ATUALMENTE
O som que ecoava no ambiente era calmo.As pessoas circulavam de um lado para o outro, cumprimentando se e sorrindo falsamente uns aos outros.Dava para sentir o clima asqueroso que aquilo era, e o covil de cobras o qual eu me encontrava. James e eu já estávamos na escada que dava acesso, ao andar de baixo, onde ficava o teatro, local do evento. Olhei para o par de olhos castanhos claros ao meu lado, e o mesmo me passava segurança, sorri em agradecimento e respirei fundo, logo começando a caminhar. O salão, estava lotado, cheio de pessoas refinadas, seguranças, mafiosos e suas acompanhantes de luxo, toda a corja se encontrava ali.O rapaz ao meu lado me guiou elegantemente, olhando de lado para James, percebi o quão confortável ele se encontrava naquele momento, parecia que ele já era acostumado com aquele tipo de coisa.Retorno meu olhar para o salão, mas em seguida vejo um rapaz vindo em nossa direção, caminhando em passos largos e aparentemente nervoso, assim que ele nos vê, para no mesmo instante e nos observa.Era ele, o Reid.O meço de cima a baixo e, caralho como ele era incrivelmente lindo, devo confessar isto. Reid era alto, possuía belos olhos castanhos num tom esverdeado, loiro e tinha tatuagens que começavam por seu pescoço e notei que iam até suas mãos. Puta que pariu, porque logo ele, tinha de ser o assassino de Anthony?Que homem, meu Deus!James me dá um puxão disfarçado e, volto a caminhar. Passo ao lado do assassino de Anthony e lanço-lhe um olhar, dando um sorriso de lado, continuando assim minha caminhada até o salão e, juro que podia sentir seu olhar queimar minha pele.Tento ao máximo focar meus pensamentos, no evento que acontecia em minha frente. Todos nos olhavam... Olhavam para mim. Percebo que os homens estavam hipnotizados e algumas mulheres boquiabertas. Fiquei um pouco desconfortável, mas o meu eu interior estava amando ser o centro das atenções, e isso fez com que eu me sentisse ainda mais poderosa....Durante toda a festa, várias pessoas se dirigiam a mim, cumprimentava James e os outros rapazes. Já estava cansada daquilo tudo, de toda aquela atenção, queria um pouco de descanso, então resolvi dar uma volta pelo local e assim a acabei entrando na primeira porta que vejo, ao olhar para frente percebo quem se encontra lá e sorrio.— Perdão, não sabia que já estava ocupado.— falo e ele olha para trás, sorri de lado e dá uma tragada em seu cigarro, sexy pra caralho.— Relaxa, pode ficar a vontade.— diz ele e o agradeço, logo em seguida me apoio na varanda observando a cidade.— Aqui é lindo não é mesmo?— falo tentando puxar assunto.— É, tem uma bela vista.— responde e termina o cigarro, olhando na mesma direção.O silêncio que se estendeu a seguir , durou por alguns minutos, que pareceram horas. Sentia o olhar dele em mim o tempo todo, e confesso que estava ficando constrangida, isso nunca havia me acontecido e estava me incomodando, não era para eu sentir essas coisas.— Vai ficar aí só me olhando ou, vai me dizer o seu nome?— tento chamar sua atenção para outra coisa, e ele se assusta..— Andrew, Andrew Reid— estende a mão— e o seu?— pergunta e aperto sua mão também.— Victoria Palmer, prazer em te conhecer Reid.— minto meu sobrenome e o vejo engoli a saliva quando o chamo de Reid, interessante.— Hm, desde quando participa de eventos como este?— pergunta e o encaro.— Não participo, estou apenas fazendo companhia para um amigo.— digo.— Você sabe que esse seu amigo veio para uma festa de socialites que fazem partedo mundo do crime, não sabe? Como mafiosos, ladrões de banco...— ele diz e dou risada.— É claro que sei, se não nem aqui teria pisado.— respondo.— Então você gosta desse mundinho?— diz.— Andrew Reid, eu gosto de muitas coisas. Mas, esta daqui não é uma delas, principalmente porque eu cago para esse povo, não sou puxa saco de bandidinhos de meia de tigela.— falo revirando os olhos.— De onde você veio?— pergunta curioso.— Venezuela, estou tentando ganhar a vida por aqui.— minto e sei que ele sequer acredita.— Porquê será que não consigo acreditar em você?— mordo os lábios.