Após ouvir toda a declaração do Caio, fui até a cozinha buscar água para beber. Não consigo esconder o quanto fico desconcertada a cada declaração como essa e avisto Denise descendo as escadas de olhos inchados de chorar.— Minha amiga, venha aqui, vou preparar um chá para você tomar. — A chamo para um abraço.— Senhora Mabel, dói tanto perder alguém que significa tanto para você e ainda mais para a morte, não deu tempo nem dizer o quanto o amava, me despedir sabe.— Sei o que está sentindo, vamos enxugar essas lágrimas, você tem a mim, Kaique, Assis não gostaria de ver assim.Enxugo as lágrimas dela e aos poucos fui acalmando Denise até a hora do jantar e ficamos conversando na cozinha, a melhor parte da casa, e a mesma pede que eu agradeça a Phil por todo apoio e cuidado que ele teve com ela.Preparamos o jantar, mas Dirce e fomos nos arrumar para o jantar e ao chegar na sala de jantar Caio já estava sentado e o clima entre nós fica desconfortável, após a conversa que tivemos no jar
Guardei comigo as fotos e Phil me perguntou o que eu ia fazer com essas fotografias, fiquei pensando em mostrar para Mabel, mas durante o caminho de volta para casa pensei melhor e decidi que não mostraria até porque sei que Mabel irá ficar furiosa porque eu sou algo que ela enterrou, para nunca mais ver. As fotos poderiam me trazer a esperança de um amor que ainda exista no seu coração, mas pensando bem, essa é a confirmação de que Mabel não sente mais nenhum pingo de amor por mim.— Que cara é essa — Caio? Está muito silencioso, pensei que tinha ficado feliz com as fotos encontradas — Phil pergunta enquanto dirige.— Estava feliz, mas essas fotos significam que Mabel não me ama mais, as fotos estavam enterradas.— Você precisa retomar a terapia, nunca pensei que veria você assim tão desolado por uma mulher.Em silêncio, o ouvi e, quando chegamos à minha casa, Mabel me esperava no jardim, ela caminha na minha direção com o semblante preocupado. Só eu sei o quanto o meu coração se ale
Após Caio subir para o seu quarto, fui até Phil perguntar se aconteceu alguma coisa para Caio. Está estranho desse jeito e o mesmo diz que está tudo tranquilo e que não aconteceu nada, os dois são amigos e jamais vão falar um do outro. Kaique chegou da escola todo empolgado da família e nós três, Phil, Denise e ele, entramos na casa e jamais imaginei que uma criança observava tanto dois adultos como Kaique observou, eu e Caio, e o quanto somos distantes estando debaixo do mesmo teto.Caio segurou a minha mão e mal consegue disfarçar o meu nervosismo com o seu toque, e demos atenção a Kaique, que nos quer como a sua família. Após o almoço, conversamos mais um pouco na presença do Phil e Denise e Caio segue silencioso, quase não interagiu muito. Quando Phil foi embora, tentei relaxar e Denise, ao me ver tensa.— Mabel, aconteceu alguma coisa? Caio estava estranho.— Ele chegou estranho, e agora Kaique querendo nos unir, precisamos ir comprar roupas para mim e para você. Caio nos deu
Mabel está tão deslumbrante que olhares masculinos fixam nela e eu não me senti nada confortável ao ver homens de olho na minha mulher, mesmo estando de mãos dadas! Nunca imaginei que fosse tão ciumento assim e acabei beijando Mabel no rosto para mostrar a todos que ela é minha.— Caio, estamos numa igreja!? — Mabel fala a me encarar.— Só quero que saibam que você é minha mulher, Mabel, nem na igreja os deixam de te olhar, nunca me senti tão inseguro na minha vida. — Falo sem vergonha nenhuma.— Caio, Caio! — Mabel fala, olhando para o altar para não me encarar.Ia falar algo mais, mas a marcha nupcial começa a tocar avisando que a noiva chegou e todos nós nos levantamos. Mabel solta a minha mão e a segurei novamente. Ela tenta esconder a sua emoção quando a noiva entra, mas é em vão quando uma lágrima escorre no seu olhar e eu procurei um lenço no meu paletó e enxuguei o seu rosto.— Mabel, não chora! — Falo segurando na sua mão.Mabel me olha e continuamos a assistir à cerimônia. E
