“Por tanto tempo eu planejei isso tudo. E agora que aconteceu, me sinto um ser humano desprezível. Eu nunca fui uma louca por dinheiro. Mas tenho estado cansada de tudo, principalmente dos babacas com os quais me envolvo. Parece que tenho um ímã para atrair homens de má índole e canalhas. Nesta semana mesmo conheci um homem mais velho, que parecia ser legal. Até chegar no Motel e perceber que ele só queria se satisfazer. O desgraçado era casado e se não bastasse a noite horrível que me fez passar, me humilhou ao final, me tratando como um objeto. Sinto nojo e asco por homens como ele.Mas Heitor... O que dizer do meu chefe? Depois de tudo que fiz pra chegar até a sala dele, jamais imaginei seu desprezo por mim ou pela pessoa que ele imaginou que estivesse ali. Eu sei que todas as mulheres dariam qualquer coisa por uma boa foda com o CEO mais conhecido e disputado d
- Agora? Vai chegar lá e contar a verdade? Deus! – Ele passou as mãos no rosto, nervosamente.- Eu não sei o que eu vou dizer, mas eu preciso vê-lo. Eu necessito olhar nos olhos dele, senti-lo nos meus braços. E talvez seja hora de despejar a verdade nele, por mais que me doa e deixe-me cheia de dúvidas quanto ao que ele vai pensar ou como agirá. Não dá mais para esperar.- Eu entendo perfeitamente o que você está sentindo.- Culpa, raiva de mim mesma, raiva de Salma, raiva da porra da vida... Por que tudo tem que ser tão complicado?Coloquei uma calça jeans e uma camiseta branca. Não estava em condições de escolher algo bonito ou sexy. Eu só queria conseguir chegar ao apartamento dele.- Precisa arrumar os cabelos. E colocar um batom nos lábios. Você está pior que a Gata Borralheira. Se ele a vir assim, tal
- Bár... Bara... – Ele disse devagar, com a voz arrastada, enquanto a taça com o líquido borbulhante fazia um esforço tremendo para equilibrar-se na sua mão.Olhei para as duas mulheres praticamente nuas junto dele no ofurô e peguei as roupas delas:- Saiam daqui agora! – ordenei – Se não saírem da minha frente em dois minutos, vou jogá-las daqui de cima.As duas levantaram da água quente sem contestar, assustadas. Joguei as roupas sobre elas e abri a porta:- Se voltarem aqui, eu juro que se arrependerão do dia que nasceram.- Ela não mente! – ele gritou – Ela faz! Ciumenta... A descla... – não conseguiu terminar a pronúncia da palavra, de tão bêbado – Ela é muito ciumenta...Elas saíram imediatamente, fechando a porta. Fui novamente na direção delas, que já
- Me mostre onde estão as bebidas desta casa. – Pedi.- Vai beber com ele? – Nicolete me olhou.- Claro que não! Tenho cara de quem faz isto?Heitor me levou até um armário fechado. Quando abriu, deparei-me com dezenas de garrafas de bebidas variadas, embora a maioria fossem uísques.- Minha coleção... Tudo... Importado. – Sorriu, orgulhoso.Peguei tudo que coube nos meus braços e carreguei até a cozinha, enquanto ele e Nicolete me seguiam. Abri as tampas e comecei a despejar na pia os líquidos, garrafa por garrafa, jogando vazias na lixeira.Quando abri a terceira, ele pegou meu braço, tentando me impedir:- Tem noção de quanto custa isso, sua maluca?Retirei a mão dele do meu braço e peguei seu queixo, olhando nos seus olhos:- Pouco me importa quanto esta coisa custou. Você não precis
Ele pegou a garrafa da minha mão e girou-a, demorando a responder:- Tinto, suave. O primeiro rótulo personalizado criado pela North B.- Com o meu nome?Ele abaixou os olhos, não dizendo mais nada.Peguei novamente a garrafa das mãos dele e olhei:- Vai bebê-lo algum dia?- Não sei se devo. Você acabou me proibir de beber qualquer coisa alcóolica.- Talvez eu deva abrir uma exceção quando for na minha companhia. – Minha voz saiu fraca.- Não sei se sou capaz de abri-lo. - Confessou.Coloquei a garrafa de volta ao lugar, cuidadosamente.- Vai destruir minha adega? – Ele perguntou.Coloquei a mão no seu peito, descendo vagarosamente pela pele macia e perfumada em excesso, de tanto sabonete que nele. Quando meus dedos passaram do umbigo, perguntei:- Talvez eu deva desinfetá-lo com água sanit&aac
- Sim, eu sabia. Tudo... – ela olhou para Heitor – Agora venha tomar um banho antes de ir. – Insistiu.- Não posso... – Olhei no relógio e já era quase três horas.Eu sabia que Ben viajaria logo em seguida e não podia deixá-lo na mão.- Bárbara, não pode ir embora neste estado. – Nicolete reiterou.- Estou bem... – Sorri – Obrigada pela ajuda.Ela veio na minha direção e parou, pegando as mãos entre as dela:- Alguém enfim tentando botar juízo na cabeça deste menino.- Então, Nic... Ele não é mais um menino. Ele é um homem. E precisa agir como tal. De nada adianta se esconder atrás da bebida. – Olhei diretamente para ele.- Todo escudo tem algo por trás – ela me encarou – Está na hora de você também tirar
O dedo alcançou meu ponto de prazer, fazendo-me gemer, contida por sua boca.Os lábios de Heitor desceram para o meu pescoço, que lambeu antes de dar um chupão, os dedos não descuidando de manter-me excitada.- Por que não me deixa tocá-lo... Porra. – Reclamei novamente.Ele riu sedutoramente, mordendo meu lábio, de forma terna e gentil:- Se eu soltar você, sei que vai fugir.- Não... Não vou... – Garanti, num fio de voz.Ele se afastou um pouco e dobrou levemente minhas pernas, para depois abri-las em sua direção.- Ah... Isso me mata... Literalmente. – Senti minha pele se arrepiar antes de ele fazer o que eu previa.O dedo indicador tocou meu ponto de prazer novamente, sendo apertado levemente enquanto fazia movimentos circulares, me fazendo ir ao céu (ou inferno) em segundos.Gritei, revirando-me na cama em êxtase, fechando as pernas e prendendo sua mão entre elas.- Ah, amo ouvir seus gritos e gemidos quando a toco, Bárbara. Senti tanta saudade da sua pele, do seu cheiro... Da su
Levantei e fui até o armário, procurando uma camiseta branca. Peguei uma camisa e comecei a colocar. Enquanto abotoava, disse:- Eu tenho uma coisa para lhe contar. – Não olhei na direção dele.- Conte. – Ele seguiu sentado na cama, tranquilamente.Fui abrindo as portas dos armários até encontrar uma calça em moletom mais curta, com ribana na parte de baixo e na cintura. Analisei a peça e perguntei:- Isso serve em você? Deve evidenciar muito suas partes íntimas... Em especial seu pênis. – Arqueei a sobrancelha.- Nem sei se já usei esta porra. – Ele enrugou a testa, pensativo.Coloquei, sem calcinha por baixo, enquanto disse, de forma espontânea:- Você tem uma filha.Primeiramente houve um breve silêncio, creio que não mais do que um minuto. Depois ele deu uma gargalhada estrondosa, gostosa, daquelas que parece que você contou uma piada completamente engraçada.Olhei na direção dele:- Estou falando sério.- Hum... É nossa filha? – Colocou o dedo na testa, ainda rindo.- Não.- Ah,