Lívia
Noto a movimentação pelos arredores e ainda não consigo discernir nada, meus ouvidos estão atentos tentando captar algo que faça sentido, porém estou completamente isolada aqui nesse pequeno inferno.
Já fazem aproximadamente umas trinta e seis horas que eu estou aqui, juro que vou enlouquecer! Eu reclamava do mosteiro? Pff, lá era o paraíso... como eu fui ingrata por todos esses anos...
Me pergunto se lhes digo ou não o que eu sei sobre Vicent, acredito veementemente que não seria algo bom, por isso ainda não disse nada, ao mesmo tempo eu penso que tudo seria mais rápido se eles se decidissem de uma vez e pedissem o resgate por mim.
— Olá? Podem por gentileza me deixarem por dentro do que está acontecendo? — perguntei pela fresta da porta — eu preciso muito de um banho! minhas roupas estão cheirando a suor!
Ouço passos pesados correndo em direção ao meu atual lugar, passos rápidos de uma pesso
Vicent— Vicent, o que você está fazendo em Kahabe? Pensei que você não possuía laços sentimentais com os seus pais adotivos, não foi o que me pareceu... — e começaram as tagarelices.Sorrio.— Fico feliz em saber que vossa alteza esteja bem ao ponto de começar com as perguntas.— Estás ciente de que eles planejaram fazer o acordo mais vantajoso? Mesmo assim, eu poderia estar morta agora...— Eu não deixaria que nada te acontecesse, e qual seria esse acordo?— Trocar-me por ouro, é claro! ainda que isso significasse deixá-lo aprisionado, e mesmo assim você ousa visitá-los e os considerar seus pais.— Eu os conheço, eles são assim, o que importa é que você está segura.— Estou? — percebo sua voz embargada.Pouso o meu rosto entre o seu ombro e o seu pescoço.
LíviaAssim que pisei meus pés no castelo andei em passos apressados até os meus aposentos. O que eu vivi nas últimas horas foi uma experiência assustadora e traumática. Foi horrível, só depois de estar fora eu notei o quanto foi ruim. Eu me senti em uma outra realidade, eu estava à mercê de pessoas más, eu realmente estava em perigo. Senti um medo apavorante, me senti indefesa e sozinha, principalmente no momento em que eu ouvi passos furiosos indo em minha direção, entretanto, era ele.Esse, que nunca deixou os meus pensamentos desde a primeira vez que eu o vi e que sofri horrores acreditando que estava morto, a vida deu muitas reviravoltas entre eu e ele, eu cheguei a odiá-lo por amá-lo tanto e não ser recíproco, mas ali estava ele, atravessou o imenso oceano para isso, não importa o motivo que o trouxe em Kahabe, ele me resgatou, e isso só vai me fazer odiá-lo em dobro por me dar mais um motivo pra
Vicent(...)Ceei há menos de uma hora e confesso não ter desfrutado como deveria. Não me sinto bem, todos resolveram se reservar em seus aposentos, estávamos só eu e o príncipe Arthuro à mesa, o clima não ajudou em nada o meu apetite, nos encaramos durante todo o tempo."— Venha treinar espadas comigo, logo mais."Foi a única coisa que conversamos, na verdade eu apenas ouvi e consentir, por isso estou aqui na pequena área onde já descobri que serve para esse propósito aguardando o meu futuro cunhado para uma luta com espadas.Futuro cunhado porque eu vou me casar com a Lívia, e se não for por isso, ele irá se casar com a Penélope, coitada dela.Fico dando voltas e voltas, ansioso. Não pela luta, mas por tudo o que me cerca.— Lamento tê-lo feito esperar — Arthuro chega apressado, como quem correu quilômetros para estar aqui
