LUARA:

— Malditos. — Digo me referindo à todos que me fazem mal, olhando o mar pela janela do meu quarto. — São todos malditos. — Solto uma lágrima solitária.

Na verdade não sei como ainda consigo chorar, dentro de mim deve estar tudo enxuto.

Eu sou patética. Faço mil planos mas não me movo para nenhum. Sou fraca.

Eu não tenho escolhas, bem feito para mim, quem mandou eu ser assim tão patética?

Aff, não me aguento de raiva, raiva de mim mesma... Eu seria capaz de acabar comigo mesma...

— Milady? — A serviçal me chama. — A senhorita precisa se arrumar, tens vizita.

Quem será? Será que é a morte para finalmente me levar?

Gargalho. Devo estar sendo muito dramática. O certo é eu fingir ser normal.

Depois de pronta eu desço as escadas com muita má vontade, não me passa pela cabeça quem seja, já que ultimamente ninguém mais se importa comigo.