Parte 1...Não demorou para que a fofoca corresse e logo a mídia já estivesse buscando os detalhes da união entre eles. E isso causou um estresse em Dominique.O assistente dele ligou, avisando que se preparassem para quando retornassem a Paradiso, pois já havia gente esperando por eles no aeroporto. Ela sentiu até um peso no estômago quando Nicolau lhe disse isso. Era tudo o que não queria mais para sua vida. Ter gente espocando flashes em sua cara.Depois de toda a vergonha que ela havia passado com as atitudes erradas do pai e do que sua família fez logo em seguida, esperava nunca mais ter seu rosto aparecendo em sites e revistas.Era algo que a incomodava e também entristecia muito. As pessoas não foram educadas e nem gentis com ela durante esse período difícil. Foi muito complicado sair de uma vida para outra sem nem mesmo um aviso.As coisas foram acontecendo sem parar, como um rolo compressor passando por cima dela. Até agora ela não entendia como tinha tido forças para não ca
Parte 2...Diogo olhou pelo retrovisor para Dominique e recebeu um soco de leve no ombro.— Pare de olhar para minha mulher - Nicolau disse.— Só fui conferir se ela estava mesmmo inteira - ele riu provocando o amigo — Não seja ciumento.Foi engraçado, ele riu, mas pensou que o amigo estava certo. Ele tinha sentido um momento de ciúme. Algo que nunca acontecera antes com outra. — Para onde vamos agora? - ela se apoiou no banco, se inclinando entre eles.— Para minha casa, é claro - ele respondeu — Agora você vai ter que ficar lá também, esqueceu?— Bom, eu vou ter que buscar algumas coisas particulares minha. Eu só tenho uma mala pequena aqui.— Tudo bem, podemos fazer isso mais tarde. Antes quero que conheça a casa.— O Clusô vai estar lá também. Ele disse que você o mandou adiantar algumas coisas.— Mandei sim.— Eu também tenho algumas coisas para resolver com minha secretária.Diogo olhou para ela e sorriu. Sem querer, parecia que o amigo tinha acertado nesse plano maluco. Ela pa
Parte 3...— Como assim?— Nicolau sempre foi direto com as coisas... Quando algo surge na vida dele, vai logo analisando. Ele não perde muito tempo pensando demais - ele deu de ombro — Esse é o jeito dele e quando o testamento do avô o forçou a buscar uma solução para não perder o que é dele de direito, você surgiu.— Simples assim? - ela gesticulou.— Não é simples, mas Nico tem esse jeito de enfrentar as coisas - ele abriu as mãos — O pai dele aprontou muito e o avô vivia brigando. Sobrou para ele cuidar da mãe e da irmã.Ela olhou para o jardim na frente. Ela entendia bem sobre problemas em família. Tinha sofrido muito pelas atitudes do pai e depois do que aconteceu com a mãe. Ela precisou ficar adulta o mais rápido possível. — Acho que nós dois temos algumas coisas em comum.— Pode ser. Nico tem bom olho para negócios - ele se virou e se apoiou na mureta — Vocês agora são sócios em uma mentira e vão ter que trabalhar juntos para que dê certo.— E você vai ajudar? - ela encolheu
Parte 4...O telefone tocou de novo e Joane atendeu. Falou por um minuto e desligou dando uma bronca na pessoa do outro lado.— O que foi? - ela abriu o freezer.— Um babaca perguntando o tipo de garotas que nós temos - fez uma cara de brava — Ele achava que aqui era uma agência de encontros sexuais.Domique deu risada. Isso já tinha acontecido antes com ela, logo que abriram a agência, mas depois pararam quando entenderam que era um negócio sério.— Nem perca tempo, apenas desligue na cara. Agora com a notícia do meu casamento nós vamos ter propaganda gratuita, mas nem sempre isso vai ser bom.— Pior que é verdade - ela encostou na pia — Bom, já que você vai ficar por aqui hoje, vou te fazer companhia de novo.— Ah, claro - ela riu fazendo uma careta — É que você mora muito longe mesmo.As duas riram. Mas seria bom mesmo ter mais um tempo com a amiga, falando sobre coisas nada a ver com o que ela tinha feito agora.— Está parecendo que vai chover. Que tal a gente fazer uma sopa gosto
