— Então tudo certo! — dei uma risada, tentando parecer super confiante.Debaixo daquela máscara, havia uma garotinha cujo coração martelava opeito de tensão.— Agora… só mais uma coisa.Mostrei a moeda que estava na minha mão aquele tempo todo.— Cara ou coroa?Virei as costas para Luke para encarar os outros dois. Eles se aproximaram um pouco mais, tentando entender o que eu estava fazendo.— Espera — Dominic exclamou.— O que exatamente estamos decidindo— Não importa — eu ri.— Deixem comigo.Joguei a moeda para cima, recuperei-a no ar com uma mão e segurei-acontra o dorso da outra mão. Os rapazes se aproximaram mais.— Você escolheu coroa — eu disse, piscando para Ryan. Seu lindo sorriso se abriu mais.— E você… — eu disse, virando as costas para Dominic. Olhei por cima de seu ombro mexendo a bunda provocativamente.— Vou te mostrar muito mais do que minha bela cara.Dominic bateu as palmas e as esfregou excitadamente. Ele parecia uma criança na noite de Natal.— Finalmente — diss
Acordei com o som dos pássaros ao redor. Meu corpo nu estava enrolado totalmente em lençóis de seda frescos. A luz entrava pelas cortinas parcialmente abertas, iluminando o belo quarto feito de madeira.Eu sentia que tinha morrido e ido para o paraíso. Ou melhor, eu estava viva no paraíso, porque logo que a sonolência da manhã passou, me lembrei vivamente de cada momento glorioso da nossa primeira e lendária noite juntos.— Uau.A definição era insuficiente, mas o mais próximo que eu podia pensarpara descrever a noite. De costas na cama, estiquei os braços para a esquerda e para a direita para conferir se alguém ainda estava ali. Então me levantei, vesti a calça e fui para o banheiro escovar os dentes e tomar banho.Cadê todo mundo?Vesti minha roupa e em uma dúzia de passos cheguei na pequena e confortável cozinha.— Ola?Ninguém respondeu. Mas alguém havia deixado café, açúcar e creme sobre o balcão, ao lado de um prato de bacon perfeitamente cozido e pão quentinho e cheiroso.Servi
Com a missão de Vasilev finalizada, Valentina sentiu um estranho vazio se abrir em seu coração. Por anos, ela havia sido movida por um propósito claro: derrotar aqueles que representavam uma ameaça direta. Agora, com esse objetivo alcançado, um novo tipo de inquietação começou a se instalar.Uma noite, enquanto organizava alguns documentos em seu apartamento, Valentina encontrou uma carta antiga, escondida entre papéis que pertenciam ao seu passado. Era uma carta que ela nunca tinha visto antes, endereçada a ela, mas com um sobrenome que não reconhecia: "Valentina Bianchi".Sentada à mesa da cozinha, sob a luz suave da lâmpada pendurada no teto, Valentina abriu a carta com cuidado. A caligrafia era elegante e precisa, indicando que quem a escrevera possuía uma educação refinada.*Querida Valentina,Se você está lendo isso, significa que chegou a hora de você conhecer a verdade sobre suas origens. Seu nome completo é Valentina Maria Bianchi. Seus pais, Maria e Giuseppe Bianchi, não pude
Valentina desembarcou em Roma com uma mistura de nervosismo e determinação. As ruas movimentadas e os prédios históricos ao redor a deixaram maravilhada, mas seu foco estava em uma missão muito mais pessoal. Ela estava ali para encontrar seus pais biológicos, Maria e Giuseppe Bianchi, e descobrir mais sobre sua família italiana.Com um mapa da cidade em mãos e um endereço em mente, Valentina começou sua busca. Ela caminhou pelas ruas estreitas e sinuosas, absorvendo a atmosfera vibrante da cidade enquanto seguia em direção ao seu destino. Finalmente, ela chegou a uma modesta casa em um bairro tranquilo nos arredores de Roma.Respirando fundo para acalmar os nervos, Valentina subiu os degraus até a porta da frente e bateu. Um homem idoso atendeu, olhando para ela com curiosidade.— Posso ajudá-la, signorina? — ele perguntou, seu sotaque italiano evidente.Valentina se apresentou e explicou sua busca pelos Bianchi. O homem pareceu surpreso, mas convidou-a a entrar, indicando que eles pod
