Claude fixou o olhar em Sebastian. ‘Ele contou para Candace que eu estava aqui!?’ Candace segurava uma garrafa térmica cheia de canja de galinha: — Suas feridas melhoraram? — Perguntou Candace, examinando o braço dele. — Estou bem. Agradeço a preocupação. — Respondeu Claude, que não estava acostumado a receber tanta atenção de outros. Candace sorriu gentilmente: — Você perdeu bastante sangue quando se machucou, então fiz a canja para você. Você deveria tomar um pouco... — Claude sempre teve um físico robusto e não via a necessidade de canja de galinha, mas recusá-la imediatamente não parecia ser uma boa ideia. Ao perceber o nervosismo de Claude diante de Candace, Sebastian o cutucou: — Tio Claude, tome um pouco da sopa. A senhorita White preparou especialmente para você. Não deixe que seus esforços sejam em vão. — Claude endureceu a expressão, mas, com dificuldade, concordou: — Tudo bem. — Sebastian o lembrou novamente: — Por que não leva a senhorita White para
Claude saboreava a canja de galinha preparada por Candace quando um grito distorcido ecoou do campo de treino. Imediatamente, sua expressão se tornou tensa, instigado pela intuição de que algo grave havia ocorrido. Ele largou a tigela abruptamente e correu para fora, com passadas largas. — O que está acontecendo!? — Candace, também tinha ouvido o estrondo anterior. Claude não conseguiu articular uma resposta, pois ele próprio desconhecia os detalhes. Ao se aproximar do campo de treino, avistou Sebastian correndo em sua direção, segurando Rue nos braços. O braço dela sangrava. — O que aconteceu com a senhorita Rue!? Você a feriu!? — Claude amaldiçoou-se internamente, lamentando ter os deixado sozinhos. — Eu não a machuquei, tio Claude! Por favor, leve ela para o hospital imediatamente! — Implorou Sebastian, em pânico. — A mão dela está sangrando. Posso fazer um curativo até chegarmos ao hospital. — Ofereceu Claude. — Não! Leve ela para o hospital, agora! Acho que ela está
Depois que o médico deixou o quarto da enfermaria, Sharon lançou um olhar enfurecido para o filho e disse: — Sebastian, o que aconteceu!? Como Rue se machucou?! — — Tia, não fique brava. Pedi a Seb para me ensinar a atirar. Eu estava muito ansiosa e, de repente, tive um ataque cardíaco... Disparei e acertei um poste. Então, uma lasca me atingiu... — Rue explicou em nome de Sebastian. — Como você permitiu que Rue manuseasse uma arma!? Ela teve sorte de acertar um poste. E se... — Sharon sempre desaprovou que Sebastian praticasse tiro. E estava ainda mais irritada agora que Rue se machucou porque ele a levou secretamente para a prática. — Mamãe, é tudo culpa minha. Eu sei! Eu sei que não deveria tê-la deixado usar a arma! — Sebastian admitiu o erro imediatamente, por não ter considerado o problema cardíaco de Rue. — Era minha responsabilidade. Eu deveria ter ficado de olho neles o tempo todo e nada disso teria acontecido. — Claude falou ao ver a irritação de Sharon. — Eu tamb
Rue balançou a cabeça. — Não foi nada grave. Não precisa se preocupar, papai. Não culpe Seb também. Fui eu quem pediu para ele me ensinar a usar a arma... — Explicou Rue, enquanto Eugene franzia a testa, conhecendo a natureza gentil da filha. — Você se machucou manuseando uma arma de fogo, filha... Foi a bala que machucou sua mão? Como pode dizer que não foi sério? — Eugene planejava conversar com Sebastian mais tarde, pedindo-lhe para não levar Rue em atividades perigosas. — Não foi a bala... Eu só não consegui mirar direito porque me senti mal... A bala atingiu um poste de madeira. Eu me machuquei quando uma lasca me atingiu. — Rue explicou, aliviando Eugene. Ele suspirou aliviado. Pelo menos não foi um tiro, mas ser atingido por um pedaço de madeira também era sério. — Está doendo muito? — Ele olhou preocupado para a mão dela — Fraturou algum osso? — — Não foi nada sério, papai. Só sangrei um pouco. — Tranquilizou Rue. Eugene, apesar de compreensivo, lançou um olhar se
