como vai minha amiga? — Esaú me analisa. — Esaú, hoje o dia não está muito legal, senti alguns sintomas, eu não sei não. — Falo o encarando. — Sintomas Alicia, passa no meu escritório que poss
58. YAN
Cada dia que passa, mas Alicia está estranha, não entendo o seu comportamento arredio para comigo, entendo que para ela aquela noite foi um erro, mas já passou poderíamos ao menos ser colegas, mas ela não me suporta e vejo isso através do seu olhar. Passaram-se alguns dias Tarso e eu só conversamos por telefone e falamos somente sobre trabalho, nunca mais vi Emília e nem Alicia. Sai com outras mulheres mais nada que termine em relacionamento sério, não que eu ande em busca disso. Mas tudo pode acontecer quando se conhece alguém, às vezes estar sozinho me cansa. Ao sair do escritório fui para o bar que costumo frequentar e por coincidência a mesma mesa que sentei no dia em que fiquei com Alicia está vazia, e naquele canto novamente me sentei, pedi uma bebida, bebi rápido. Ao pedir a segunda dose de bebida baixo a cabeça e não vi ninguém se aproximar, ao levantar a cabeça vejo Alicia a minha frente. — Alicia!? — Levanto-me ao vê-la. — Posso sentar? — Alicia pergunta séria. —
59. ALICIA
Descobrir que estou grávida daquele estranho não está fácil, todos estão radiantes com o bebê e eu ainda não tive coragem de falar com o pai dele ou dela, todos estão me notando estranha, ainda não tive coragem de fazer uma consulta para saber se o bebê está bem e enfim na hora do meu descanso consegue ir até Allan que é um médico ultrassonografista, o melhor de toda essa unidade, ao entrar no seu escritório. — Tem tempo para mim? — Pergunto. — Sempre veio ver o bebê? — Allan pergunta. — Não tenho como fugir da minha realidade Allan, o bebê está aqui. — Passo a mão na barriga. — Alicia tudo vai dar certo, os seus planos eram outros, mas tudo se encaminhou para você gerar a sua família, agora venha deitar. Allan me ajuda a deitar e ele começa o ultrassom, queria muito o pai da criança aqui, mas nada do planejei aconteceu, olho tudo atentamente abismada que estou grávida, só assim a fixa caiu. Enxugo a lágrima que caí, ouço o coração dele ou dela e Allan olha para mim. — O bebê
Último capítulo