Sophia McVille
Enquanto August estava indo em reuniões de negócios com seu pai, Sophie estava indo ao parque. Enquanto ele tinha aulas de administração, ela tinha aulas de etiqueta, enquanto ela gastava o dinheiro da família, ele ganhava. Mas ele não a odiava por isso, ao contrário, ele amava a irmã, eles eram gêmeos, e Sophie também amava o irmão.
-Voce parece um dragão comendo, se nossos negócios estivessem em suas mãos, Deus nos ajudem. -Disse August enquanto via a irmã tomar café da manhã.
-Sendo assim eu podia cuspir fogo nos nossos concorrentes.
-Bem pensado, irmã. Seus serviços serão úteis no futuro. Pai, tenho uma ideia. -Disse August quando seu pai entrou na sala.
- Voce estão discutindo a essa hora?
-August quer que eu cuspa fogo nos nossos adversários. -Disse Sophie tomando seu chá.
-O que acha? -Perguntou ele empolgado.
-Espero que esteja pronto para a reunião. -Disse seu pai dando um beijo no topo da cabeça da filha.
-Odeio o fato de você ficar com as partes fáceis. -Disse August pegando o paletó na cadeira. -Lembre-se, eu odeio você.
-Te odeio mais. -Esse era o jeito de dizer que amava o irmão, desde que tinham 5 anos. Sophie não tinha amigas nessa cidade, não porque se mudou recentemente, ao contrário, ela mora ali desde que nasceu, acontece que ela nasceu em uma bolha de vidro, ela super protegida, tinha aulas em casa, o mais longe que foi era o jardim de casa, seu pai era exatamente protetor, como ele era o homem mais rico da cidade, ele deixava Sophie fora dos holofotes, ela nunca entendeu muito bem essa super proteção, porém não achava ruim, tinha uma mansão só para si, um lindo jardim e Daphne, que era sua gata de estimação, ela era de sua mãe, inclusive sua mãe moreu no seu parto, seu pai nem esperava dois filhos de uma vez só.
Porém, viver no isolamento tinha suas desvantagens, ela nunca foi em um único baile, só sabia que existia pois via no jornal, ela nunca fora em um bar onde sempre tinha brigas nos finais de semana. Tudo que ela sabia era baseado no NY times. Ela ficava o dia todo em casa, na única companhia de sua gata, que dormia boa parte da tarde, então não era considerada uma boa companhia.
Assim que chegou a noite, ela trouxe seu pai e seu irmão, como sempre costumavam chegar essa hora, porém os dois chegaram e foram direto para o escritório, coisa que nunca faziam. Na hora do jantar eles não apareceram, ainda estavam no escritório, quando ela estava quase terminando sua sopa que seu pai chegou na sala, ele estava sério, e seu irmão também.
-Aconteceu alguma coisa? -Perguntou ela.
-Temos que sair em viajem. -Disse August.
-Certo...
-Essa viajem é diferente, e pelo mediterrâneo, e bem longe, não muito seguro.
-Então porque vocês vão?
-Temos propriedades por lá, estão sendo invadidas e precisamos tomar posse. -Disse seu irmão.
-Mas ja temos muitas propriedades.
-Quanto mais, melhor. Não vamos demorar, uma semana no maximo para chegarmos, e assim que chegarmos mandaremos notícias. Eu quero que você fique em casa, não tem nada de bom la fora, não importa o quanto demore, não saia daqui, ouviu Sophie? -Disse seu pai se sentando ao seu lado e olhando em seu olhos.
-Tudo bem, pai. Eu ficarei bem.
-Partiremos amanhã de manhã, não iremos demorar, prometo. -Disse seu pai lhe dando um beijo na testa e subindo para o quarto. Seu irmão esperou ele subir e se sentou ao seu lado.
-Sophie...essa viajem...não é igual as outras, vai ser longa e pode...não dar certo. Mas eu te prometo...eu vou voltar, nem que seja nadando.
-August, você não sabe nadar. -Seu irmão riu e beijou sua testa.