— Não é necessário, Sharon. Não confiarei mais a segurança da minha filha a alguém tão negligente como você! — Eugene disse. Ainda furioso. Sharon não conseguia contestar o irmão, nem o contradizer. Ela compreendia o quanto ele estava sofrendo pela situação de Rue. — Eugene, que tipo de irmão fala assim com a irmã? — Simon surgiu de repente, tendo ouvido toda a conversa. — Se ela não fosse minha irmã, com certeza eu não seria tão educado! — Eugene explodiu de raiva. Sebastian também interveio: — Tio, não culpe minha mãe. Fui eu quem levou Rue para a aula de tiro. Brigue comigo se quiser repreender alguém. — — Não pense que não me atrevo a lhe ensinar uma lição, seu pequeno malandro! — Eugene respondeu friamente. — Se você tem tempo para dar lições, por que não passa mais tempo cuidando de sua filha? — Simon não permitiria que intimidassem a esposa e filho, apesar de serem parcialmente responsáveis pelo ferimento de Rue. No entanto, ele também não pretendia culpar outra pe
Alguns dias se passaram, e Sharon estava planejando fazer uma visita a Rue. Ela esperava que a raiva de Eugene já tivesse se dissipado. Contudo, recebeu um telefonema urgente de Scarlet, que interrompeu seus planos: — Sharon? Você precisa vir ao hospital agora. Jimmy acordou e insiste em ver Riley, mas não sabemos onde ela está. Ele está ignorando os próprios ferimentos e as enfermeiras o estão segurando para que não se lesione ainda mais! Por favor, venha! — Scarlet implorou com urgência. Mesmo relutante, Sharon pensou que Jim acordou a tempo de evitar um possível estado vegetativo. E, embora não quisesse se preocupar com ele devido ao que fez Riley passar, lembrou que a amiga tinha doado seu sangue generosamente para Jim após aquele grave acidente de carro. Isso significava que ele ainda era importante para Riley. Assim, concordou em visitar Jim no hospital em prol de Riley. Enquanto se preparava para sair, Simon, na cadeira de rodas, apareceu e questionou: — Você vai sair de
Sharon soltou uma risada inesperada. — Mal posso acreditar no que você está dizendo. Acha mesmo que Riley acreditaria nisso? — — Então me diga... O que devo fazer para convencer ela? Eu não posso simplesmente ficar de braços cruzados! — Jim estava determinado a reconquistar Riley. — Você faria qualquer coisa? Tipo, se castrar? Assim, ela teria certeza de que você não irá procurar mais outras mulheres, mesmo que queira... — Sharon sugeriu, de forma brincalhona. Scarlet ficou chocada e protestou em voz alta: — O que está dizendo?! Pedir para o Jimmy se castrar? Ele não se tornaria um eunuco desse jeito!? Riley não aceitaria um homem assim! — — Exatamente. É um sacrifício... Se ele fizer isso, apenas terá que encontrar outras maneiras de satisfazer Riley. Mas se não fizer, ela nunca acreditará nele e nunca o aceitará de volta. O que ele faria nesse caso? — Sharon ainda estava com raiva pelo comportamento de Jim e queria provocá-lo. Jim franziu a testa e respondeu com seried
Sharon não revelou a Jim o paradeiro de Riley, pois ela própria desconhecia o destino da amiga. Riley não mencionou para onde iria e Sharon não havia perguntado, pois entendia as intenções de Riley. Ela realmente não desejava que ninguém soubesse seu destino. Antes de partir, Riley mencionou que retornaria após explorar o mundo, prometendo entrar em contato quando julgasse apropriado. Jim, de certa forma, não pressionou Sharon sobre a localização de Riley. Seu olhar permaneceu vago. Contudo, quando Sharon saia da enfermaria, ele gritou: — Não precisa me dizer onde ela está. Eu a encontrarei de qualquer jeito! — Ele estava determinado a se recuperar, agora que soube que o sangue de Riley fluía em suas veias, e não permitiria que seus esforços para o salvar fossem em vão. A busca por Riley seria uma prioridade após sua recuperação. Sharon hesitou por um momento ao ouvir isso, mas não respondeu nem se virou. Simplesmente abriu a porta e saiu rapidamente, deixando a tarefa de encontr