SeanMaeve tinha me deixado sem saída, então era melhor que eu a levasse comigo e assim pudesse cuidar dela de perto. Deixá-la em um Forte não é uma opção, pois se um deles foi invadido pelos rebeldes e pela Escuridão, isso significa que qualquer um deles pode ser. Então, eu a levaria e ela ficaria comigo no acampamento em minha tenda.— Maeve, você tem ideia de como funciona uma guerra? - Perguntei a minha esposa me aproximando mais dela e passando a mão em seus cabelos.— Sean, meu pai viajou de reinos em reinos, travando guerras e conquistado territórios, eu sei o que é uma guerra e qual o objetivo dela.— Eu sei disso, meu amor, mas você já esteve no campo de batalha? Viu a guerra de perto? É disso que estou falando.— Não, nunca estive no campo de batalha.— Então você precisa saber algumas coisas.— Mas isso não vai mudar a minha decisão. Eu vou ajudar você, não quero ser uma inútil.Suspirei fundo, ela estava se revelando uma mulher forte e teimosa.Passei alguns minutos instru
MaeveConfesso que nunca havia visto tanta brutalidade junta. Era triste ver um soldado há poucos minutos, falar com ele e algum tempo depois vê-lo abatido. Infelizmente tive que presenciar acontecimentos assim durante o tempo que estive lutando com os arqueiros.Embora fôssemos colocados em pontos estratégicos, isso não significava que não éramos alvo do inimigo. Sempre que um grupo de soldados era localizado, nosso grupo era deslocado para atacar aquele grupo a distância com a finalidade de diminuir a potência de ataque deles. Nossas flechas lançadas para o alto em um ângulo sincronizado e perfeito, caía exatamente sobre a concentração de soldados, abatendo alguns deles. Mas o inimigo parecia ser capaz de se recuperar muito rápido de nossos ataques.Fui levada para uma tenda no meio da noite sob a ordem de Sean. Um soldado se aproximou e disse que arqueiros não tinham muita utilidade durante a noite e que Sean designou uma tenda para mim. Sem ter o que fazer, segui o soldado, e ao c
SeanEu tinha muito medo do que poderia acontecer à minha esposa com o método de extração da magia que Aida desenvolveu. Mesmo a maga tendo afirmado que o procedimento é seguro, um temor primitivo toma conta de mim quando se refere ao bem-estar da minha mulher. Se houvesse qualquer outra opção, optaria por ela, mas como não tenho uma alternativa válida e minha mulher está disposta a tentar, permitirei as ações de Aida, mas somente sob minha supervisão.Chamei Aida e a mulher entrou na tenda novamente, visivelmente impaciente.— Então, o que o casalzinho decidiu?— Vamos realizar o procedimento, Aida. - Me surpreendo ao ouvir a voz de Maeve tomando a palavra.— Está de acordo, majestade? - Aida questiona, encarando-me.— Sim, mas somente sob minha supervisão.— Tudo bem, então vamos nos preparar para a realização do procedimento, pois a magia maligna faz mais a vítimas a cada segundo que passa.Aida larga sua crítica contida, mas prefiro não falar nada. Ela arruma um catre, deixando-o
MaeveEstava contente por poder ajudar meu marido e nosso reino, mas a dor que sentia era quase insuportável. Aida, por algum motivo cessou a extração da magia e senti meu corpo relaxar em seguida. O alívio daquela dor era tão grande que eu quase desmaiei quando a maga parou o procedimento.— Estamos quase no fim, você está resistindo muito bem. - Ela disse e eu confirmei com um gesto de cabeça.Acreditei que ela teria terminado, tinha tido esperanças disso.— Tudo bem - respondi firme, mas eu sei que se ela extrair mais uma vez uma quantidade como esta, meu corpo não suportará. Já posso sentir meu corpo mais fraco, mas estou determinada a dar continuidade ao meu objetivo.Vários soldados se aproximam levando as armas na qual Aida transferiu a minha magia. Podia ver a animação deles, provavelmente as armas levadas anteriormente deram um bom resultado na batalha e agora viam uma chance verdadeira de vencer.Logo os soldados retornaram com um bom punhado de armas, encarei aquela quanti