-Eu te odeio, irmã.
-Não mais do que eu.
-Não duvide da minha capacidade de odiar você.
August subiu para o quarto. Ele se despediu agora porque sabia que Sophie só acordava depois das dez da manhã. Ela realmente achava que aquela seria mais uma viagem ao mar, em que eles iriam trazer conhaque e barcos dentro de garrafas. Porém dessa vez não houve garrafas, nem conhaque, e muito menos seu irmão e seu pai, passou uma, duas, três semanas e nada deles, nem menos uma carta por sinal de fumaça. Depois de 4 semanas o advogado da família bateu em sua porta.
-Acharam o barco em que seu pai embarcou. -Ele disse, mas não estava com uma cara boa.
-Isso é bom, certo?
-Bom, só achamos o barco, ele não foi longe.
-E meu pai e meu irmão?
-Eles não estavam lá...so achamos isso. -Ele a entregou uma garrafa com um barco dentro, estava dentro da mala que seu irmão sempre levava.
-Eu sabia que ele comprava essas garrafas no mesmo lugar. Vamos ter que esperar eles aparecerem...
-Sophie, eu entendo que a ficha ainda não tenha caído mas...
-Eles vão voltar...devem ter se perdido.
-Bom, talvez possam ter se perdido, mas sem o barco, acho difícil eles se encontrarem.
-Vamos esperar eles voltarem.
-E se não voltarem...?
-O que esta insinuando?
-Ja vai fazer mais de um mês que eles foram fazer uma viagem que dura 5 dias ida e volta. Alguém precisa cuidar dos negócios, e você é a unica herdeira viva no momento.
-Sou a única que esta aqui, pelo menos. Eu posso cuidar dos negócios ate eles voltarem.
-Certo mas...caso não voltem...seria bom se a senhorita se casasse, ai sim seu marido iria saber administrar os negócios.
-Não irei me casar para alguém cuidar dos negócios, meu irmão nasceu para isso.
-Se eles não voltarem em 3 dias, você será a nova herdeira.
-Eles irão.
The New York Times - Quarta-feira
Foi anunciando que após o desaparecimento do Duque de Mcville e seu filho a nova herdeira sera sua filha mais nova, Sophie Mcville, irmã gêmea de August, de quem muitos desconheciam ate hoje, deve ser muito difícil para a nova herdeira assumir o posto com o súbito desaparecimento da família, porem tenho certeza que a alta sociedade ira recebe-la de braços abertos.
Robert McDalle
Robert estava no bar, eram 8 da manhã, mas ele não tinha chegado agora, ao contrário, estava indo embora. Ele olhou a primeira página do jornal, alguma garota ficando milionária enquanto ele ficava ainda mais pobre, sua dívidas estavam mais altas que o próprio céu. Ele todos os dias se perguntava como se permitiu chegar nesse ponto, perdeu tudo que conquistou em apenas uma noite de jogos, porém a unica coisa que não perdeu foi o jeito com as mulheres, por sorte, ele foi o filho de duas pessoas abençoadas por Afrodite, sua mãe era alta, olhos castanhos escuros e cabelo ainda mais escuro, seu pai era ainda mais alto, cabelos loiros e olhos verdes, assim veio Robert, 1,98 de altura, cabelos castanhos claros e olhos quem diria verde, alguns chutam azul, na verdade é uma mistura dos dois, e o charme de seu pai, e a lábia de sua mãe.
-Com licença? -Robert parou uma jovem dama fora do bar, ela o olhou assustada primeiramente mas depois após ver seu estado se acalmou. -Será que poderia perguntar seu nome?
-Catherine...
-Catharine...posso chama-lá de Cathy? Combina mais com você, é jovem e bonito, permita-me apresentar. Meu nome é Robert, Robert Mcdalle, creio que ja tenha ouvido falar.
-Muito bem aliás... -Os McDalle eram os rostos mais bonitos de Nova Iorque, tanto que atualmente existe um concurso de beleza que se chama Miss McDalle.
-Pois bem, a água daquele estabelecimento estava um pouco...
