Quando ele me levou pelo braço por um longo tempo, no início pensei que ele me levaria ao seu apartamento para que pudéssemos conversar, mas acho que a tensão que estávamos carregando não era suficiente para ir tão longe. Como se estivéssemos carregando uma bomba relógio que em poucos minutos iria explodir.

Passamos por alguns corredores do prédio até sairmos pela porta dos fundos, o que nos levou a um pequeno jardim, mais do que um espaço verde, um pouco solitário, onde algumas pessoas saíam para fumar ou para tentar desconcentrar do trabalho do dia-a-dia. Acho que pelo menos aqui estaríamos sozinhos.

Eu fico ali, como se tivesse acabado de experimentar algo tão desconcertante que não sei por onde começar, ele já está girando e andando para frente e para trás, cobrindo seu rosto com as mãos. Mas temos que começar por algum lugar, eu me lembro que ele não é ótimo em comunicação, e se eu não disser nada, sinto que ficaremos em silêncio aqui para sempre.

—Brandon... desde quando você