JACKSON NARRANDO
Eva entrou no meu escritório, hoje ela está com uma roupa que está acabando com a minha sanidade. A saia dela é um pouco mais colada, e acaba na metade da coxa. Está com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo lateral, saltos altos e uma camiseta preta. Eva fica bem de preto.Eu estava sentado na minha cadeira do escritório e ela veio em minha direção, eu me virei junto com a cadeira para olhá-la, e ela subiu em meu colo, com uma perna para cada lado do meu corpo. Eu arregalei os olhos, e ela puxou minha gravata, sussurrando contra meus lábios com seus lábios coloridos de batom vermelho.— Eu tô louca pra você tomar coragem e tirar minha roupa... — Ela disse. Apoiei minhas duas mãos nas coxas dela e deslizei até sua bunda, a apertando.— Eva, para com isso... — Eu pedi.— Denver... Denver... — Eu ouvia suaEVA NARRANDOTenho certeza que depois do que aconteceu hoje, aqui, Denver nunca mais vai me olhar da mesma forma. Não tem como... A boca dele tomou a minha com paixão, eu senti isso. Eu toquei seu peitoral forte, seus ombros, e por mais que tenha sido um beijo levemente bêbado para ambos os lados, eu sei que ele estava cheio de desejo.Depois que eu terminei de comer, me levantei e fui lavar as mãos. Quando voltei, ele estava ajeitando a mesa onde comemos, levou os pratos até a pia e eu fiquei o observando. Ainda não acredito que ele me beijou.— Bom, está tarde, eu vou pra casa. — Eu disse.Denver veio até mim e parou na minha frente, concordou com a cabeça e quando fiz menção de sair, ele me segurou pelo braço.— Olha... Me desculpa, tá? Pelo beijo. De novo. — Ele disse, me olhando nos olhos. — Espero que isso não estrague o ambien
DENVER NARRANDOEva estava com as duas mãos no meu rosto depois do abraço, me olhando com seus enormes olhos castanhos. Eva tem cabelos castanhos da cor de seus olhos, e a forma como ela me olha me deixa estranhamente calmo. Ela é uma mulher incrível, devo admitir. Qualquer uma teria ficado brava com meu comportamento, mas Eva deu um jeito de me acalmar e é claro, de ser firme o suficiente para manter os negócios na linha. Eu respirava fundo, me controlando a medida que ela me fazia respirar. E então, fechei meus olhos por alguns instantes e depois os abri. Eva estava com um sorriso no rosto.— Esse abraço foi importante. Me fez olhar você de outro jeito. — Eu comentei. Ela me soltou e nos afastamos.— Como assim me olhar de outro jeito? — Ela perguntou.— Você é boa em gerenciar crises. Eu não tolero erros, Eva. Isso é um problema. O fato de você ser bem mais humana que eu torna tudo mais... Bom, torna tudo mais equilibrado. E agora eu entendi o motivo do meu pai ter aceitado a indic
EVA NARRANDOEstamos há dias analisando relatórios fora do horário de serviço. As coisas complicaram porque o departamento financeiro está achando que estamos aprontando algo. Eu continuo agindo normalmente, sorrindo para todos, como sempre... Mas as coisas ficam complicadas quando se trata do comportamento do meu querido colega de trabalho Denver. Ele é muito temperamental e sincero. Poxa vida, o pessoal do financeiro passa e ele olha para eles como se fosse possível matá-los com o olhar...Hoje é sexta-feira, mas não podemos arredar o pé daqui. Precisamos continuar procurando divergências nos relatórios, e foi o que fizemos. Já era oito da noite e eu estava cansada... A semana inteira foi assim, afinal, estamos tentando salvar a empresa dos Denver.— Eu tô exausta... — Eu falei. Estava sentada em uma cadeira ao lado dele, e então, encostei minha cabeça em seu ombro. — Não aguento mais ver números.— Eva, só mais esses relatórios e paramos. — Eu levantei meus olhos, permanecendo com
DENVER NARRANDOEntrei no chuveiro, sem nenhuma peça de roupa e senti a água quente caindo em meu corpo. Fechei meus olhos e respirei de forma profunda. Eu transei quatro vezes com a Eva dentro do escritório, eu nunca havia feito isso com nenhuma outra mulher. Nenhuma outra mulher conseguiu me deixar excitado ao ponto de me fazer... Subir... Desse jeito.Eu tomava meu banho, era quatro da manhã de sábado. Ainda não acredito em tudo que aconteceu. Eu quero arrumar um jeito de encontrar com ela de novo, é só nisso que eu penso. Queria ter trazido Eva pra minha casa e feito muito mais coisas na minha cama. Ela não me deixou provar o gosto dela. Será que é bom como os doces que faz? Porra, por que eu estou tão obcecado com isso?Depois de dormir um pouco, acordei e não conseguia parar de pensar na Eva. Eu lembrava daquele beijo, do corpo dela com o meu, o cheiro adocicado da sua pele... Eu não quero admitir, mas talvez eu esteja... Bom, talvez eu goste dela mais do que eu devia. Não posso
