Como se casar com uma herdeira
Como se casar com uma herdeira
Por: Nathaly Regina
Capítulo I

Sophia McVille

Sophia descobriu de que quando se tem 20 anos as pessoas esperam que você não aja mais como uma criança, era difícil pois ela ainda sentia que tinha 18 anos. Diferente das outras garotas, ela não frequentava bailes, não procurava pretendentes, não tinha calos nos pés por dançar a noite, seu irmão August a salvou disso, somente pelo fato de ter nascido 2 minutos antes dela, o torna, além de mais velho, o herdeiro do título de Duque.

Enquanto August estava indo em reuniões de negócios com seu pai, Sophie estava indo ao parque. Enquanto ele tinha aulas de administração, ela tinha aulas de etiqueta, enquanto ela gastava o dinheiro da família, ele ganhava. Mas ele não a odiava por isso, ao contrário, ele amava a irmã, eles eram gêmeos, e Sophie também amava o irmão.

-Voce parece um dragão comendo, se nossos negócios estivessem em suas mãos, Deus nos ajudem. -Disse August enquanto via a irmã tomar café da manhã.

-Sendo assim eu podia cuspir fogo nos nossos concorrentes.

-Bem pensado, irmã. Seus serviços serão úteis no futuro. Pai, tenho uma ideia. -Disse August quando seu pai entrou na sala.

- Voce estão discutindo a essa hora?

-August quer que eu cuspa fogo nos nossos adversários. -Disse Sophie tomando seu chá.

-O que acha? -Perguntou ele empolgado.

-Espero que esteja pronto para a reunião. -Disse seu pai dando um beijo no topo da cabeça da filha.

-Odeio o fato de você ficar com as partes fáceis. -Disse August pegando o paletó na cadeira. -Lembre-se, eu odeio você.

-Te odeio mais. -Esse era o jeito de dizer que amava o irmão, desde que tinham 5 anos. Sophie não tinha amigas nessa cidade, não porque se mudou recentemente, ao contrário, ela mora ali desde que nasceu, acontece que ela nasceu em uma bolha de vidro, ela super protegida, tinha aulas em casa, o mais longe que foi era o jardim de casa, seu pai era exatamente protetor, como ele era o homem mais rico da cidade, ele deixava Sophie fora dos holofotes, ela nunca entendeu muito bem essa super proteção, porém não achava ruim, tinha uma mansão só para si, um lindo jardim e Daphne, que era sua gata de estimação, ela era de sua mãe, inclusive sua mãe moreu no seu parto, seu pai nem esperava dois filhos de uma vez só.

Porém, viver no isolamento tinha suas desvantagens, ela nunca foi em um único baile, só sabia que existia pois via no jornal, ela nunca fora em um bar onde sempre tinha brigas nos finais de semana. Tudo que ela sabia era baseado no NY times. Ela ficava o dia todo em casa, na única companhia de sua gata, que dormia boa parte da tarde, então não era considerada uma boa companhia.

Assim que chegou a noite, ela trouxe seu pai e seu irmão, como sempre costumavam chegar essa hora, porém os dois chegaram e foram direto para o escritório, coisa que nunca faziam. Na hora do jantar eles não apareceram, ainda estavam no escritório, quando ela estava quase terminando sua sopa que seu pai chegou na sala, ele estava sério, e seu irmão também.

-Aconteceu alguma coisa? -Perguntou ela.

-Temos que sair em viajem. -Disse August.

-Certo...

-Essa viajem é diferente, e pelo mediterrâneo, e bem longe, não muito seguro.

-Então porque vocês vão?

-Temos propriedades por lá, estão sendo invadidas e precisamos tomar posse. -Disse seu irmão.

-Mas ja temos muitas propriedades.

-Quanto mais, melhor. Não vamos demorar, uma semana no maximo para chegarmos, e assim que chegarmos mandaremos notícias. Eu quero que você fique em casa, não tem nada de bom la fora, não importa o quanto demore, não saia daqui, ouviu Sophie? -Disse seu pai se sentando ao seu lado e olhando em seu olhos.

-Tudo bem, pai. Eu ficarei bem.

-Partiremos amanhã de manhã, não iremos demorar, prometo. -Disse seu pai lhe dando um beijo na testa e subindo para o quarto. Seu irmão esperou ele subir e se sentou ao seu lado.

-Sophie...essa viajem...não é igual as outras, vai ser longa e pode...não dar certo. Mas eu te prometo...eu vou voltar, nem que seja nadando.

-August, você não sabe nadar. -Seu irmão riu e beijou sua testa.

-Eu te odeio, irmã.

-Não mais do que eu.

-Não duvide da minha capacidade de odiar você.

August subiu para o quarto. Ele se despediu agora porque sabia que Sophie só acordava depois das dez da manhã. Ela realmente achava que aquela seria mais uma viagem ao mar, em que eles iriam trazer conhaque e barcos dentro de garrafas. Porém dessa vez não houve garrafas, nem conhaque, e muito menos seu irmão e seu pai, passou uma, duas, três semanas e nada deles, nem menos uma carta por sinal de fumaça. Depois de 4 semanas o advogado da família bateu em sua porta.

-Acharam o barco em que seu pai embarcou. -Ele disse, mas não estava com uma cara boa.

-Isso é bom, certo?

-Bom, só achamos o barco, ele não foi longe.

-E meu pai e meu irmão?

