🥀Melissa Lancaster🥀
- Então, vai ficar por muito tempo?- Luciana pergunta me olhando por cima do ombro.
Me viro lentamente suspirando.
Na verdade, não queria ficar mais que um mês. Mas ao julgar o olhar de ódio de Adam, sei que minha estadia se prolongará.
- Não sei lu! - Confesso.
Ela me lança um olhar compreensivo e se senta na mesa a frente e me pede para sentar também.
Termino de arrumar a mesa para o almoço e me sento brincando com os talheres.
- Você já viu ele?- Questiona e dou de ombros.
Ela me olha surpresa e sorri.
- Não preciso dizer que ele não é o mesmo Adam de antes não é? - Balanço a cabeça negando.
Fecho os olhos lembrando do nosso encontro. Apesar da fúria aparente em seus olhos, não posso negar que os anos lhe fizeram bem. Se pudesse descrevê-lo em uma só palavra, seria Adônis. O Deus da beleza.
Seu corpo ganhou músculos, que ficaram evidenciados por sua camiseta preta agarrada ao seu corpo. Seu rosto duro, impassível. Seus olhos penetrantes como a mais polida esmeralda. Os lábios volumosos bem desenhados contornando e trazendo traços sedutores em sua personalidade. Não posso me enganar e dizer que o nosso reencontro não significou nada. Seria um engano. E temo em pensar quais sentimentos se reavivaram dentro de mim.
Luciana acaricia minhas mãos por cima da mesa.
- Já sabe quando contará a ele? - Sinto meu coração se apertar.
E se quando eu lhe contar ele o rejeitar? - Me viro olhando pela janela lá fora. Blake sorri ajudando minha mãe a lavar seu carro. Suas gargalhadas ecoam lá fora e suas covinhas aparecem me fazendo lembrar de alguém.
Pego em suas mãos apertando suavemente.
- O mais breve possível lu! - Afirmo. - Já esperei demais.
Suspiro.
- Ele ainda continua morando no mesmo endereço? - Pergunto expectante.
- Não. Ele se mudou há dois anos.
Se quiser lhe passo seu novo endereço.- Pisca para mim.
- Obrigada! - Agradeço.
Me levanto e vou ao armário procurando algo que nem sei o que é.
- Lu... - Hesito alguns segundos.
- Ele continua casado? - pergunto como quem não quer nada. - Ela me olha com um sorriso travesso.
Lhe atiro um pano de prato e ela sorri ainda mais.
- Para. - peço. - Não é nada disso que você está pensando. Conheci a filha dele outro dia e ela é um amor.
- Ah! Bea. Sim, ela é!
Mas se quer saber, Adam nunca foi casado. Não que eu saiba. - Dá de ombros.- Segundo fiquei sabendo a mãe de Bea a abandonou quando a garota só tinha um ano. Adam e Ester nunca se relacionaram como marido e mulher. Em um belo dia ela veio e deixou a menina com ele e partiu. Não se sabe a razão. Acho que nem o próprio Adam sabe disso. - Suspira. - Coitado! Ele claramente não teve sorte nesse quesito.
Estranhando meu silêncio ela me olha entendendo o motivo de eu ficar calada.
Continuo olhando pela janela novamente me culpando por ser tão idiota e covarde. Sinto seus braços envolverem minha cintura e sua testa descansar em meu ombro.
- Desculpa. Não queria te machucar. - Esclarece com um suspiro.
Assinto
- Tudo bem. - Falo, mesmo no fundo sabendo que ela tem razão. Adam não merecia nada do que lhe aconteceu.
Depois do almoço em família vou para meu antigo quarto descansar.
Sempre quando entro nele tenho a sensação de estar em uma cápsula do tempo. Tudo se encontra do jeito que eu deixei quando fui embora.
Me lembro de passar situações inesquecíveis dentro desse quarto.
Abro a janela e os raios de sol brilham sobre a cor dourada pintada nas paredes do quarto. Me inclino sobre ela e vejo que a trepadeira ainda continuava lá, junto com a escada que foi de grande ajuda em diversas situações.
Me deito na cama esfregando minha face angustiada quando flashbacks novamente invadem meus pensamentos.

Começo a vasculhar meu guarda-roupas atrás de uma roupa confortável para dormir quando escuto alguns sons vindo da minha janela.
Lentamente me aproximo tentando perceber de onde vem quando vejo que algo acerta ela provocando um som agudo.
Abro a janela e afasto as cortinas quando quase fui acertada com um pedregulho.
Olho para cima e para baixo procurando de onde ele teria vindo quando noto uma silhueta na escuridão. Me encolho sem saber quem poderia ser. Um ladrão talvez ou um Serial killer.
