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23. CAIO
Fiquei sozinho no escritório e uma grande angústia me atormenta, um medo e uma vulnerabilidade toma conta de mim, nunca fiquei assim em toda a minha vida, os meus erros pesam sobre mim sem dó e nem piedade, ir atrás da Mabel é em vão ela mal conversa comigo, Phil esse já carrega os meus pecados nas suas costas e não quero atormentá-lo com as minhas angústias, só me sobrou a bebida como companheira, comprei três garrafas de whisky e me embriago gole a gole, sozinho, só queria beber quem sabe eu morreria e me livraria de toda essa prisão que eu mesmo me coloquei.Horas se passam e eu chorei bastante, sinto uma dor horrível na alma e eu só bebia desenfreadamente, estou quase secando o segundo litro de whisky e quando dei por mim, Mabel já estava dentro do meu escritório e diante dela me derramei e cai nos seus pés dizendo o quanto a amo pedindo perdão, independente dela acreditar ou não eu precisava desabafar, ou eu morreria.Me acordei, eu não sei nem que horas eram, mal consigo abrir o
24. MABEL
Queria muito não me importar com Caio, mas não consegui deixá-lo sozinho nesse escritório, fiquei durante a madrugada observando Caio dormindo nesse sofá, pergunto-me se o que ele falou para mim bêbado tinha um fundo de verdade, seria possível ele ainda me amar após esses anos separados, Caio não me ama, isso tudo é cargo de consciência pesada.Durante o sono dele cochilei também e me assustei quando ele acordou dando-me um enorme susto com o seu desmaio, a minha frente, não sei descrever o que senti ao vê-lo desacordado nos meus braços, agir com preocupação e desespero, nem eu sabia que ficaria assim por Caio, ainda bem que o segurança me ajudou a levá-lo ao hospital da sua família e no caminho clamo a deus para ele acordar.Caio foi internado e a mim a missão de avisar a todos que o mesmo foi hospitalizado. Conversei um pouco com o médico e o mesmo me relata que Caio teve um coma alcoólico por uso excessivo da bebida e pediu apoio psicológico para ele.A família do Caio chegou e Val
25. CAIO
A presença da Mabel e Ykaro aqui no hospital só me trouxe paz e me deixou feliz, por um instante me senti importante para a Mabel, mas sei que ela deve estar sentindo pena de mim, por eu estar abalado. Mabel teve que ir embora e Phil veio me fazer companhia, um enfermeiro trouxe o meu remédio para ansiedade.— Phil você acredita na lei do retorno? — pergunto e fico esperando a sua resposta.— Olha, não foco nessas coisas muito não, Caio, existem acasos ou destinos, você e Mabel, existe algo a ser resolvido entre vocês, independentemente de ficarem juntos ou não.— Quando deixei Mabel, ela passou muito tempo refém de antidepressivos e hoje sou eu que preciso dessas drogas e pior, vou ficar quando ela for embora da minha vida.— Para de pensar nisso! Vamos cuidar dessa mente, para então lutar por Mabel, talvez ela te ame, só está magoada. — Phil fala tentando me dar esperança.Conversamos sobre outros assuntos e acabei adormecendo, o meu pai vem me visitar e acabei perguntando a ele com
26. MABEL
Estava na cozinha organizando o almoço com Dirce, penso em Caio e em como a vida é como uma roda gigante hoje ele passa pela dor que um dia eu senti, é uma angústia tão grande que não gosto de lembrar, assim como ele eu tive o apoio da Denise e Assis, já Caio conta comigo nesse momento angustiante, não posso virar as costas para ele nesse momento porque é horrível e sei o quanto um abraço é tudo para nós.Me assustei com o choro e lamento da Denise, descendo a escada desesperada, larguei tudo o que estava fazendo e fui até a sala para ouvi-la.— Denise, minha amiga, se acalma, me fala o que aconteceu? — Pergunto nervosa.— O Assis faleceu — Denise fala desesperada, pondo as mãos na cabeça.Abracei Denise e eu juro que tentei ser forte, mas não consegui, choramos juntas e lamentamos a partida dele, mas Denise precisava ir ao hospital, fui rapidamente dar a notícia a Caio, que ficou do meu lado, eu não tinha cabeça para mais nada e, como contar, Kaique ao saber da notícia me consolou.C