SeanNão imaginei que levaria três dias para deixar aquela parte do reino segura novamente. Pensei que passaríamos mais de uma noite, mas três? Isso estava totalmente fora dos meus planos. E eu podia sentir que havia algo de errado. Não sabia o que poderia ser, mas havia e eu temia que fosse com minha esposa.Peguei o pergaminho de teletransporte e Aldous e eu voltamos para o nosso acampamento. Vejo que nossos soldados estão em vantagem desta vez, a feição deles demonstra confiança, um sentimento que não havia antes. Apesar de ser uma boa notícia, isso me diz um pouco do que pode ter acontecido.Aio chegar em minha tenda, não encontro Aida ou minha esposa, somente a cama precária do mesmo jeito que havia estado quando deixei o local. Sem falar nada, saio de minha tenda em busca de informações. Aldous deve saber o que passa por minha mente, mas ele se mantém em silêncio e me segue.Paro um soldado e o questiono sobre o paradeiro de Aida e minha esposa.— A rainha estava fraca depois de
SeanNão saí do lado de minha esposa. Passei toda a noite em claro, achando que quando eu fechasse meus olhos, ela pararia de respirar. Como se estivesse em meu poder o controle de sua vida ou morte. É claro que não é assim, mas a insegurança de fechar os olhos, não me permitiu dormir durante toda a noite.Já era o quarto dia desde que Aida retirou sua magia em excesso e a deixou deste modo. A maga havia dito que a magia se restaura normalmente em no máximo dois dias, então, eu não faço ideia do que pode estar acontecendo com Maeve.A beijo suavemente antes de deixar o quarto pela manhã. Aproveito para levar o pobre animal, o Niko, para passear. Tenho certeza que nos dias anteriores ninguém deu atenção para o bichinho de estimação de minha esposa. Aproveito que não tenho fome, e saio para passear com o bichano, só quero buscar uma distração, algo que ocupe a minha mente quando não consigo pensar em outra coisa que não seja Maeve a beira da morte naquela cama.Procuro por um guarda e p
SeanAo ouvir aquelas palavras, um fúria sem igual ferveu dentro de mim. Precisei me controlar, quase arrancando a beirada da mesa de tanto que eu a apertava, para não socar a cara do Duque e de seus companheiros.Soco a mesa fazendo-a tremer e os nobres ao seu redor estremecem junto ao objeto, calando-se imediatamente.— Não me casarei com outra mulher, Maeve é minha esposa! - falo alto e firme.— Nós somos a maioria, e votamos que você deve se casar novamente - fala o Duque depois de respirar fundo e tomar coragem de pronunciar tais palavras. Ele tinha a lei do lado dele, pelo menos ele achava isso, porém, eu tinha virado o jogo quando nomeei meu amigo como Cavaleiro e General.— Sean tem o direito de escolher com quem se casa ou permanece casado. Ele aceitou um casamento arranjado como oferta de paz para garantir que seu reino estivesse seguro, embora o rei inimigo quatro anos depois tenha descumprido sua promessa. Mas tendo pensado em seu reino em um primeiro momento, o rei tem o
SeanAldous não pôde ficar para a coroação de Maeve, soldados vieram avisar que um novo grupo de soldados da Escuridão e do exército inimigo estava se formando. Alarmado, meu amigo foi obrigado a partir sem assistir a coroação de minha esposa, mas obviamente se eu não poderia estar lá, deveria ter alguém que pudesse me representar e esse alguém é Aldous.Minha esposa foi preparada para a coroação por empregadas escolhidas com cuidado, nenhuma das mulheres que a olhavam de forma estranha, fizeram fofoca ou riam de minha esposa estava entre elas. Deixei-a sob os cuidados de Lena, a namorada de meu amigo, e outras duas empregadas.Enquanto eu fui para o antigo aposento de meu pai me aprontar para a coroação. O quarto escuro, meio empoeirado, com cortinas escuras e pesadas me lembrava muito o homem fechado que ele era. Minha mãe morreu quando eu era muito jovem e, embora tivesse tido dezenas de pedidos dos nobres para que ele se casasse novamente, meu pai nunca mais se casou. Éramos somen