Revelações e Armadilhas

Isabela

A manhã seguinte chegou com uma sensação estranha. O ar parecia mais denso, e havia um peso em meus ombros que eu não conseguia sacudir. Carlos ainda não tinha me dado notícias sobre sua conversa com Letícia, o que só aumentava a minha inquietação. O silêncio dele não era um bom sinal. Sabia que algo sério tinha acontecido, mas não podia me dar ao luxo de esperar.

Assim que entrei no meu escritório, percebi que meu assistente estava agitado. Marcos era um profissional discreto, sempre calmo, e vê-lo assim me alertou imediatamente.

— O que foi? — perguntei, sem rodeios.

Ele hesitou por um momento, segurando alguns papéis nas mãos, antes de me entregar um envelope.

— Isso chegou agora pela manhã. É para você. Não tem remetente.

Franzi o cenho ao pegar o envelope. A textura do papel era diferente, mais grossa do que o normal, e o nome “Isabela Andrade” estava escrito à mão. Algo não estava certo. Rasguei o envelope com cuidado e encontrei uma única folha d