LíviaOs últimos dias tem sido de decepções atrás de decepções. Eu estou, além de tudo o que inclui o Vicent, decepcionada comigo mesma. Eu deveria aceitá-lo e ficar feliz por ter a oportunidade de desposar o homem que eu amo, quais são as chances de isso acontecer? acredito que em cada dez moças, apenas duas se casam por amor, entretanto, eu preciso ser tão tola ao ponto de exigir reciprocidade?Enxugo uma lágrima solitária que escapou do meu olho.É claro que seria pelo bem de nossos países. Afinal, por que mais viria o próprio rei de Marlenout até Kahabe?— LÍVIA!? — ouço a voz de Vicent chamar por mim, ignoro.Tudo o que eu desejo é retornar para a segurança dos meus aposentos, já que um passeio libertador como o que eu fiz em Marlenout está fora de questão para mim, continuo os meus passos e quando eu penso em apressá-los sou surpreendida com Vicent agarr
LíviaAs últimas horas foram de muita reflexão sobre a minha vida e tudo o que tem me acontecido. Pensei em como sou diferente de todo mundo, penso diferente e desejo coisas diferentes, mas que de certa forma eu posso conseguir, se eu for forte e não ceder.— Princesa, deseja mais um pouco da fragrância?— Não, já estou usando o suficiente, além do mais não quero chamar a atenção, você acha que eu chamarei a atenção vestida como estou?— Vossa alteza chamaria a atenção mesmo se vestisse as minhas vestes.— Não seja tão gentil — balanço a cabeça, lisonjeada com esse comentário.Estou preparada fisicamente para a ceia, meu pai solicitou a minha presença depois de dias sem me juntar à eles na mesa.Ótimo, estou preparada psicologicamente também.(...)Já estou adentrando no salão da ceia e algumas pessoas já est
LíviaQuando a ceia acabou eu me apressei para voltar aos meus aposentos e me preparar para receber o Vicent, lavei as mãos e higiebizei a minha boca da melhor forma possível, eu quero estar cheirando à flores, até pensei em trocar o vestido, entretanto temi parecer desesperada, coisa que eu de fato estou.Durante a ceia eu tentava a todo momento interagir e me sentir parte da conversa com os presentes, mas confesso que por dentro de mim eu só pensava em Vicent e no que ele faria comigo se eu deixasse a porta aberta. Evitei olhá-lo, e nas poucas vezes que eu o fiz ele não perdia a oportunidade de me encarar com aquele sorriso arrebatador, exibindo os belos dentes brilhantes, ele sorria tanto que parecia ter ganho alguma coisa, como se tivesse sido presenteado.Vicent, será que finalmente eu o terei para sempre?Ando de um lado para o outro em volta da minha cama esperando pela batida na porta que nunca chega.<
Lívia— Você não sabe o quando é difícil para mim ter que deixá-la, Lívia, mas é algo temporário, logo estaremos juntos novamente e nada, realmente nada será capaz de nos separar — Vicent murmura em um abraço, beijando o topo da minha cabeça.— Fique aqui comigo, até amanhã cedo, desde que nos conhecemos passou tanto tempo, tem tantas coisas que eu gostaria de te contar... ninguém irá descobrir.Vicent me encara com olhos divertidos, tentando entender a minha mensagem, como se eu não tivesse sido clara.Tenho certeza de que estou corada, sinto o meu rosto em chamas.— Não estou pedindo para que você me possua, Vicent, estamos muito além disso, — afasto-me dele e vou até a minha cama, me sento e bato a mão no colchão, convidando-o à se sentar também.Enquanto caminha até mim, Vicent dá um sorriso de lado e, espera, estou notando uma certa timidez?
⚠️Cenas de violência! ⚠️HadassaEstou junto de minha sogra, a queridíssma rainha Hadassa, falamos sobre as diversas ideias de como me vingar do homem que em breve será julgado.- Eu o esfolaria, cada centímetro de pele dele seria arrancada lentamente...Sorrio com a ideia.- Ainda assim, não seria o suficiente... se você soubesse, minha sogra, - pisco os olhos tentando não deixar a lágrima escapar.Respiro fundo para afastar o nervosismo.Eu fui estuprada diversas vezes, de inúmeras formas, fui espancada e privada da luz do sol, vivi entre as minhas próprias fezes, vivi pior que um animal, eu me surpreendo de ainda ter a minha sanidade...Como fazê-lo pagar? Não acho que exista algo à altura que o fará sofrer o suficiente.- Temperar o membro sexual dele e o amarrar enquanto um cão raivoso devora o órgão.