- Me mostre onde estão as bebidas desta casa. – Pedi.
- Vai beber com ele? – Nicolete me olhou.
- Claro que não! Tenho cara de quem faz isto?
Heitor me levou até um armário fechado. Quando abriu, deparei-me com dezenas de garrafas de bebidas variadas, embora a maioria fossem uísques.
- Minha coleção... Tudo... Importado. – Sorriu, orgulhoso.
Peguei tudo que coube nos meus braços e carreguei até a cozinha, enquanto ele e Nicolete me seguiam. Abri as tampas e comecei a despejar na pia os líquidos, garrafa por garrafa, jogando vazias na lixeira.
Quando abri a terceira, ele pegou meu braço, tentando me impedir:
- Tem noção de quanto custa isso, sua maluca?
Retirei a mão dele do meu braço e peguei seu queixo, olhando nos seus olhos:
- Pouco me importa quanto esta coisa custou. Você não precis
Ele pegou a garrafa da minha mão e girou-a, demorando a responder:- Tinto, suave. O primeiro rótulo personalizado criado pela North B.- Com o meu nome?Ele abaixou os olhos, não dizendo mais nada.Peguei novamente a garrafa das mãos dele e olhei:- Vai bebê-lo algum dia?- Não sei se devo. Você acabou me proibir de beber qualquer coisa alcóolica.- Talvez eu deva abrir uma exceção quando for na minha companhia. – Minha voz saiu fraca.- Não sei se sou capaz de abri-lo. - Confessou.Coloquei a garrafa de volta ao lugar, cuidadosamente.- Vai destruir minha adega? – Ele perguntou.Coloquei a mão no seu peito, descendo vagarosamente pela pele macia e perfumada em excesso, de tanto sabonete que nele. Quando meus dedos passaram do umbigo, perguntei:- Talvez eu deva desinfetá-lo com água sanit&aac
- Sim, eu sabia. Tudo... – ela olhou para Heitor – Agora venha tomar um banho antes de ir. – Insistiu.- Não posso... – Olhei no relógio e já era quase três horas.Eu sabia que Ben viajaria logo em seguida e não podia deixá-lo na mão.- Bárbara, não pode ir embora neste estado. – Nicolete reiterou.- Estou bem... – Sorri – Obrigada pela ajuda.Ela veio na minha direção e parou, pegando as mãos entre as dela:- Alguém enfim tentando botar juízo na cabeça deste menino.- Então, Nic... Ele não é mais um menino. Ele é um homem. E precisa agir como tal. De nada adianta se esconder atrás da bebida. – Olhei diretamente para ele.- Todo escudo tem algo por trás – ela me encarou – Está na hora de você também tirar
O dedo alcançou meu ponto de prazer, fazendo-me gemer, contida por sua boca.Os lábios de Heitor desceram para o meu pescoço, que lambeu antes de dar um chupão, os dedos não descuidando de manter-me excitada.- Por que não me deixa tocá-lo... Porra. – Reclamei novamente.Ele riu sedutoramente, mordendo meu lábio, de forma terna e gentil:- Se eu soltar você, sei que vai fugir.- Não... Não vou... – Garanti, num fio de voz.Ele se afastou um pouco e dobrou levemente minhas pernas, para depois abri-las em sua direção.- Ah... Isso me mata... Literalmente. – Senti minha pele se arrepiar antes de ele fazer o que eu previa.O dedo indicador tocou meu ponto de prazer novamente, sendo apertado levemente enquanto fazia movimentos circulares, me fazendo ir ao céu (ou inferno) em segundos.Gritei, revirando-me na cama em êxtase, fechando as pernas e prendendo sua mão entre elas.- Ah, amo ouvir seus gritos e gemidos quando a toco, Bárbara. Senti tanta saudade da sua pele, do seu cheiro... Da su
Levantei e fui até o armário, procurando uma camiseta branca. Peguei uma camisa e comecei a colocar. Enquanto abotoava, disse:- Eu tenho uma coisa para lhe contar. – Não olhei na direção dele.- Conte. – Ele seguiu sentado na cama, tranquilamente.Fui abrindo as portas dos armários até encontrar uma calça em moletom mais curta, com ribana na parte de baixo e na cintura. Analisei a peça e perguntei:- Isso serve em você? Deve evidenciar muito suas partes íntimas... Em especial seu pênis. – Arqueei a sobrancelha.- Nem sei se já usei esta porra. – Ele enrugou a testa, pensativo.Coloquei, sem calcinha por baixo, enquanto disse, de forma espontânea:- Você tem uma filha.Primeiramente houve um breve silêncio, creio que não mais do que um minuto. Depois ele deu uma gargalhada estrondosa, gostosa, daquelas que parece que você contou uma piada completamente engraçada.Olhei na direção dele:- Estou falando sério.- Hum... É nossa filha? – Colocou o dedo na testa, ainda rindo.- Não.- Ah,