-Alcoólica? -Cathy disse sorrindo enquanto mexia no cabelo.
-Eu não poderia defini-la melhor. Por isso eu precisava de uma carona para o centro.
-Mas não é longe a mansão dos McDalle. -Acontece que todos os McDalle ou moravam na mansão da família, ou visitavam com frequência.
-Não estou em condições de andar em linha reta, senhorita.
-Não devia deixar estranhos entrarem em minha carruagem.
-Mas não somos estranhos, Cathy, somos?
-Acho que tem razão, venha eu te levo até lá.
E essa era a vida de Robert, ele conseguia tudo com uma boa conversa e seu charme, porém a única coisa que seu charme nao pagava, eram suas dívidas.
Assim que chegou na mansão seu primo estava na entrada, ele lia o jornal.
-Você, meu caro, é um homem morto.
-Por dentro, eu sei. -Disse tentando passar por ele, porem o mesmo entrou em sua frente.
-E você também será por fora. Hobby veio te procurar. -Dessa hora Robert engoliu em seco, Hobby era apenas o dono do casino em que ele devia milhões.
-Oh, é mesmo?
-Eu te dou uma semana, no máximo 5 dias. Ficou sabendo da nova solteira cobiçada?
-A tal herdeira desconhecida?
-Parece que alguém anda lendo o jornal. Essa mesma, ninguém sabe quem é, de onde veio, talvez ela seja uma princesa presa na torre do castelo pelo resto da vida.
-Ou talvez você tenha visto muitos filmes...
-Eu conheço o irmão dela, August McVille, extremamente inteligente, manipulador, se a irmã for igual ele, então ela não ira casar tão cedo.
-Ela não precisa de um marido, com todo esses dinheiro ela é completamente independente. Uma mulher com seu próprio dinheiro, é outra mulher.
-Bem sei que esse é o seu tipo favorito.
-Não me julgue desse jeito primo.
-A verdade doi, não é mesmo?
-So se a gente aceitar ela.
Robert ficou com o jornal do primo, ele olhou novamente a foto da herdeira, Sophia McVille, muito bonita, aparentemente jovem, uma expressão inocente, provavelmente seja. Por um momento ele pensou: Como se casar com uma herdeira?
Sophie McVilleE lá estava Sophie, se arrumando para sair de casa, inacreditável. Ela estava nervosa, a única vez que saiu foi para o aniversário de sua tia, que era a um quarteirão de casa, e hoje ela estava se arrumando para um baile que a iria coroar Duquesa de McVille, pois supostamente seu pai e seu irmão estavam desaparecidos, com grandes suspeitas de estarem mortos, o que ela não acreditava ser possível, seu irmão velejava duas vezes por mês e seu pai desde que nasceu, não era possível que tenham se perdido no mar, quer dizer, perdidos pode ser, mas mortos? Não tinha possibilidade. Ela só precisava cuidar dos negócios enquanto eles não voltavam, nessa hora ela se arrependeu de não ter participado mais das aulas de administração, ouvia sempre dizer de seu irmão que o mercado era instável
Robert McDalle Logo após de apenas marcar presença no baile, Robert foi para onde sempre ia no fim dos bailes: o bar. Lá foi onde tudo foi ganho e tudo foi perdido, todos o conheciam como McDalle, a fama da própria família, mas ele não queria ser um McDalle, ele queria ser Robert, e foi assim que ele conquistou tudo em sua vida, nos casinos, bares são onde os grandes jogadores fracassados vão quando perdem uma partida, e foi ali onde ele aprendeu tudo que sabe sobre jogos, roubando uns truques de um, uns blefes de outros, descobriu que o jogo era mais que sorte, era probabilidade e lábia, e tendo uns dos dois você ja era ótimo, então tendo os dois você virava o melhor, e foi o que Robert foi, por bons anos, conquistou sua mansão, fortuna, fama...mas como todo jogado
Sophie McVilleQuando ela entrou em casa, furiosa para ressaltar, ela começou a andar de um lado para o outro, Sophie nunca conseguia machucar alguém, mas depois de Robert armando aquele teatro na frente de sua casa ela começou a achar o contrário. -Pode me explicar, o que foi aquilo? -Perguntou ela quando ele entrou, ainda estava com sua gata no colo.-Um pedido de casamento, foi tão difícil assim de identificar?-O difícil foi perceber o porque de ter feito. Não foi isso que combinamos.-Na verdade não combinamos nada, porem eu tenho uma proposta
Robert McDalleAssim que Sophie saiu e Robert fechou a porta, antes mesmo de se virar ele já sabia que todos o olhavam, ele só estava pensando no que dizer, apesar de ser muito obvio.-Eu sempre achei que eu iria me casar primeiro que você primo. -Disse um de seus milhares de primos, ele era o queridinho das mamães, todas o adoravam, e ele também adorava a atenção. -Sophie McVille, você realmente mira alto.-Eu vou para o meu quarto. -Disse Robert e começou a subir as escadas, um de seus primos mais novos o puxou de volta e o colocou sentando no sofá.-Nada disso, primeiro você vai nos contar algumas coisas. -Todos estavam de braços cruzados na frente dele.