Parte 1...Dominique ainda estava na cama, remoendo o que faria durante o dia quando o celular tocou ao lado. Ela esticou a mão e leu o nome de Nicolau na telinha.— Oi. Bom dia!Ele sentiu um arrepio gostoso com essa saudação. A voz dela tinha esse dom de fazer com que sentisse algo diferente.— Bom dia. Te acordei?— Até que não - ela sentou na cama — De novo eu dormi pouco e acabei acordando muito cedo. Estava só enrolando na cama, dando um tempo.— Como foi ontem à noite? Os curiosos ficaram aí?— Bom, eu fui dormir já era tarde e eles ainda estavam aí na frente de casa - ela coçou os olhos — É bem capaz que ainda estejam aí na frente quando eu sair.— Eu volto amanhã. Ligue para meu assistente se precisar de alguma coisa. Ou direto para mim.— Eu ligo sim, mas não para você. Não quero atrapalhar.— Você não atrapalha. E eu sempre vou te dizer o que penso. Me ligue se precisar - ou se quiser, ele pensou.— Eu vou até a clínica hoje e depois levo algumas coisas para sua casa.— Par
Parte 2...— Será que pode me esperar? Eu gostaria de ter um tempo mais calmo e os empregados dele não vão ficar à vontade apenas comigo.— Ah, tudo bem. Eu espero por você aqui. Posso pedir que preparem algo para jantarmos?— Pode sim... Mas, será que não vai ser estranho que eu tenha meu primeiro jantar em casa com o melhor amigo de meu marido? - ela se tocou para esse detalhe.— É... Pode ser...— E se eu levar uma amiga?— Hum, acho que assim fica melhor. Ela combinou de levar Joane para que ficasse com eles durante o jantar e para começar a se habituar com a casa e os empregados. Assim não teria nada demais. Era só um jantar com amigos e pronto.** ** ** ** ** ** **— Amiga, que casa é essa?Joane ficou de olhos bem abertos, olhando em volta pelo terreno da casa e pela varanda grande da frente.— É a casa do Nicolau - Dominique riu, pegando uma das malas — Eu te falei que era bonita.— Eu sei, mas não sabia que seria dessa forma.As duas estavam com as malas ao lado, quando a po
Parte 3...Dominique ouviu um barulho por perto e abriu um olho. A luz do quarto ainda estava acesa e ela estava esticada na mesma posição, com a mesma roupa. Esfregou os olhos e esticou a mão, pegando o celular jogado perto do travesseiro. Era Nicolau.— Oi... - atendeu com voz de sono.— Diogo me mandou mensagem, disse que você ficou em casa. Não consegui dormir, queria falar com você.Ela deu um sorriso curto e esfregou o olho.— E aí você me acorda também?— Desculpe, estou ansioso.— E eu com isso? - ela bocejou.— Você é a culpada de minha ansiedade.— Eu? - ela se apoiou no cotovelo.— É claro. Você é minha esposa, está em minha casa e pelo que eu soube, jantou com meu amigo. O que é isso? Está planejando dominar minha vida.Ela começou a rir e sentou na cama.— Eu era só a responsável por conseguir uma candidata para você, mas acabou me tentando.— Hum... Quer dizer que eu tento você? - ele brincou.— Sim, com a proposta que fez. Só se eu fosse doida de pedra para não aceitar
Parte 4...Ele parecia curioso também, mas estava sério e não trazia uma câmera nas mãos como os outros. Franziu a testa e entrou, retirando o carro da vaga com cuidado. Ainda não estava muito confortável com isso, mas as aparências pediam.Era bem chato andar com pessoas atrás de você, mas ela não podia fazer nada. Só não queria que estourasse de novo seu passado. Pegou a avenida principal em direção ao aeroporto e viu que dois carros ainda a seguiam.Suspirou. Infelizmente não tinha outro jeito. Viu a placa grande marcando a entrada para o aeroporto e seu coração começou a bater mais forte. Nicolau estaria com ela em poucos minutos e teriam alguns dias juntos na casa dele, antes de outra viagem surgir.Pegou o ticket do estacionamento e saiu andando para o outro lado, fingindo não saber que haviam pessoas tirando dezenas de fotos dela nesse momento. Era desagradável. Tentava não fazer relação com o passado, mas sua mente puxava isso e tinha que mudar o pensamento para não começar a