“Então uma estaca no peito não mata os vampiros?”
“Uma estaca no peito mata absolutamente qualquer coisa. Se foram feiticeiros em vida podem ter alguns poderes mágicos, também podem momentaneamente roubar habilidades de pessoas e animais através do sangue. Vampiros são resistentes, mas nada que um ferimento normal não detenha. Não são capazes de se regenerar como nos filmes, mas também não explodem nem pegam fogo espontaneamente, depois de mata-los é preciso queimar o corpo.”
“Esses vampiros são muito bunda moles. Não tem vampiros fortões?”
“Mas claro que tem.” O homem se aproximou.
“Nos primeiros dias muitos vampiros não passam de sacos de sangue fraquinhos que não tem ossos, pode-se corta-los ao meio com uma linha de pescar, mas conforme bebem sangue e se fortalecem podem ficar
No cemitério, as lapides eram todas de espelhos, e mostravam a dor de Robin.Quando terminei, estava estático, não conseguia parar aquele serviço macabro.Logo eu estava pegando um espelho no bolso, pedi para ir para bem longe.Fechei os olhos e logo senti aquela terra fria, a sensação de metal frio e alguma coisa bloqueando minha boca.Ao abrir os olhos, estava ao lado de Robin, no escuro, somente pela pequena e simples luz de um espelho dentro da cova.Estávamos numa cova simples, lado a lado.Comecei e sentir pânico, incontrolável.“Agora meu amor, vamos ficar juntos para sempre. Eu te amo. Veja a prova do meu amor.”Robin falava docemente.Se livrou das correntes e tirou a máscara, mostrou seus dentes afiados, cheios de veneno e ódio, atirou-se contra o meu pescoço e acordei.Suando muito e com as veias e pelos do co
Segunda, dia de trabalho, normalidade e escola.Inevitável, impossível de fugir e necessário encarar.Aaron estava mais seguro quanto à fome, e conseguir se segurar.Acreditava que seria mais fácil conter a sede, uma vez que a fome estava razoavelmente mais controlada, a revolta estava somente um pouco mais aceitável e a tristeza um pouco menos esmagadora.O dia estava assustadoramente excelente, quente, mais com um vento muito agradável, com pássaros cantando, as pessoas terrivelmente gentis e até as flores estava exalando um perfume jasmim e doce.Talvez um dia nublado, frio e nevando estivesse mais compatível com seu humor.Ninguém tem sorte todos os dias.O fim de semana inteiro choveu várias vezes à noite, pelo estado todo.E ele ficou escondido em casa, fazendo de tudo para conseguir se convencer que ainda valia à pena seguir
Aaron fica tão espantado que esqueceu de tudo.Fome, sede, problemas, seu homicídio e o sinal do começo das aulas.“AARON! ACORDA! O SINAL IMBECIL! VAMOS!”Rob surge correndo e praticamente atropelando o amigo.Ele ainda está absorvendo a informação.Viu algumas pessoas com algum tipo de sinal ou algo assim, parecia um tipo de fantasma.Tony e Sarah tinham uma cauda de gato ou algo assim, Agnes tinha orelhas e um cabelo brilhante fascinante e Joane tinha um terceiro olho, aquilo foi verde?Como uma morena de olhos esmeraldas tão simpática, podia ter outro olho, além dos castanhos-caramelos, só que bem no meio da testa? Só faltava o que? Chifres no Rob?“Você vem ou não vem cara” E não é que não falta mesmo?Aaron olha bem para o amigo, que resolve não esperar e nota um protuberante
