Hoje foi um bom dia. Daqueles em que me arrumo e me sinto linda. Tiro várias fotos e me gabo pra mim mesma. É um sentimento maravilhoso o de se sentir bem consigo mesma. E eu, pra ser sincera, acho que o tenho, se não o bastante, o suficiente.
Têm sempre dias em que estamos desfalcados, mas faz parte dos altos e baixos da vida e o importante é saber lidar.
Pra quê eu fui que não estava mais tendo dor, não é mesmo? Dormi muito e pouco e muito mal a noite por conta de uma queimação terrível na parte de trás da cabeça, que me manteve acordada até 3h da madrugada.
Eu tinha uma viagem planejada pra hoje que acabou não acontecendo por falta de preparação e prioridade da minha família. Estou falando com toda essa toxidade por causa da TPM, certamente. Falo isso e tenho carta branca pra atirar amargura o quanto quiser. Fato é que hoje eu realmente estava uma megera. Não sei se foi por conta do estresse de ontem que jogou meu
Eu quis sair e me divertir mas minha única companhia pegou uma gripe, o que instigou um sentimento de "nossa, estou tão sozinha que meus planos pro fim de semana são arruinados por um ciclo social no total de 1 pessoa" mas ignorei e dei a volta por cima. Às vezes me incomoda que eu seja só mais uma no rolê enquanto eu me agarro aos poucos conhecidos que podem me acompanhar nas noitadas. Mas depois sou sincera comigo mesma e assumo que eles não são meu foco no fim das contas, então eu também não deveria ser o deles. Eu não vou explicar isso ou soaria muito vilã. Eu não preciso agradar ninguém então me poupo ser julgada pela moral conservadora que eventualmente se achará no direito de passar minha conduta na peneira do politicamente correto. É sábado à noite, meu bem.Nesses últimos dias eu tenho me sentido a última bolacha do pacote que, além do mais, se recusa a servir de alimento pra qualquer um. Com qualquer um quero dizer todo mundo. Tenho me comportado como uma dançarina p
Quando você se encontra, se enxerga e se valoriza passa a não aceitar menos do que merece. Porque é como diz As vantagens de ser invisível: "A gente aceita o amor que a gente merece". Não que o amor próprio tenha que ser necessariamente anterior aos demais amores, eu nunca exigi isso pra falar a verdade. Mas que o amor próprio quando falta vai se tornar sim um agravante. Ele não é facultativo, não pode, não devia ser.Aqui estou eu, na minha primeira viagem interestadual em um ônibus sozinha. Precisei ser distraída por alguns amigos através de conversa por mensagem, pra então me sentir confortável, e me adequar às próximas horas de música nos fones de ouvido e cochilo. E tudo correu bem.A ansiedade e a preocupação com a arrumação incompleta das malas para a viagem, não consegui cochilar. O enjoo também não facilitou as cosias. Não saberia dizer se é por conta, também, da an
A viagem foi bem tranquila. Me senti crescida ao ter que pagar uma fortuna na parada ao comprar 2 coxinhas pelo preço de 4 e o tamanho de 1 (cada uma correspondia à metade de uma convencional). Se fosse um tempo atrás ou uma viagem em família, eu não ousaria comer. Isso porque, desde pequena, meu irmão costuma passar mal durante as viagens, e eu acabo me precavendo por ele. Eu sou quem sempre fica com medo de ter enjoo, mesmo sendo a única que nunca passou mal em viagem.Já na cidade do meu destino, tive um dia corrido e delicioso. Se meu objetivo com a viagem era me ocupar e distrair, a missão foi cumprida.Estou me sentindo muito bem.Me divertindo e nem querendo pensar em ir embora. Novos ares são muito saudáveis pra conseguir desacelerar e deixar as preocupações de lado, principalmente as irracionais.O silêncio é importante para organizar os pensamentos e sentimentos, mas também é um agravante quando há um enfrentamento ligado à solidão e desprendimento