— Não precisa acreditar em mim, acabamos de nós conhecer Reid, sequer sabemos da verdade um do outro.— digo cada palavra observando cada reação dele.— Não vou cair nesse seu joguinho, sei que tem alguma coisa aí, que não está de encaixando.— diz se aproximando.— Joguinho? Tenho maturidade o suficiente para encarar as coisas, sem fazer joguinhos.— também me aproximo.— Estou começando a pensar, que talvez você seja só mais uma vadiazinha acompanhante.— dou mais um passo para frente e passo a mão em seu rosto, descendo até o tórax.— E eu aposto, que você está louco para comer essa vadiazinha aqui— falo baixo em seu ouvido— Mas hoje não é seu dia de sorte, ainda mais porque, você sequer faz meu tipo.— digo e vejo a raiva surgir em seus olhos.— Olha...— o interrompo.— Até em breve Reid, foi um prazer enorme te conhecer.— me despeço dele e saio daquele lugar satisfeita.Um tempo depois, já estava novamente com James, e vejo o loiro sair acompanhado de seus amigos, um deles, Ryan vem até mim para se despedir. Havia gostado dele e ele de mim logo de cara, mas eu não poderia dar para trás só por ter sentido empatia por ele, o que estava decidido, estava decidido.Ao dar meia noite, também me retirei deixando os rapazes para trás pois teria uma festa mais privada, a qual eu não tinha interesse nenhum em participar, meu corpo queria minha cama e apenas isso. Dias depois— Mais uma por favor.— peço ao barman e ele assente, me entregando mais uma cerveja.Volto para a pista de dança balançando meu corpo conforme o ritmo da música, era agitada então eu pulava e me balançava pra lá e para cá. Era a segunda vez que vinha neste lugar, desde que cheguei em Vancouver e estava amando, tinha séculos que eu não sabia o que era curtir de verdade. Uma música sensual começa a tocar e deixo meu corpo levar com a sensação, jogo a cabeça para trás e vou balançando minha cintura, quando ergo meu olhar, na espaço vip vejo Andrew Reid me observando. Sorrio para ele e levanto minha cerveja em forma de cumprimento, e começo a dançar novamente. A música é lenta, e desço até o chão e subo novamente, jogo meu cabelo para o lado e passo a mão por meu corpo, faço esses movimentos enquanto vou mantendo o contato visual com ele, fecho os olhos por alguns segundos e ao abri-los, vejo que o loiro não se encontra mais no local.Ignoro e continuo a dançar, mas lá no fundo, eu queria saber aonde ele se enfiou e com isto, acabo dando uma olhada rápida para os lados.— Procurando por mim?— me assusto com sua voz rouca em meu ouvido, me arrepiado por inteira.— Sem chance.— digo e me viro, nossos narizes acabam se roçando pois ele estava muito perto de mim, bem perto mesmo.— Não faz esse joguinho morena, assume que quer ir para minha cama.— fala e dou risada jogando a cabeça para trás.— Já disse para você que não faço jogos, se eu quiser algo, serei bem direta.— falo e ele me puxa pela cintura.— Então também serei direto com você. Eu quero te foder desde a primeira vez que a vi, por essa sua boquinha linda para me chupar, para gemer meu nome enquanto como você de todas as formas possíveis.— ele diz e me aperta, posso sentir um volume vindo dele e começo a me excitar e minha boca se enche de água.— Você é uma delícia sabia, mas se acha demais.— o afasto de mim e saio em direção ao banheiro. Quando entro dentro do mesmo, sinto meu corpo ser empurrando com brutalidade e escuto a porta ser trancada.— Na verdade morena, você é quem se acha demais.— sinto sua voz baixinho em meu ouvido.— Não Andrew, me solta.— falo para ele, sentindo um misto de raiva e excitação em mim.— Acredito que não seja isso que você realmente queira.— ele diz e aproxima os lábios dos meus, minha respiração acelera. Mas não deixo me abalar, quando ele encosta seus lábios nos meus, dou uma joelhada em seu membro, o fazendo se curvar de dor.— Nunca mais tente me beijar contra minha vontade. Não é não!