Sophie McVilleQuando Sophie acordou nessa manha, ela saiu de quarto de camisola e com os cabelos bagunçados, como de costume e na mesma hora ela congelou no lugar. Ela estava de camisola e o cabelo bagunçado! Robert provavelmente já deveria ter acordado, ele a veria assim. Ela imediatamente voltou para o quarto e abriu seu guarda-roupas, depois parou novamente e pensou. Porque eu estou me arrumando? Não estou tentando impressionar Robert, estou? Claro que não. Ela só não queria assusta-lo, era isso. Ela sabia que isso podia ser a pior escolha de sua vida, mas por mais estranho que seja, ela sentia que podia confiar em Robert, sim isso era muito ingenuo. Mas quando passou pelo, agora escritório do Robert, ele estava dormindo sobre os papeis, na verdade ele parecia uma criança dormindo em cima de seu dever escolar, ela abriu a porta e sorriu, ela estava feliz que ele es
Robert McDalle Do andar de cima, ele pode ouvir Sophie chorando, e o pior é que ele não sabia o que podia fazer, infelizmente um coração partido ninguém poderia ajudá-la a curar. Única coisa que pode fazer e ir na biblioteca buscar algo para o ferimento de Sophie...ou talvez nem isso, pois já tinha procurado em varios lugares podem nada. -Não consegui encontrar? -Perguntou Sophie atrás de si, ele nem tinha ouvido ela parar de chorar, ela estava segurando a mão, já escorria o sangue por ela.-Não sei nem por onde comecar.-Meu pai sempre guardava aqui, não us&a
Sophie McVille -Eles estão vivos!! -Disse Sophie depois de ler o bilhete. Robert só a olhou confuso, então ela lhe entregou o bilhete e ele o leu em voz alta. "Não se preocupe se demorar voltar para casa, a viagem e longa mas a volta é certa" -Isso é um bilhete, é um sinal de que eles estão vivos! -Disse Sophie, animada.-Bom, não estou tentando te desanimar mas...qualquer um pode ter escrito, estava dentro de um barco. -Não, não! Essa é a letra do Anthony. -Tem certeza? <
Robert McDalleRobert acordou naquela manhã de bom humor, apesar de ainda ser 8h:30min da manhã, ele não costumava acordar cedo, mas também não estava acostumado a dormir tão bem, não foi uma perfeita noite de sono, mas ele até conseguiu fechar os olhos e sonhar um pouco. Ele sonhou com Sophie...ela estava só de roupão e ela pedia para ele a beijar de novo...pelo bem da sua pouca sanidade que ainda restava ele acordou antes que acontecesse algo felizmente. Ele ia ficar louco...não podia ter Sophie, ontem foi um erro que não se repetirá, já não basta engana-lá, ele também não podia se envolver emocionalmente com ela, uma traição ela irá superar um dia, e até lhe trará boas lições futu