Resolvo chamar meu pai e rapidamente começo a fechar as cortinas quando escuto um sussurro.
- Melissa! - olho por entre a brecha das cortinas quando o ser em questão se aproxima do poste de luz do jardim.
- A-dam! - Sussurro. - O que está fazendo aqui? - Pergunto exasperada.
- Vai embora! Se o meu pai te pega aqui não vai ser coisa boa. - continuo a sussurrar.
- Precisava te ver. - Solta e um sorriso de felicidade surge em meus lábios.
Nego com a cabeça olhando para os lados.
- Você é louco!
Ele sorri tão lindamente e aponta para uma escada escondida em meio uma enorme trepadeira que tenho perto da minha janela.
- Vou subir! - Avisa e nego, mas é tarde demais.
Adam já está em minha sacada.
Mordo os lábios quando o vejo tão lindo em um traje de um verdadeiro Bad Boy. Uma blusa branca e uma jaqueta de couro preta. Seu jeans surrado de sempre e um par de coturnos.
- Adam! Você está brincando com fogo, se meu pai te pega em meu... - Mal tive tempo de falar. Quando abri a janela, ele me pegou em seus braços me levantando como se eu não pesasse nada. Enrolei minhas pernas em seu quadril enquanto nos devorávamos com um beijo fogoso.
- Melissa Lancaster, você devia saber que eu, Adam Leal, sou o próprio Hefesto, Deus do fogo. - Sussurra em meu pescoço arrancando gemidos roucos da minha garganta.
Ele agarra meus cabelos em punho e morde o lóbulo da minha orelha.
- Shii! Gata. Seja uma boa menina e não faça barulho.- Ordena com um sorriso malicioso. Não queremos que alguém escute e acabe com a nossa festinha, não é mesmo?- Questiona deslizando suas mãos e apertando minhas coxas. Nego veemente suspirando quando sinto suas mãos alcançarem a barra de minha camisa larga que uso para dormir.
Com os olhos presos aos meus, não impeço o seu avanço. Adam sempre tenta se controlar ao máximo quando estamos juntos e não quer ir além de toques e estímulos. Apesar de eu sempre deixar claro que estou pronta para ele e que não há nada que eu queira mais do que ser sua completamente.
Deixando-me apenas em minha calcinha de renda preta ele se abaixa e desliza suas mãos pela minha panturrilha acariciando minha pele me fazendo ofegar completamente molhada.
Seus dedos ásperos deslizam minha peça íntima para baixo me deixando totalmente nua.
Ele leva a calcinha ao nariz inalando o cheiro dela, sorrindo sedutoramente para mim.
Coloca ela no bolso do seu jeans e pisca em minha direção.
Em seguida, caminha em círculos à minha volta se desfazendo das suas próprias roupas.
Minha excitação está me fazendo queimar de tanta ansiedade para o que pode acontecer a seguir.
Sinto seu peito duro colar em minhas costas e seu membro duro roçar em meu quadril.
Seus lábios deixando mordidas no meu pescoço enquanto suas mãos provocam uma massagem prazerosa.
Gemo mordendo os lábios tentando controlar a vontade de gritar com a sensação que está se formando dentro de mim.
De repente ele me vira bruscamente me empurrando na cama com brutalidade.
Se tem uma coisa que percebi em Adam que tudo nele é intenso, tem força bruta. E confesso que gosto disso, o jeito que ele domina e comanda tudo.
- Se toque morena. - Ordena com os olhos em brasa.- Quero olhar para você. Mas aviso que só chegará lá quando eu permitir. - Assinto totalmente extasiada. Começo deslizando minhas mãos pela minha pele lentamente, com um sorriso devasso observando ele lamber os lábios.
Olho para Adam e ele se aproxima ficando entre minhas pernas. Sua notória excitação pulsa dentro de sua boxer me chamando atenção.
- Não seja gulosa, morena. - Ele será todo seu quando eu julgar que estará pronta para recebê-lo.
Faço beicinho e ele inclina-se beijando meu pescoço. Continuo me tocando e quando eu alcanço minha intimidade, gemo manhosa.
- A-dam! Sussurro mordendo seu ombro quando ele abocanha meu peito esquerdo, e massageia o outro.
- N-ão vou aguentar Adam! - Sibilo mordendo meu lábio inferior.
Ele se afasta minimamente lançando-me um olhar carregado de tesão.
Suas mãos bloqueiam meus movimentos, substituindo meu toque pelo seu.
Seu toque é bruto, delicioso. Seus lábios alcançam os meus, absorvendo todos os meus gemidos.
- Vem, para mim, Mel! - Ordena rouco em meu ouvido me fazendo chegar lá em um orgasmo alucinante.