Terça-Feira. Aaron abre os olhos e vem aquela dor de cabeça. Simplesmente coisas demais para pensar. Ele automaticamente levanta e escova os dentes, bons vampiros tem os dentes limpos e brilhantes. Não houve repulsa por pensar isso, pelo visto, estava se acostumando com a ideia. Já não tem forças para ficar cansado, com medo ou qualquer coisa. Só estava tentando pensar no que aconteceu ontem, eram coisas esquisitas demais, estava muito no escuro, muito perdido, sozinho. Sentia-se abandonado e sozinho. Não podia ou conseguia compartilhar essa verdade com nenhum conhecido, quem iria entender ou aceitar? Fez o seu papel de estudante aplicado, levando o “café-da-manhã” para o quarto, para ganhar tempo. A família entendeu que precisava de um tempo sozinho e respeitou apesar das insistências de Wilber para saber o que realmente houve no seu encontro com Robin. Aquilo estava ficando demais. Feli
“Ei Aaron, tudo bom? Você tomou um banho de peixe por acaso?”Tony tinha agora, além de comentários idiotas, uma cauda idiota. O que podia ser pior!?“Claro. Eu comprei o meu desodorante de peixe podre, não ta vendo? Porque a pergunta?”“Olha para trás.”Como ele pode descrever?Deveria ter uns cinquenta gatos de todos os tamanhos mesmo.Seguindo ele quase em fila organizada. Aquela massa compacta, olhava disciplinada e firme para ele, como se ele fosse um líder ou algo assim.Mais uma coisa para pensar.“E então. Me diz qual é o perfume, eu vou ficar bem longe.”Olhando totalmente, Aaron passou a correr para a escola.A multidão de gatos foi atrás, mas pararam perto da entrada.Todo mundo debatia sobre o fato, alguns iam a um bicho e fazia um carinho, mas Aaron se preocupou em entrar na sala
Um assassino, não merecia a atenção de tanta gente legal, ele era uma ameaça para os amigos, para as pessoas.Merecia ser preso, jogado numa jaula como a um animal e quebrarem a chave.Aaron sabia que iria viver um inferno em vida, mesmo assim pediu redenção.Olhou misericordiosamente para a mesa vazia e fez um pedido silencioso.“Não suporto mais essa maldição. Eu queria tanto que você voltasse aqui na mesma hora, para ver a aula, do modo que estivesse, presente, viva e bem, para dizer que sinto muito, pedir perdão, Robin... Volte para escola, amanhã, sem falta... Volte para mim. Ta tão difícil suportar isso.”Mas os mortos não voltam a vida.Aaron foi para a casa depois que o diretor liberou a todos.Que se dane se ele tinha orelhas de burro ou qualquer coisa.Foi embora ainda mais derrotado do que antes, queria
Chegou perto dela, não entendia mais nada, se fosse uma brincadeira, era de péssimo gosto.Não ouviu quem falou o que.“Ela estava assim quando você chegou, imunda desse modo?”“Sim, eu perguntei o que houve e ela só disse ‘vim para aula na hora’ é ficou ai, desconectada do mundo.”“Parece em transe.”“Tadinha dela. Deve ter passado horrores na mão de um monstro...” As amigas sussurravam revoltadas.“Será que foi pega por algum tipo de maníaco? Ela não parece que sabe onde está.”“Cara, ninguém fica assim e não pede ajuda. Só pode estar péssima.”“Ai coitada.”“Alguém já chamou o diretor?”“Sim.”Michelle e Samantha gastavam seu estoque de lenços descartáveis.
Chegaram ao ginásio e ele tirou a roupa imunda, um funcionário da escola conseguiu um uniforme velho e padrão da equipe de basquete, ia servir no momento.Colocaram Aaron no chuveiro, a água nunca pareceu tão boa.“Show de esquisitices dois. Normalidade zero!”“Nossa, é como!”“Cara eu pensei que essa garota tinha virado mingau na mão de algum psicopata. Será que ela fugiu?”“Eu sei se apenas uma coisa.”Aaron quase gritava de felicidade.“Eu acho que a minha angustia finalmente acabou.”“Agora você vai falar. O que diabos aconteceu afinal de contas, entre os dois? E sem desculpas ou a gente queima todas as roupas e vamos ter depois de vinte anos uma prisão por atentado violento ao pudor, vai, começa!”Tony parecia bem sério.“Desculpa Tony. Bom, melhor po