Agora, tudo que restava era esperar — e torcer para que, de alguma forma, ele fosse forte o suficiente para lidar com a verdade, mesmo que isso significasse confrontar a perda mais dolorosa de todas_ se separarem. Enquanto isso, Hélio estava em seu escritório, a expressão dura e o semblante impassível enquanto segurava o telefone. Ele sabia que o jogo estava prestes a esquentar, e ele estava, como sempre, pronto para manipular tudo a seu favor. Com uma voz suave, porém carregada de expectativa, ele perguntou: _Estela, você conversou com a garota? Ela concordou em deixar meu sobrinho em paz? Quero que ela se afaste dele o quanto antes. Do outro lado da linha, a risada baixa e ligeiramente irônica de Estela soou, como uma sombra fria sobre a conversa. Ela sabia que Hélio não desconfiava de nada, e isso a fazia se sentir ainda mais segura em seu plano. _Relaxa, Hélio_ respondeu ela com sua voz manipuladora, doce, mas com um toque de desdém_Eu estou dando o meu jeito nisso. Vou fa
Quando Álvaro chegou em casa, seu sorriso iluminava o ambiente. Ele estava radiante, mal conseguindo conter a empolgação. Os últimos dias haviam sido tensos, mas finalmente havia chegado o momento que tanto esperava. Os documentos finais da herança haviam sido assinados, e tudo tinha dado certo. Ele mal podia esperar para compartilhar a boa notícia com Alicia. A sensação de alívio e conquista o preenchia por completo, e seu coração batia mais forte à medida que se aproximava da porta. Com um brilho nos olhos, ele imaginava a reação dela, e isso o fazia ainda mais ansioso. Ele sabia que esse momento traria uma nova fase para os dois, e não via a hora de dividir aquela alegria com a pessoa que mais amava.Alicia sentia um peso no peito, a pressão de algo que precisava ser dito, mas que não sabia como começar. A chantagem de Estela era um fardo que ela carregava sozinha há dias, e embora a situação fosse complexa e delicada, ela sabia que não poderia manter aquilo em segredo por mais t
Alicia, ao ouvir aquelas palavras, sentiu um aperto no coração. Ela sabia que essa separação seria difícil para ambos, mas também sabia que era necessária para que pudessem seguir com o plano. _Para mim também, Álvaro. Mas essa é a única maneira de desvendar tudo isso. Temos que seguir em frente, mesmo que seja difícil_Ela fez uma pausa, buscando palavras que transmitissem segurança_Nos encontramos em segredo assim que possível. Além disso, na próxima semana já começa a minha faculdade. Eu vou passar o dia todo lá, e isso vai nos ajudar a manter o plano sem levantar suspeitas. Álvaro a observou por um instante, absorvendo o que ela dizia. Sabia que a situação não era ideal, mas também compreendia que ela estava disposta a fazer o que fosse necessário para resolver aquela encrenca. Ele respirou fundo, tentando se acalmar. _Você está certa. Vamos seguir com isso. Mas não importa o que aconteça, estaremos juntos no final. Alicia e Álvaro estavam sentados à mesa, trocando palavra
Alicia, porém, não parecia totalmente tranquila. Ela sabia que a próxima fase do plano exigiria mais. _Agora precisamos continuar_disse ela, seus olhos fixos à frente, como se já estivesse pensando no que viria a seguir_Quando chegarmos em casa, a discussão precisa ser mais calorosa, a ponto de eu arrumar as minhas malas e sair chorando. Não podemos deixar margem para dúvidas. Álvaro assentiu com a cabeça, claramente focado no que tinha que ser feito. “Sim, é isso. Quanto mais real for, melhor. Vamos fazer com que a separação pareça irreparável, mais antes disso me deixe te beijar, não sei até quanto tempo vamos ficar separados. Pediu ele e em seguida se beijaram com muito pesar e amor. Depois do beijo Alicia suspirou, já imaginando a cena que teriam de encenar em casa. O peso do que estavam fazendo começava a se fazer presente, mas ambos sabiam que isso era necessário para que o plano fosse bem-sucedido. O carro continuava seu percurso, e, enquanto o trajeto se desenrolava, o a