- Ah! Adam... - Seu nome sai dos meus lábios em um suspiro satisfeito.
- Melissa? - Mel! - Desperto das minhas lembranças com minha irmã e Blake me olhando estranho dentro do meu quarto.
- Você está bem mãe? Ouvimos você falar enquanto dormia. - Blake fala e arregalo os olhos sem graça.
Luciana arqueia as sobrancelhas e cruza os braços. Parece até saber o que estava sonhando.
Credo!
- Estou bem filho. Deve ter sido um pesadelo. - Justifico me levantando e amarrando meu cabelo em um coque frouxo.
Ele aquiesce e sai falando que dará uma volta na praça.
- Vai tomar um banho gelado Mel! Acho que o que você está precisando nesse momento! - Solta e sai sorrindo e acabo jogando- lhe um travesseiro.
🥀Melissa Lancaster🥀Caminhei a passos lentos pela praça respirando o ar puro.Percebo olhares em minha direção. Algumas pessoas, reconheço da minha infância.— Mãe, estive pensando… E queria saber se pode me matricular em uma escola até a senhora resolver suas questões.— Blake murmura e cesso meus passos o fitando.Ele passa as mãos em seus fios castanhos-claro e suspira.— Não me leva
🥀Melissa Lancaster🥀Os dias que se antecederam foram um verdadeiro inferno. Se pensei que conversar com Adam seria fácil, com certeza estava louca.O cara é um verdadeiro poço de arrogância e ódio.Por quatro vezes fui a sua procura e em todas elas ele deixou claro sua fúria e horror a mim.
Adam LealForço meu corpo a mais uma série de abdominais. O único meio que encontrei nesse momento de extravasar toda essa raiva que me consome.Melissa Lancaster se tornou uma verdadeira pedra em meu sapato. Está em todos os lugares que estou. Sempre me perturbando tirando a pouca paz que tenho.Após tomar um banho e me trocar vou para o trabalho.Quando chego lá encontro minha ti
Melissa estava a verdadeira tentação.Com um vestido azul com amarras à frente dos seios. O decote deveria ser discreto, mas com um belo par de seios como o dela, nunca é! Sua jaqueta jeans nada pôde fazer a não ser realçar ainda mais suas curvas deliciosas. Seus cabelos negros estão livres, com algumas ondas sensuais. E seus saltos pretos só evidenciaram isso, sensualidade.Luciana apesar de ser mais velha que ela não deixou por menos. Com um vestido preto justo e um corpo de dar inveja a qualquer um que a olhasse. O completo oposto de mel, seus cabelos castanhos e olhos verdes, dando um diferencial às irmãs Lancaster.A cada passo que
Adam Leal- Você está bem? - Sussurro com uma mão de cada lado, olhando no fundo dos seus olhos. Sinto seu corpo estremecer e um brilho diferente passar em seus olhos. Sei que ela lembrou o mesmo que eu. Já estivemos nessa situação e o desfecho foi totalmente diferente. Ela se afasta e diz que sim. Agradece rapidamente e sai cantando pneu. Me deixando atordoado e sozinho.Dou a noite por encerrada também e vou para casa. Tiro a camisa, o jeans surrado, e os coturnos, ficando apenas de boxe e me deito na cama olhando para o teto.
Olho para a pequena foto que guardo há anos. Devia jogar fora, queimar. Mas as lembranças que a acompanham não teriam como apagá-las da minha memória, principalmente do coração. Por mais que tento esquecê-la, arrancá-la do coração, não consigo. Melissa é como erva-daninha. Se enraizou dentro do meu coração e continua a fazer estragos.— Ei, cara, devagar com isso! — Antony arranca o litro de uísque das minhas mãos o guardado em cima da sua mesa.Apesar de saber que seria muito zoado por ele, resolvi abrir meu coração. Tirando seu senso de humor ácido, ele é um bom amigo.— Acredito que precisa estar sóbrio para buscar a pequena Bea na escola.— A
Adam Leal— O que aconteceu, filho? — Pergunta nervosa o abraçando.— Está tudo bem, mãe. Não foi nada. — Ele tenta acalmá-la.— Como não foi nada, Blake?— você está todo machucado. Quem fez isso com você? — Continua a questioná-lo deixando o garoto atordoado com seu nervosismo. Capítulo 8 parte I 🥀Melissa Lancaster🥀Minha estadia nessa cidade não está sendo fácil. A aproximação de Adam e Blake me fez enxergar que a qualquer momento meu segredo será descoberto. A culpa está lá, causando uma sensação claustrofóbica, como se as paredes da verdade se afunilassem, não deixando outra saída a seguir.Falar com Adam é quase impossível, ele não dá espaço para qualquer tipo de conversa.Capítulo 8 parte I