Nikolai
A ver falar sobre os filhos traz uma aura completamente diferente para fora, como se houvesse uma outra mulher escondida dentro dela se mostrando relativamente pouco, só em momentos que acha que ninguém notará, mas fica óbvio quando é das crianças que fala.
— A história assustadora para quando crescerem não existe, uma pena — digo a vendo revirar os olhos. — Foi por conta da gravidez que deixou de trabalhar na Paradise por um período e não por uma lesão?
Nada melhor do que ter a resposta direto da fonte. Não a vejo mentindo para mim. imagino que tenha mantido a sinceridade para que saiba que podemos trabalhar juntos sem que haja empecilhos.
— Não tinha como esconder a barriga nos meses finais e ninguém quer ver uma grávida rebolando a bunda — comenta como se a fase não incomodasse, apenas di
Aleksandra— Você está me dizendo que Nikolai Sokolov está agindo como papai do ano e que você não consegue deixar de achar estranho? — pergunta Tasya, dado que tem se tornado comum que Nikolai apareça quando deseja em nosso apartamento para passar um tempo com as crianças, nem me olha direito.O que me faz pensar que deve ser a sua nova estratégia, pois não há mais explicações plausíveis. Tendo tantos problemas na sua família, por que usaria o seu tempo para ver os meus filhos? Não tem Freud que explique.— Você não acharia?— Ele já deixou claro que quer se casar com você mostrar que não está brincando ao agir como um bom “pai” pode ser o seu jeito de passar sinceridade, já que você não dá uma brecha que seja para o homem — diz
Nikolai— Tem alguém muito empolgado assistindo a nossa cunhada — fala Sofiya ao se curvar um pouco mais, talvez para ver se consegue enxergar o rosto do sujeito de quem está falando.Sabendo que tenta chamar minha atenção para que eu possa ver também me aproximo notando que o homem não para de jogar notas em direção ao palco enquanto ela faz rodopios na barra vertical.— Vai ser um problema juntar tantas notas — murmura ao dar um gritinho para que saiba que está ali animando um evento que já causa alvoroço sem a sua ajuda.— Acho que nunca o vi aqui — declaro ao mirar Egor.— Também não, mas muitos ficam dentro de suas salas privativas e só saem apenas quando querem ver um show especial, que eu saiba Aleksandra não faz muita coisa em particular, então se quer vê-la tem que
NikolaiA multidão se alvoroçou ao notar a ação escrota do sujeito, porém, como sempre não tem uma única pessoa que age em prol de ajudá-la, apenas esperam para ver o desenrolar, se eu soubesse de seus caráteres, diria que poderiam esperar por saberem que elas sempre darão um jeito de resolver as implicações de ações tão podres, mas acredito mais na possibilidade de apenas terem medo de se machucar por alguém com quem não tem qualquer ligação.Além disso, não saber com quem está mexendo pode fazer com que muitos fiquem com medo instantaneamente. Não tem ideia sobre estarem lidando com um escroto qualquer ou se estão batendo no filho de um político rico, quem sabe até em um integrante da máfia, e o medo os paralisa, faz com que prefiram deixar que a pessoa sofra a aju
Nikolai— Se sente — pede Aleksandra com um tom de voz que enganaria qualquer um sobre a fúria que sente nesse momento, mas ainda consigo ver o modo como aperta os lábios, a orelha vermelha como fogo e os punhos que se fecham repetidamente esperando para serem usados em algo maravilhoso para o seu gosto. — Bom pessoal, temos aqui o nosso maior comediante da noite.O homem agarra o seu pulso ao ouvir suas palavras, xinga quando ela puxa seu braço para se livrar de seu aperto, mas antes que possa se erguer outras duas mulheres sobem no palco forçando-o a sentar ao empurrar seus braços para baixo. Não sei o que ela pode ter feito em tão poucos segundos, mas ele não parece ter a capacidade de se levantar de novo.O terror em seu rosto é visível.Os globos oculares se movem, mas o restante do corpo não parece acompanhar.Egor me olha me questi
Nikolai— Você parecia muito feliz em brincar com aquele sujeito — digo a vendo me encarar cuidadosamente.Sinceramente ainda estou tentando entender como ela aceitou uma carona com tanta facilidade hoje, quem sabe estivesse apenas cansada de ter que arrumar meios de discutir a cada vez que nos encontramos. Não tenho ideia do que passa em sua cabeça.Se eu começar a falar demais pode me julgar por estar exagerando.Pode acabar quem sabe dando isso como um motivo para que seja uma ação que nunca mais se repita, então eu deveria ser cuidadoso com o que digo, mas a minha sinceridade sempre me impele a dizer qualquer coisa. Perco o controle da minha razão perto dela.Como alguém tão cruel pode ter esse tipo de poder?Tem alguma magia escapando de seus dedos sem que eu saiba?Estar enfeitiçado seria uma boa justificativa para que eu n&a
AleksandraQuando a cadeira na minha frente é arrastada tenho a péssima impressão de que o dia não começará bem e que as minhas chances de tomar um café da manhã tranquilamente se tornaram nulas desde que o local se tornou conhecido.Ergo minha cabeça ao ver primeiro o par de luvas em couro marrom sobre a mesa para depois ter na minha frente os braços cruzados embaixo do busto ao alçarem os peitos. As unhas estão pintadas em um tom de vinho que me lembra um bom vinho tinto. Os fios escuros do cabelo escorrem em ondas grandes e lisas sobre os ombros e na sua boca vejo todas as milhares de palavras que quer proferir.Por que diabos essa mulher está na minha frente?Os olhos cor de café parecem furiosos, borbulhantes.Aperta os dedos em sua carne ao me encarar, me avalia também, por esse motivo não me importo de estar sendo
AleksandraO som de metal sendo batido um contra o outro faz com que meus ouvidos se atentem, mas não mais do que as individuas que passam a me olhar com uma admiração que nunca será normal, uma vez que alguém como eu não deveria ser vista como um exemplo, mas aqui, nesse mundo que é comandado por nós, sou como uma bandeira sendo içada.— Você veio — diz a menina com quem me encontrei no elevador. Dividimos o mesmo prédio e um pouco do desejo pelos rifles pelo que posso ver do material de estudo que tem em mãos. — Vi seu nome no cronograma de treinamento, mas depois dos acontecimentos na Paradise...— Aparentemente não estarem em campo não impede vocês de terem informações — digo a assistindo sorrir entusiasmada, com um brilho semelhante ao que meus filhos têm quando percebem que serão al
Aleksandra— Erga as mãos — falo para a menina que apesar de maior não consegue se proteger contra alguém menor. Não tem controle sobre o seu corpo, se perde em meio aos pensamentos que a impediriam de ser atacada. — Proteja o rosto — berro, temendo que acabe tão inchada que não vá se reconhecer no espelho mais tarde, acredito que nem o equipamento possa dar jeito nisso. — Meu Deus, o que ela tem? — pergunto a Malia que está pronta para arrancar meus órgãos para fora com um único olhar, é como uma leoa protegendo seus filhotes.— É introvertida demais, sempre apanhou de pessoas muito maiores que ela, se enxerga como alguém muito menor do que a sua rival, pode ter certeza — explica-me por cima, apenas o bastante para que eu possa ter uma ideia de como a ajudar.— Olhe nos olhos dela, não ba