DEREK SCOTT Eu fiquei procurando a Esther, feito um louco, eu procurei em todos os lugares e nada dela. Quando a Jessica me falou que ela sempre ia ao cemitério para desabafar com o vovô, eu logo pensei nas vezes que briguei com ela, eu me arrependo tanto. Depois de voltar do cemitério e não ter encontrado ninguém lá, aliás, eu perguntei e o vigia de lá disse que realmente a viu, mas não sabe quando ou como ela saiu, porque ele teve que ir cuidar das outras áreas do lugar. Eu já estava perdendo a esperança quando a Jessica recebeu uma ligação. A Jessica continuou aqui, ela não saiu um minuto, ficou o tempo todo fazendo ligações, anotou cada lugar que ela sabia que a Esther gosta de ir, e eu fui procurar em cada um deles.Quando eu a ouvi falar o nome da Esther, senti como se um peso saísse do meu coração. Depois de saber onde ela estava e que ela não pretendia voltar, eu não pensei duas vezes, decidi ir atrás dela, já que ela não quer atender às minhas ligações. — Scott, você não
RONY ( Bônus)Eu neguei até a morte que não estou com ciúmes da Jessica com o Lucas, mas a verdade é que estou com ciúmes sim e muito! Quando o Scott disse que os dois estavam namorando, eu quase explodi de raiva. Eu sei que não tenho o direito de sentir isso, mas eu sinto e sinto demais. Desde o dia que eu a levei para casa, depois da briga dela com Bya, na festa, eu tenho pensado muito nela, aliás, eu já pensava muito nela antes, agora estou pensando mais que o normal. Eu estou fazendo o possível para manter distância da Bya, eu não quero nada com ela e isso já está mais que claro, mas ela fica no meu pé o tempo todo e isso já está me irritando. — Oi, Rony, tem um show de músicas dos anos oitenta naquela boate que a gente gosta, eu tenho dois ingressos, você quer ir comigo? — A Bya perguntou assim que entrei no departamento de marketing. — Não. Eu tenho outros compromissos, não posso. — recusei sem rodeios. — Mas eu nem disse que dia seria! É sábado, você não tem reunião de tra
JESSICA (Bônus)Eu estou morando na casa da Esther há um mês, confesso que estou ficando mal acostumada com esse conforto todo. A Esther está muito mal, passando por momentos bem difíceis. Ela não aceitou o Scott, mesmo ele fazendo quase o impossível para provar seu amor por ela, ele teve que passar um tempo na casa dos pais. Nós sabíamos que seria complicado para ela aceitar e, principalmente, superar tudo que aconteceu, mas estar aqui e vê-la destruída emocionalmente é muito difícil para mim. Hoje ela teve uma audiência de conciliação com as famílias das vítimas onde foi acordado que ela pagaria uma indenização às famílias, não poderá mais dirigir e a pena ela vai cumprir fazendo serviço comunitário, por 5 anos. Mas, essa pena branda só foi possível porque o Scott conseguiu um acordo com o governador e, através dele e do secretário de justiça do Estado, eles substituíram a pena dela por trabalho comunitário. O Scott moveu céus e terra para isso acontecer. — Tess, você sabe que po
— Rony, você... Você ouviu erra...— Hahaha, você vai dizer que eu ouvi mal, que tudo isso que você acabou de confessar não está certo? — Ele focou sua atenção nela, agiu como se eu nem estivesse aqui, isso me deixou um pouco frustrada.— Rony, eu não quis dizer isso, eu não faria isso! — Ela gritou e apontou o dedo para mim — Essa mulher, ela que me fez falar essas coisas. Me deu uma vontade enorme de acertar a cara daquela cínica, como ela tem coragem de me culpar mesmo sendo ela própria que começou a soltar a língua? Que ridícula!— Se você não faria por que disse com tanto orgulho que fez? Bya, eu já falei e, creio eu que, você também me conhece o suficiente para saber que não gosto de ser enganado. — Rony, por favor, acredite em mim — ela segurou o braço dele, que continuava cruzado — Eu não sei porque eu fiz isso. Por favor, acredite em mim. Eles estão tão envolvidos na discussão de "fez ou não fez" que nem me notam, eu virei-me para continuar o meu caminho até o escritório,