— falo para ele e saio do banheiro, escutando ele gemer de dor e me xingar, dou um sorriso de lado e saio da boate. Hoje a noite já deu o que tinha de dar, prefiro ir para minha casa e ter uma noite tranquila, pois em breve terei de lidar com Andrew Reid. Enquanto isto não acontece, quanto mais longe dele eu estiver, melhor para mim pois preciso continuar observando e conhecendo um pouquinho mais de longe, preciso saber cada passo dado por ele e depois, me infiltrar em seu bando para os destruir de vez.Reid mal pode esperar.Estava de bruços em minha cama, enquanto dava uma olhada rápida, em minhas redes sociais. Santana havia me mandado uma mensagem e, uma imagem anexada no bate papo e ri assim que vi do que se tratava. Ela estava no meio de dois caras super sarados, e cada um beijava sua bochecha, enquanto a mesma fazia uma cara de safada. Santana era uma amiga que havia feito no internato, com ela eu fazia minhas aventuras e aprontava muito... Continuei por stalkear mais algumas pessoas no Facebook e Twitter, mas aquilo já estava me dando tédio, nem jogar Paciência estava adiantando muito. Quando estava quase pegando no sono, papai bateu na porta e entrou logo em seguida, completamente arrumado.— Querida, eu só queria avisar que estou de saída e não sei quando irei voltar.— diz ele.— Onde vai? Está um pouco tarde não acha?— pergunto e ele ri ao depositar um beijo em minha cabeça.— Tenho negócios para resolver, pode ficar tranquila Victoria.— ele diz calmamente.— Tudo bem, mas só tome cuidado Anthon
Andrew pov's SEMANAS ANTES I— Já podem entrar Andrew.— Charles diz pela escuta.— Ok, estão todos prontos?— pergunto ao Ryan, Chris e Jasper.— Sim.— eles respondem.— Sigam como o planejado, e ouçam o que Charles disser.— repito mais uma vez, olhando nos olhos de cada um por baixo daquela máscara preta.— Agora.— ele nos passa o sinal e assim entramos pela abertura de vidro, que forma uma pirâmide bem em cima do banco, da minha pequena cidade natal; BrantFord, aqui no Canadá. Não deveria fazer isso, mas, grana é grana e não caio fora quando o assunto é sobre. Jasper desce pela corda devagar, em seguida Ryan e eu fazemos o mesmo e assim que pisamos no chão, corremos sem muito alarde até o interior do banco. O local era pequeno mas era bem protegido, abrimos uma porta que daria no final do corredor e topamos com um dos seguranças de olhos fechados... Ficamos em silêncio por meros segundos, até ouvir ele gemer alto. O cara estava se punhetando na sala em que
Victoria pov's SEMANAS ANTES IIDylan sorria para mim, enquanto corria pelos corredores da nossa casa. Brincavamos de pique pega e, mamãe gritava para nós dois termos cuidado, para não nos machucar , afinal ela sabia que meu irmão era mais chorão do que eu, um arranhãozinho que ele tivesse, o chororô daria início. Continuamos correndo até eu o pegar e enche-lo de cócegas, o meu irmãozinho ria pedindo para parar...Como eu o amava.De repente, tudo ficou escuro e não conseguia escutar nada, dessa vez eu me encontrava completamente sozinha dentro daquela mansão. Gritava, chamava por cada um deles, berrava seus nomes a cada passo que dava e nada, só silêncio e escuridão dentro de cada cômodo. Senti todo o meu corpo se arrepiar, quando parei bem em frente ao escritório do meu pai, a porta encontrava-se entre aberta e vozes saiam lá de dentro. Me aproximei e vi um homem discutindo com Anthony, a briga não era das melhores, estava feia demais, porém papai se recusav
Victoria pov's SEMANAS ANTES IIIO barulho do motorzinho zumbia levemente perto da minha orelha, onde Jack fazia minha décima primeira tatuagem. Era uma bailarina e ela representava muito para mim, afinal, minha mãe era apaixonada por balé e praticou essa dança até o momento em que Dylan esteve conosco, depois disso ela se aprofundou em tristeza e não quis mais dançar comigo, então desisti também depois de sua morte pois, tudo havia perdido a graça e cor. Faltava exatamente 3 semanas para minha viagem a Vancouver, tudo estava nos conformes e se continuasse assim, o assassino de Anthony pagaria caro. Os garotos têm se empenhado muito em me ajudar, e graças a eles já tenho um apartamento para meu disfarce dar certo, temos a mansão em que eles ficarão, o esquema da filial já estava nos últimos reparos e temos homens o suficiente para fazermos o que bem quisermos naquele lugar. Louis estava entrando em contato com alguns magnatas poderosos da região, tentando fazer alianças grandes e até