Quando finalmente chegaram a uma sala de reuniões mais ampla e bem iluminada, ela viu Luca, Enzo e Sofia discutindo os detalhes finais do plano de ataque. Antonio estava ao lado deles, observando Valentina com uma expressão de surpresa misturada com curiosidade.— Antonio, encontramos alguém que diz ser uma Bianchi — disse Marco, indicando Valentina com um gesto de cabeça.Os olhares na sala se voltaram para ela, cada um com uma mistura de desconfiança e interesse. Antonio deu um passo à frente, os olhos fixos nos de Valentina.— Quem é você realmente? — perguntou Luca, sua voz firme e exigente.Valentina respirou fundo, sabendo que este era o momento de revelar sua verdade.— Meu nome é Valentina. Cresci sem saber quem eram meus pais biológicos, mas recentemente descobri que sou filha de Maria e Giuseppe Bianchi. Vim para Roma em busca de respostas sobre minha origem e sobre a guerra entre nossa família e os Rossi.Houve um murmúrio de surpresa entre os presentes. Gabriel e Enzo troc
Depois de todos se retirarem para descansar, Valentina não conseguia dormir. As palavras de Giuseppe ecoavam em sua mente, e ela sentia que ainda havia mais para descobrir. Decidiu explorar a casa, revisitando memórias antigas e procurando mais pistas sobre seu passado.Ao entrar na biblioteca, encontrou um cofre escondido atrás de uma estante de livros. Com as mãos trêmulas, abriu o cofre e encontrou um diário antigo, encadernado em couro. O nome de Maria Bianchi estava gravado na capa.Valentina começou a folhear as páginas, lendo sobre a vida de sua mãe, os desafios que enfrentaram e os sacrifícios que fizeram. Mas então, encontrou uma entrada que fez seu sangue gelar."Hoje nasceu nossa filha, Valentina. Mas os anciões da família estão preocupados. Seus olhos vermelhos são vistos como um mau presságio. Alguns acreditam que ela está amaldiçoada, destinada a trazer destruição para nossa família. Giuseppe e eu não acreditamos nisso, mas a superstição é forte entre os nossos. Para pro
O silêncio pairava no ar enquanto todos observavam, atônitos, o que Valentina havia feito. Seus olhos se voltaram para ela, uma mistura de admiração, surpresa e temor refletida em seus rostos.O pai de Valentina, Giuseppe, foi o primeiro a quebrar o silêncio, sua voz carregada de emoção.— Valentina... Você... você fez o que precisava ser feito.Valentina ergueu seu olhar para encontrar o dele, seus olhos cansados mas firmes.— Eu não podia deixar que a guerra continuasse. Não podia permitir mais mortes. — respondeu ela, a voz firme apesar da exaustão que a consumia.Seus irmãos se aproximaram, expressões de respeito e admiração em seus rostos.— Nunca duvidamos de você, Valentina. Você é verdadeiramente uma Bianchi. — disse Marco, colocando uma mão no ombro dela.Valentina olhou ao redor, vendo os olhares de todos os presentes fixos nela. Ela sabia que sua decisão tinha mudado o curso da guerra, talvez para sempre. Mas também sabia que ainda havia muito trabalho a ser feito.— A guer
Giuseppe observou a cena com um olhar misto de tristeza e orgulho. Ele sabia que Valentina tinha a força necessária para liderar a família Bianchi através dos tempos turbulentos que ainda poderiam vir.— Temos que voltar agora, Valentina. Ainda há muito a ser feito para consolidar essa paz e fortalecer nossas alianças. — disse Giuseppe, gentilmente.Valentina assentiu, levantando-se e se inclinando para beijar a testa da mãe.— Eu voltarei para te ver, mãe. Fique forte. — disse ela antes de se afastar.Saíram do hospital e voltaram para a mansão dos Bianchi, onde os preparativos para as novas alianças já estavam em andamento. Ao chegarem, foram recebidos pelos irmãos de Valentina, que estavam ansiosos para saber o próximo passo.— Como está mamãe? — perguntou Giorgio, preocupado.— Ainda em coma, mas estável. — respondeu Valentina, tentando manter a voz firme.— Precisamos garantir que seu sacrifício não seja em vão. Devemos honrá-la trazendo paz e estabilidade para nossa família.Ant