-Eles não estavam lá...so achamos isso. -Ele a entregou uma garrafa com um barco dentro, estava dentro da mala que seu irmão sempre levava.

-Eu sabia que ele comprava essas garrafas no mesmo lugar. Vamos ter que esperar eles aparecerem...

-Sophie, eu entendo que a ficha ainda não tenha caído mas...

-Eles vão voltar...devem ter se perdido.

-Bom, talvez possam ter se perdido, mas sem o barco, acho difícil eles se encontrarem.

-Vamos esperar eles voltarem.

-E se não voltarem...?

-O que esta insinuando?

-Ja vai fazer mais de um mês que eles foram fazer uma viagem que dura 5 dias ida e volta. Alguém precisa cuidar dos negócios, e você é a unica herdeira viva no momento.

-Sou a única que esta aqui, pelo menos. Eu posso cuidar dos negócios ate eles voltarem.

-Certo mas...caso não voltem...seria bom se a senhorita se casasse, ai sim seu marido iria saber administrar os negócios.

-Não irei me casar para alguém cuidar dos negócios, meu irmão nasceu para isso.

-Se eles não voltarem em 3 dias, você será a nova herdeira.

-Eles irão.

The New York Times - Quarta-feira

Foi anunciando que após o desaparecimento do Duque de Mcville e seu filho a nova herdeira sera sua filha mais nova, Sophie Mcville, irmã gêmea de August, de quem muitos desconheciam ate hoje, deve ser muito difícil para a nova herdeira assumir o posto com o súbito desaparecimento da família, porem tenho certeza que a alta sociedade ira recebe-la de braços abertos.

Robert McDalle

Robert estava no bar, eram 8 da manhã, mas ele não tinha chegado agora, ao contrário, estava indo embora. Ele olhou a primeira página do jornal, alguma garota ficando milionária enquanto ele ficava ainda mais pobre, sua dívidas estavam mais altas que o próprio céu. Ele todos os dias se perguntava como se permitiu chegar nesse ponto, perdeu tudo que conquistou em apenas uma noite de jogos, porém a unica coisa que não perdeu foi o jeito com as mulheres, por sorte, ele foi o filho de duas pessoas abençoadas por Afrodite, sua mãe era alta, olhos castanhos escuros e cabelo ainda mais escuro, seu pai era ainda mais alto, cabelos loiros e olhos verdes, assim veio Robert, 1,98 de altura, cabelos castanhos claros e olhos quem diria verde, alguns chutam azul, na verdade é uma mistura dos dois, e o charme de seu pai, e a lábia de sua mãe.

-Com licença? -Robert parou uma jovem dama fora do bar, ela o olhou assustada primeiramente mas depois após ver seu estado se acalmou. -Será que poderia perguntar seu nome?

-Catherine...

-Catharine...posso chama-lá de Cathy? Combina mais com você, é jovem e bonito, permita-me apresentar. Meu nome é Robert, Robert Mcdalle, creio que ja tenha ouvido falar.

-Muito bem aliás... -Os McDalle eram os rostos mais bonitos de Nova Iorque, tanto que atualmente existe um concurso de beleza que se chama Miss McDalle.

-Pois bem, a água daquele estabelecimento estava um pouco...

-Alcoólica? -Cathy disse sorrindo enquanto mexia no cabelo.

-Eu não poderia defini-la melhor. Por isso eu precisava de uma carona para o centro.

-Mas não é longe a mansão dos McDalle. -Acontece que todos os McDalle ou moravam na mansão da família, ou visitavam com frequência.

-Não estou em condições de andar em linha reta, senhorita.

-Não devia deixar estranhos entrarem em minha carruagem.

-Mas não somos estranhos, Cathy, somos?

-Acho que tem razão, venha eu te levo até lá.

E essa era a vida de Robert, ele conseguia tudo com uma boa conversa e seu charme, porém a única coisa que seu charme nao pagava, eram suas dívidas.

Assim que chegou na mansão seu primo estava na entrada, ele lia o jornal.

-Você, meu caro, é um homem morto.

-Por dentro, eu sei. -Disse tentando passar por ele, porem o mesmo entrou em sua frente.

-E você também será por fora. Hobby veio te procurar. -Dessa hora Robert engoliu em seco, Hobby era apenas o dono do casino em que ele devia milhões.

-Oh, é mesmo?

-Eu te dou uma semana, no máximo 5 dias. Ficou sabendo da nova solteira cobiçada?

-A tal herdeira desconhecida?

-Parece que alguém anda lendo o jornal. Essa mesma, ninguém sabe quem é, de onde veio, talvez ela seja uma princesa presa na torre do castelo pelo resto da vida.

-Ou talvez você tenha visto muitos filmes...

-Eu conheço o irmão dela, August McVille, extremamente inteligente, manipulador, se a irmã for igual ele, então ela não ira casar tão cedo.

-Ela não precisa de um marido, com todo esses dinheiro ela é completamente independente. Uma mulher com seu próprio dinheiro, é outra mulher.

-Bem sei que esse é o seu tipo favorito.

-Não me julgue desse jeito primo.

-A verdade doi, não é mesmo?

-So se a gente aceitar ela.

Robert ficou com o jornal do primo, ele olhou novamente a foto da herdeira, Sophia McVille, muito bonita, aparentemente jovem, uma expressão inocente, provavelmente seja. Por um momento ele pensou: Como se casar com uma herdeira? 

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