Assim que chegamos na garagem, vi o Maserati estacionado. O carro de Anon não estava ao lado.Paramos na frente do carro prata/claro, com design perfeito:- Não me diga que vamos no Maserati! – Senti meu coração querer pular para fora do peito.- Sim. – Ele sorriu.Não resisti e dei alguns pulos eufóricos:- Eu estou em êxtase. – Confessei, indo até a porta do carona.Antes que eu abrisse, ele disse:- Ei, desclassificada... Quer dirigir?- Eu? Não tenho habilitação. – Suspirei tristemente.- Quem disse que precisa?- A polícia? – Enruguei a testa.- O que você imagina que a policia acharia pior na direção: um bêbado ou uma pessoa sem habilitação?- Você não está mais tão bêbado.- E você deve saber dirig
Acionei a ré e pisei vagarosamente, sentindo o carro mover-se de forma lenta. Girei a direção e acionei a dianteira.- Preparado? – Perguntei, olhando seriamente para ele.- Não... Você vai me matar.- Estou perguntando se está preparado para ver o seu pai, desclassificado – comecei a rir – Sou segura quanto a minha habilidade em dirigir um Maserati automático pela primeira vez ao lado do CEO mais importante de Noriah Norte.- Só tenho 31 anos... – Ele continuou reclamando enquanto eu seguia devagar, descendo a rampa do estacionamento.- Sabe, Heitor, minha mãe era uma boa motorista. Ótima, na verdade. E ela morreu num acidente de trânsito. O homem que dirigia o caminhão dormiu na direção e trocou de pista, surpreendendo-a de frente. Ele alegou que dirigiu por mais de 24 horas sem descansar porque queria imensamente voltar para ca
Assim que entramos pela porta principal do Hospital, não precisamos sequer nos dirigirmos a recepção para sabermos sobre Allan. O segurança encaminhou o senhor Casanova, que parecia ser conhecido em todos os lugares que pisava os pés, diretamente para a recepcionista, que nos guiou até o elevador, que nos levaria até o segundo andar, onde o pai dele estava.Assim que entramos no elevador, junto da recepcionista, Heitor pegou minha mão. Entrelacei meus dedos aos dele e não pude evitar de ficar olhando aquilo.- Tudo certo? – Ele levantou meu queixo com a mão livre, fazendo-me encará-lo.Respirei fundo:- Sim... Só não quero acordar. E não quero que você esqueça... Nada.- Eu já disse que não vou. Estou bem. Pode fazer qualquer pergunta, desde a parte depois dos analgésicos – sorriu – Antes disso só lembro de uma louca ameaçando jogar pessoas do alto da cobertura do prédio.- Jura? Por que será que fiz isso, não é mesmo? Eu sou muito boazinha com você e sabe disso. Deveria ter virado as
- São jovens... Deixe-os aproveitarem, Celine. – Allan criticou.- Como se sente, Allan? Ficamos preocupados. – Toquei a mão dele carinhosamente, percebendo os olhos de Heitor acompanhando meus movimentos ao mesmo tempo que dava por encerrada a leve discussão entre Heitor e Celine.- Estou bem... Tudo drama. Já passei por momentos piores e nem por isso internei. Até domingo quero estar em casa. E vou estar. Detesto hospitais.- Então pelo visto não foi nada grave. – Heitor puxou minha mão de volta.Encarei os olhos claros de Allan Casanova e não pude deixar de pensar que ele poderia ter sido o meu pai. Minha mãe havia saído do conforto de seu lar por aquele homem. E talvez eu sentisse pelo filho dele exatamente o que ela sentiu quando largou tudo por amor.Destino, coincidência... Enfim, parecia que tudo estava interligado. E como eu queria saber o que de fato aconteceu, da boca de Allan. O que ele realmente sentiu pela minha mãe? O que tiveram, afinal?Enquanto pensava, não percebi o