EVA NARRANDOAinda não acredito no que aconteceu na noite anterior. Eu fiquei com o Denver... Eu transei com ele no escritório dele, e de todas as formas possíveis ainda. Uma coisa preciso admitir: Ele sabe fazer uma mulher gozar. Ele subiu minha autoestima com os elogios que fez enquanto eu rebolava pra ele, me fez sentir desejada, bem quista... Denver é um homem raro e isso me faz ter raiva, porque eu sei que ele transou comigo apenas para aliviar seus desejos, e não por sentir alguma coisa... Mas aí, ele apareceu na loja e me ajudou a escolher o vestido... Ele também falou aquelas coisas que eu tenho certeza que não foram sobre os doces da Sweetsparks e isso me fez pensar que talvez ele tenha gostado de me provar.Estou me arrumando, coloquei o vestido que comprei na loja, ondulei meu cabelo e passei um belo perfume. Minha maquiagem está impecável. Eu quero ver aquele cretino do meu professor encher o meu saco hoje, quando me ver ao lado de Denver.Quando deu o horário, recebi uma
DENVER NARRANDOEva estava acuada atrás de mim pela presença de Dominic, no estacionamento. Eu olhei bem pra cara dele e entrei na frente dele, com um olhar debochado.— Posso ajudar em algo, senhor? — Questionei, com um tom de deboche? — Na loja do outro lado da rua vende fraldas geriátricas, se for isso que está procurando.Naquele momento, o homem virou um soco em mim, mas não me acertou. Eu voltei um soco nele com tanta raiva que quando o acertei, ele cambaleaou e quase caiu no chão.— Você acha que vai tirar a Eva de mim? Ela sempre vai ser a minha pupila, sempre! — Ele gritou.— Eu vou chamar a polícia. — Eva sussurrou.— Não! Eu acabei de dar um soco em um velho, vão me dar um baita sermão. — Resmunguei e ela coçou a cabeça. — Vai se foder, seu velho babão! — Gritei.Peguei Eva pelo braço, e a arrastei para o carro.— Aonde vamos? Eu preciso ficar! — Ela disse, mas eu fingi não ouvir.Abri a porta do meu carro e coloquei Eva dentro dele, e ela ficou de olhos arregalados enquan
EVA NARRANDOEu nunca pensei que Denver pudesse ser tão burro quanto ele está demonstrando que é. Eu não só dei em cima dele na festa, como nos beijamos e foi um beijo maravilhoso. Eu disse com todas as letras que se ele admitisse que ficou com ciúme, receberia alguma coisa... E ele ficou com aquela cara de pato morto. E o pior, agora, no meu escritório, eu arranquei minha camisa olhando pra ele e ele não fez nada! Para um homem que sabe fazer tanto na cama, ele deixou a desejar em atitude.— Me dá licença, eu preciso passar. — Pedi. — Tenho um compromisso, já disse. Você está me atrasando.— Aonde você vai? — Perguntou.— Sair com alguém. — Dei os ombros. — Não estou entendendo sua pergunta. Por que está me questionando? Por acaso está com ciúme de novo? — Eu falei com um ar de deboche.Denver cruzou os braços e sorriu de forma maliciosa.— Você está tentando me deixar com ciúme dando bola para o Samuel? — Ele disse, e eu desfiz o sorriso, olhando para ele, confusa.— Como sabe que v
EVA NARRANDOCruzei meus braços e olhei para baixo. Estou decepcionada por estar presa com Denver, mas mais decepcionada ainda porque ele não tem coragem de falar nada. Isso estava corroendo minha alma, então, ele de repente decidiu falar.— Você estava com ciúme de mim no restaurante. — Ele afirmou e eu arregalei os olhos, indo em direção a ele com o dedo apontado.— Você estava com ciúme de mim! Você está com ciúme de mim desde o dia do evento da escola de confeitaria! — Eu falei, brava.Estávamos perto, agora.— E se eu estiver com ciúme, hm? Você tem algo contra isso? — Ele perguntou e eu neguei com a cabeça.— Eu tenho algo contra você não admitir o que sente! Denver, olha nos meus olhos e admite de uma vez... Você ficou com ciúme do meu professor na escola de confeitaria e está morrendo de ciúme do seu primo. — Eu falei, olhando nos olhos dele sem desviar um segundo sequer.— Tá. Eu admito se você admitir. — Ele disse.— Você primeiro. — Eu falei e ele concordou com a cabeça.—