Álvaro, que ainda estava assimilando o que acabara de acontecer, tentou disfarçar sua agitação. Ele respirou fundo, fingindo irritação, e se afastou um pouco para não parecer tão vulnerável. Com a expressão fechada e a voz firme, ele respondeu: _Nada aconteceu, Maria. Só descobrimos que não somos compatíveis um com o outro. A confiança, quando se perde, não é fácil de reencontrar. Suas palavras foram duras, quase calculadas, como se ele quisesse garantir que ninguém suspeitasse de que aquela separação não passava de uma farsa. Ele se manteve em pé, evitando olhar diretamente para os empregados, como se não quisesse expor seus verdadeiros sentimentos Maria o observou por um instante, um tanto perplexa. Ela conhecia o patrão o suficiente para perceber que algo estava errado, mas preferiu não insistir. _Entendido, senhor. Disse ela, com um leve aceno de cabeça, embora sua expressão estivesse marcada pela preocupação. Ela se retirou lentamente, sentindo que, talvez, algo muito ma
Por mais que tentasse se convencer de que tudo estava sob controle, que o plano precisava ser cumprido para que o que queriam fosse possível, o peso da solidão a consumia. Alicia sentou-se no sofá, os olhos fixos no vazio, enquanto a saudade de Álvaro a envolvia. O fato de estar fisicamente longe dele parecia ter ampliado ainda mais a distância emocional entre os dois. Ela sabia que ele estava sofrendo também, mas a dor era algo que, naquele momento, ela não conseguia compartilhar com ele. “_Será que ele também sente isso? Será que ele está tão triste quanto eu?_”, pensou, enquanto as lágrimas começavam a se formar novamente. Embora soubessem que a farsa tinha que continuar, a linha tênue entre o que era real e o que era falso parecia se apagar a cada dia que passava. O plano era necessário, mas a tristeza de estar separada dele, mesmo que temporariamente, era algo que ambos tinham que carregar em silêncio. Alicia fechou os olhos por um momento, tentando afastar as emoções conflita
As palavras dela foram como uma faca afiada, cortando o silêncio e deixando Álvaro em um estado de alerta, mais finalmente chegou no assunto que ele queria e ele sabia que a luta contra seu tio estava se intensificando, mas as intenções de Estela ainda o deixavam desconfiado, ele não tinha certeza de que devia confiar nela. Álvaro fixou o olhar em Estela, buscando algum sinal de que ela estava mentindo ou apenas tentando manipulá-lo. Seu rosto estava tenso, e seu coração disparou. _Como posso saber se o que me fala é verdade?. Ele perguntou, a desconfiança evidente em sua voz. Ele precisava de mais do que palavras vazias; queria provas concretas de que Estela realmente possuía o que dizia, senão aquele plano teria sido em vão. A atmosfera entre os dois ficou carregada de tensão. Estela manteve o sorriso, ciente de que tinha a vantagem momentânea. Ela sabia que Álvaro, mesmo desconfiado, não poderia ignorar a oportunidade que ela estava oferecendo. Ela o observava com um olhar calc
Álvaro acompanhou Estela até seu apartamento e, ao chegarem, ela se dirigiu até o closet. Ali, revelou um cofre escondido e, com um gesto rápido, digitou a senha. Quando a porta do cofre se abriu, ela retirou um pen-drive e se dirigiu até a sala. Colocou o dispositivo no notebook e pediu a Álvaro que verificasse o conteúdo.Ele estava curioso e ansioso, então conectou o pen-drive e, ao abrir o arquivo, se deparou com um vídeo. Nele, um homem estava mexendo no carro dos pais dele, com gestos suspeitos e discretos, como se estivesse fazendo algo ilegal. Álvaro ficou concentrado na tela, tentando entender a situação, enquanto Estela aguardava, séria, por sua reação.Após assistir ao vídeo, Álvaro olhou para Estela e disse com uma expressão cética:—Bom, mais Isso não prova nada. Esse homem pode ser um mecânico que meus pais contrataram.Estela, sem demonstrar surpresa, respondeu calmamente:— Veja os outros arquivos e depois chegue à sua própria conclusão.Álvaro, seguiu o conselho d