PRÓLOGO
Quando fui pressionado ainda adolescente por mamãe a ir estudar no Canadá, jamais pensei que encontraria lá o amor da minha vida, uma linda mulher chamada Mabel, menina essa simples que me conquistou, fazendo-me se apaixonar e amar esse país por causa dela. A cada vez que nos conhecíamos mais, mais eu me apegava a ela, era uma conexão que não sabíamos explicar. A família da Mabel não gostou de mim como o seu namorado quando fui apresentado a eles os pais da Mabel sempre deixou claro que o nosso relacionamento não daria certo por eu ser de uma família rica e Mabel de classe baixa. O nosso amor foi sempre maior que tudo e nunca nos deixamos pela diferença social e para provar a Mabel que os meus sentimentos eram verdadeiro pedi Mabel em casamento e ela aceitou. Casamos no civil sem nossos pais, numa cerimônia simples, quando eles souberam a notícia da nossa união soou como uma bomba na família da Mabel e na minha também. Eu sabia que ninguém iria aprovar a nossa união por sermos muito
1. CAIO
Enquanto estou me arrumando para ir para mais um dia de trabalho árduo, as lembranças de um alguém que deixei no passado volta com força total as minhas lembranças, balanço a cabeça em negativa para espantar tais pensamentos, escolhas são escolhas e muito tempo já passou para ter arrependimentos. Larguei tudo para trás em prol dos meus sonhos e não posso me deixar levar por fantasmas do passado. Saí do meu andando rápido pelo corredor e ao descer a escada já avisto Phil meu amigo e assistente já me esperando na sala, ele ao me ver sorrir. — Caio Ross, primeiro bom dia. — Phil fala e nos cumprimentamos. — O que faz tão cedo aqui Phil, alguma novidade útil em relação as minhas férias, não aguento mais ficar nesse país, Irlanda é linda, mas acho que já está na hora de voltar para o meu país de origem rever amigos e falar de algum outro assunto que não seja só trabalho já alavanquei o suficiente toda a riqueza da minha família. — Que também são suas riquezas, as suas férias estão l
2. MABEL
A tarde está muito agradável, saio na varanda, olho para o céu, parece mais que vai chover e com ela me visto de coragem e vou visitar a horta do meu sítio. Horta que é colhida todas as manhãs para ser vendida todas as manhãs na cidade e é dessas vendas que sobrevivo e mantenho tudo aqui após ter abandonado a minha carreira de jornalista e mantenho também a família que vive aqui e trabalha comigo. Assis, Denise que são um casal que me acolheu desde que comprei o sítio e Kaique uma criança albina muito especial e carinhoso que o adotei depois da partida da sua mãe que também aqui vivia o que seria de mim sem Kaique que desde pequeno me alegra e me faz sorrir e ressurgir todas as manhãs, nos tratamos sempre como tia e sobrinho, ele sempre soube quem verdadeiramente foi a sua mãe e hoje com 8 anos ele já compreende muito coisa e ao chegar na plantação já encontro Assis. — Patroa Mabel ainda bem que veio até aqui, notei pequenos insetos nas verduras, não sei que tipo de praga é essa, venh
3. CAIO
Uma semana foi o suficiente para deixar o meu advogado a par de tudo e o que ele fará nesses dias em que ficarei fora e de malas prontas sigo para o aeroporto e ao chegar Phil já me espera. — Dormiu no aeroporto Phil? — Pergunto em tom sarcástico. — Nunca faria isso, estou viajando com você porque estou de férias também ou não quer que eu viaje Caio? — Lógico que quero, você é o meu amigo desde que cheguei aqui, lógico que quero você viajando comigo. Não demorou, chegou a hora do nosso embarque e a viagem foi super tranquila, dormir algumas horas, fizemos uma escala e Phil olha para mim. — Não sabia que você era tranquilo assim numa viagem de avião, dormiu que nem uma criança. — Nem eu sabia Phil, não sou homem de dormir demais, te juro, mas foi bom assim que não chegarei tão cansado e poderei ir para uma boate quando eu chegar, estou louco para sair e dançar, transar e aproveitar a vida livremente longe do terno e gravata. — Você e as suas loucuras, eu estou fora dessas aventur
Último capítulo