A Armadilha Final

Isabela

O relógio marcava quase cinco da tarde quando ouvi os passos firmes de Carlos se aproximando do meu escritório. O peso da nossa batalha com João ainda pairava no ar, mas agora, com as informações em mãos, havia uma esperança silenciosa de que o fim desse pesadelo estivesse próximo. Porém, eu sabia que João não seria derrubado facilmente.

Carlos entrou sem bater, como de costume. Sua expressão era grave, mas havia uma determinação que não pude deixar de notar. Ele parecia mais focado do que nunca, e a tensão entre nós era palpável. O pen drive com as informações de João parecia pesar no bolso de sua jaqueta, como um troféu de guerra que ainda precisava ser reclamado.

— Isabela — ele começou, sua voz baixa, mas cheia de intenção —, conseguimos o que queríamos, mas precisamos ser cuidadosos. João é mais esperto do que parece, e tenho certeza de que ele já deve estar suspeitando de algo.

Assenti, percebendo que a adrenalina em meu corpo ainda estava alta. O jogo