DEREK SCOTT Desde que saí de casa eu não conversei mais com a Esther. É muito difícil para mim ficar longe dela, mas eu sei que devo esse tempo à ela. Eu vejo ela quase todos os dias, de longe, eu também fico sabendo de tudo sobre ela, a Jessica me deixa sempre à par de tudo. Ouvir que ela chora todos os dias, que ela mal come direito, dói, dói muito saber o quanto ela está sofrendo e eu sofro junto. O pior disso tudo é reconhecer que eu tenho uma parcela de culpa nisso. Hoje foi a audiência de conciliação, depois de todos os malabarismos que fiz prometendo mundos e fundos ao governador, eu consegui fazê-lo convencer ao ministro da justiça a deixar pena dela a menor possível. Também tivemos que pagar as indenizações, mas isso foi o de menos, dinheiro não é um problema para nós. A Esther está fazendo acompanhamento com o psicólogo, porém não tem adiantado muito, ela se culpa pelas mortes no acidente e o fato da mãe dela ser uma das vítimas torna tudo pior. Eu não consigo medir o ta
ESTHER CHRISTAL Eu juro que estou tentando melhorar. Eu preciso melhorar, mas está muito difícil. Eu não lembro do acidente, tenho apenas flashes de algumas cenas, mas eu tenho pesadelos todas as noites com os rostos das pessoas que estavam nele. Eu lembro que saí do escritório do advogado, para onde o Oliver me arrastou, e depois parei em um bar, onde eu bebi. Eu bebi muito. Esse foi o meu erro, beber muito. Depois que eu já estava tonta, não necessariamente tonta, eu estava aparentemente bem, mas o álcool já estava fazendo efeito no meu organismo; eu segui até uma concessionária ao lado do bar, onde eu tive a brilhante ideia de alugar um carro para sair um pouco da cidade, na verdade eu queria fugir para não assinar cancelar o contrato. Depois de pagar o aluguel e assinar os papéis eu liguei para minha mãe para avisar que iria sair da cidade por um tempo, eu estava chorando, então ela se preocupou e disse que era para eu passar na empresa do Teddy e pegá-la para gente conversar.
DEREK SCOTT Eu consegui tirar a Esther de casa e nós tivemos um ótimo jantar; acho que finalmente estou conseguindo ultrapassar a barreira que ela criou em volta de si para me manter longe. Eu a vi sorrir, isso foi a melhor parte da nossa noite, ela estava feliz como há muito tempo não ficava. Depois do nosso jantar eu parei para conversar com um amigo de negócios e ela foi até a varanda me esperar. Sabe aquelas cenas que nos causam tristeza e decepção? Eu tive essa reação, tristeza, decepção, raiva, muita raiva. Estava chegando à varanda para chamar a Esther quando eu ouvi alto e claro, a voz da Sophia confessando que todas as vezes que ela e a Esther entraram em conflito foi provocado por ela, isso mesmo, foi a Sophia quem provocou. Eu já estava ciente disso, porém ouvir a Sophia confessando com tamanha satisfação e lembrar de tudo que eu falei, de como eu dei um tapa na Esther, fiz isso mesmo ela estando grávida, eu a agredi para defender a Sophia e no final, era tudo mentira. A
ESTHER CHRISTAL Há um mês o Scott está ficando aqui em casa. Eu não queria aceitar no começo, mesmo depois de tudo ter sido esclarecido em relação a Sophia, aliás, essa mulher não estava nada bem da cabeça há muito tempo, foi ela quem pagou para a mulher causar o acidente na escada rolante e eu, claro, denunciei, isso foi mais um agravante para aumentar sua pena, ela foi presa e corre um sério risco de ir para uma prisão com criminosos psiquiátricos. Voltando a mim e ao Scott, eu não queria aceitar que ele voltasse a morar aqui, mas depois de toda a insistência dele, da Jéssica, da Lunna e todos me pedindo pra dar mais uma chance a nós, eu aceitei. Mas, tem um motivo ainda mais especial para eu aceitar o retorno dele. Eu não poderia estar mais feliz, mesmo em meio a toda essa confusão eu ganhei meu maior presente, ou melhor um novo presente. Assim que descobri, fui contar às duas pessoas que vão amar saber dessa notícia.— Oi avô Henry, eu estou com muitas saudades, sabia? — falei,