Fazia muito tempo que não saia de casa e acompanhar Caio não foi a mais fácil das tarefas. Mal chegamos e já fomos confrontados por uma mulher estranha e eu defendi Caio porque, no fundo, eu sinto que ele é inocente.Quando fui convidada por Caio para dançar, ele não faz questão nenhuma de esconder de mim e nem de ninguém que me quer de todos os jeitos na sua vida, a carência dele é sentida pelo meu corpo, porque o seu corpo quente queima e aquece a minha pele, fecho os olhos sentindo um calor também, quando o mesmo cheira os meus cabelos sinto pequenos calafrios percorrem o meu corpo e cruzamos novamente o nosso olhar e Caio me surpreende com um beijo, como eu queria fugir de tudo o que eu estou sentindo, mas precisei separar as nossas bocas e parar a nossa dança, porque o meu corpo já estava começando a me entregar também, estava me dando até sede e calor. Ao me soltar do Caio, fiquei um pouco emocionada ao ouvir o relato da noiva que viveu anos separados do seu grande amor e hoje e
Não imaginei que Mabel ficaria bêbada somente com uma taça de drink, até descobrir que ela bebeu duas taças. Mabel confessou fugir de mim e das minhas declarações. Beijar Mabel novamente após anos só confirma que amo essa mulher até mais que a mim, os nossos corpos exalam tesão e sei que poderia ter Mabel na minha cama agora, mais não no estado que ela se encontrava e tive que reprimir o desejo que tenho por ela e a levei nos braços para o seu quarto.Ao pôr Mabel para dormir, fico velando o seu sono e, no silêncio do seu quarto, fico admirá-la. Mesmo inseguro prefiro me agarrar na ilusão que eu ainda moro no seu coração, mesmo sabendo que amanhã Mabel pode acordar arrependida de ter me beijado e possa me tratar novamente como um nada, a embrulho com o seu cobertor e fui dormir no meu quarto lembrando do nosso beijo lá fora, fico sorrindo que nem um bobo, só sinto isso com Mabel, tive outras mulheres, mas nada se compara a ela. Tomei um banho e me vesti para ir dormir, mas antes fui v
Caio sai da minha presença, respiro fundo tentando conter algumas lágrimas que escorrem pelo meu rosto, porque o amor dói tanto e nos traz tanto sofrimentos e Denise se aproxima e enxugo as lágrimas rápido e ouvi um barulho do carro saindo, me levantei de onde eu estava sentada e fui até a garagem e não vi o carro do Caio, o motorista se encontra aqui conversando com o segurança, o que significa que ele saiu sozinho e o coração fica aflito, pois tenho medo dele beber de novo. Liguei para o seu amigo Phil caso ele aparecesse lá, me avisasse e Denise aparece no jardim.— Mabel estava chorando? Aconteceu algo? — Denise pergunta preocupada.— Aconteceu muita coisa, ontem principalmente! Bebi duas bebidas, ele se declarou entre carinhos e declarações de amor da parte dele, não resisti e o beijei quando cheguei aqui.— Que lindo, Mabel, mas por que desse choro? O amor está vivo, vocês podem recomeçar! — Denise fala animada.— Tenho medo de ser abandonada de novo, por mais que eu o ame, aind
Fui imediatamente para o consultório da minha terapeuta e nessa consulta eu falei novamente o que me trouxe aqui e eu me derramo diante dela em lágrimas eu aceitei que homem chora sim e a minha dor é dupla e vim busca de um conselho, quem sabe até mais uma solução para todo esse, avalanche de sentimentos e após conversarmos muito a ouvi e cheguei a uma conclusão que tenho que aprender a perder, preciso me conformar que Mabel não me ama mais e ponto final. Mais seguro de mim, entrei no meu carro e decidi ir a um lugar na casa dos meus pais. Preciso tomar uma decisão importante. Ao chegar lá, os portões se abrem para mim e a minha mãe ao me ver. — Caio, que surpresa boa, meu filho. — Ela corre para me abraçar e eu retribuo o abraço em silêncio — Caio, estou te achando triste. Você e Mabel? — Mamãe, me solta. — Mabel continua lá em casa, a minha vinda aqui é por outro motivo. — Me desfaço do nosso abraço. — Estou feliz porque veio me ver, pensei que nunca mais viria Caio, você é o me