— Quem é você?— pergunto quase inaudível.— Um velho amigo de seu pai.— diz ele e sei que nesse exato momento preciso sair o mais rápido daqui e encontrar os meninos.— Me solta agora mesmo seu infeliz!— exclamo e tento puxar meu braço de sua mão.— Eu já disse que seu castigo será pesado, então minha querida, você vem comigo.— olho para os lados na tentativa de achar qualquer um daqueles babacas e não acho, como vou conseguir escapar deste homem? Tento a todo custo me soltar de suas mãos, preciso me soltar, não posso por tudo a perder agora.Respiro fundo e tento me acalmar, lembrando do que Louis me ensinou. Deixo ele me guiar para fora, pelos fundos e assim que saímos consigo me virar passando por debaixo do seu braço o girando, ele vem em minha direção e dou um soco em seu rosto, o fazendo grunhir de raiva. Me posiciono esperando seu contragolpe, o que não demora de acontecer, porém consigo me desviar o dando um belo chute na bunda que o faz cair no chão, mas o mesmo levanta-se rap
Victoria pov'sUM DIA ANTES DA FESTAMais uma vez tive aquele mesmo sonho, as mesmas coisas. Não sabia o por que daquilo estar acontecendo, não é algo comum, pelo menos não comigo. Seria algum sinal? Seria Anthony tentando me alertar sobre algo que, eu não esteja enxergando no momento? Infelizmente não possuo resposta para isso, pois não saberia o que fazer, não depois de tudo arquitetado e com nossas vidas em jogo.Amanhã seria o grande dia e meu coração estava a mil, por isso decidi dar uma volta pela cidade de Vancouver e conhecer um pouco sobre este lugar. Andei por diversos lugares, fui até mesmo ao cinema e era tão bom andar por um lugar onde sequer, era conhecida e poder aproveitar cada minuto, principalmente porque daqui um tempo, eu não poderia mais fazer isso, pois estaria envolvida até a cabeça com aquele assassino medíocre do Reid.Ando por mais alguns quarteirões e resolvo entrar em uma loja e comprar um salto para usar na festa, pois queria algo novo e que de fato combina
Andrew pov'sDIA DA FESTAHoje seria o grande dia, para todos poderem conhecer o filho da puta, que quer tomar meu território. Se não fosse pelo babaca do Ryan, nem lá eu iria pisar meus pés mas, até que ele tinha razão, pois caso eu não fosse nessa porra de evento, poderia ter inimizades, não que eu me importasse com isso, mas no momento não posso me dar a esse luxo. Depois deixar tudo nos esquemas para esta noite, os rapazes e eu descemos para curtir a piscina e mais tarde nos prepararemos, para o show de horrores que ocorreria está noite.Algumas vadias estavam conosco, relaxando, sempre damos uma moralzinha para elas, as deixamos se achar, tirar umas fotos para se exibirem por aí, no final do dia temos uma boa foda com as mais gostosas e é o que importa.Com o passar das horas vi que já era o momento de me arrumar, avisei os caras e fui para meu quarto, indo direto para o banheiro tomar uma ducha rápida e logo poder me arrumar. Minha roupa era preta e toda social, arrumei meu cabe
DIA DA FESTAQuando ela passa por mim, posso sentir o cheiro viciante de seu perfume. Giro meu corpo para trás, para que eu possa observar enquanto ela desce aquela escada, rebolando sedutora e perco o ar por alguns segundos, olho ao redor e todos estão da mesma forma que eu, extremamente boquiabertos e encantados com a beleza e, sensualidade que ela exalava e sim, todos estavam hipnotizados.— Você viu que delícia mano?— Jasper surge ao meu falando sobre a garota.— De onde ela saiu?— questiono enquanto continua a observar.— Não faço a mínima ideia, mas sei que quero uma do mesmo jeitinho dela.— diz ele e dou risada.— Jasper pode ir parando aí que todos nós sabemos que da fruta que tu gosta, só da em bananeira.— falo rindo e o mesmo fecha o cara.— Olha bem o que vou falar pra você...— corto ele.— Não se preocupe bro, você é meu irmão e mesmo que não fosse, não te julgaria nunca.— Jas abaixa a cabeça e assente.— Mas independente disso, a garota é uma verdadeira deusa.— diz mais um