Eu não sei que sentido tem, mas estar ocupada e me distraindo, me trás bons sentimentos de graça. Minha autoestima está ótima e tenho experimentado um bem-estar delicioso. Talvez seja a sensação de seguir em frente, me faz me sentir forte e ver que a vida existe além daquele pequeno sofrimento que insiste em me afligir quando não há nada para fazer.Mesmo que agora eu esteja cheia de coisas para fazer e me entreter, tenho dormido muito. Querendo ou não, pra mim isso é aproveitar, mesmo o que quer que seja que me deixa tão sonolenta. Os dias têm sido prazerosos, no fim das contas. Consigo esquecer as preocupações e isso me faz me sentir mais leve.Sofrimentos fazem com que a vida seja vista por uma única ótica, é a parte cruel e nada saudável dos enfrentamentos. Às vezes é necessário se ausentar um pouco da preocupação para enxergar sua real dimensão. Estar muito envolvido compromete a razão e o raciocínio. Se esforçar para
E foi só deixar os b.o.s de lado que eu fui tomada por uma autoestima gratuita e deliciosa. Não que seja algo muito raro, mas é muito bem-vindo. Eu fico muito feliz de estar feliz. É um sentimento incrível esse que tem me dominado. Conseguir esquecer as tribulações por alguns momentos é algo que deve ser muito valorizado no século em que vivemos, no contexto em que estou inserida de luta contra a ansiedade. As coisas vão se colocando no lugar sem muito esforço.Cada vez mais, percebo que é dessa forma que quero lidar com as coisas daqui pra frente. Deixando que as coisas se resolvam naturalmente porque viver se esforçando e dando tudo de si é algo que te esgota. Eleva as preocupações, acelera o ritmo das coisas e precipita demais a vida, que é aqui e agora.Devíamos mesmo tentar transformar o agora no mais leve possível, lidando com as coisas conforme elas nos aparecem. Os problemas não são maiores que nós. Como meu pai me
Eu estou, no fundo e, hoje, transbordando, com muito medo. O tempo tem passado e acumulado cobranças se sou capaz de responder. Me entristeço mais que qualquer um com as decepções que causo por conta de não conseguir cumprir com as expectativas dos outros. E o menos dos comentários me faz me sentir assim: inútil.As pessoas dizem que eu não devo me importar com o que os outros pensam, mas eu não sei bem como fazer isso. Sei que, no fim das contas, são só o estopim, e que embaixo do tapete é onde está o real problema. Eu estou muito tensa com tantas novas experiências e a seriedade com que a vida tem se apresentado. 2019 foi um ano que eu não fui capaz de viver nem metade do que me foi proposto, como eu posso acreditar que serei capaz de encarar uma escola tão maior, uma educação tão mais exigente, tudo isso de uma vez sendo que eu nem estou certa de que terei ânimo para levantar da cama?Hoje mesmo eu não tive, e me senti uma derrotada por nunca fazer o suficiente, quem
O que acontece é que crescer não vem só com aquilo que a gente quer abraçar e viver. Vem também com responsabilidades e obrigações desgostosas e que vão exigir muito mais do que a gente se sente disposto a dar. E é o que me dói. A disposição que a ansiedade roubou de mim no momento em que eu mais precisava de coragem e ousadia.Despedida que é despedida tem que incluir uma decepçãozinha, não é mesmo? Mas a pior delas, é quando você se decepciona consigo mesmo. Reconhecer minhas faltas é algo muito difícil, elas parecem monstros enormes que vão me devorar uma hora ou outra. No momento em que eu menos esperar e estiver boiando em toda uma vibe de amor próprio e autoaceitação e perceber que isso envolve, também, perceber que não se é só qualidades. E agora, o que fazer com o que eu não gosto em mim?Com o passar dos anos, eu fui ficando um pouco mais imune às críticas alheias,
Afinal, chega um momento em que pular aquele pedaço de chão não é o suficiente. Você não pode deixar ele ficar maior que você.Sabe uma coisa que também incomoda demais? Nunca ser o suficiente. Ou melhor, nunca fazer o suficiente. Me esforçar trás um sentimento de missão cumprida incrível. Eu me sinto bem ao ajudar, de alguma forma. Mas no fim das contas, as pessoas não vão notar. É fato. Eu posso estar certa de toda a minha participação e de tudo o que dei de mim, e o outro vai achar pouco ou nada. Vai reparar na louça que eu não lavei. Justo na louça. Todo mundo sabe que eu não gosto de lavar louça!Foi bom passar esses dias com essa parte da família pra qual eu tinha me fechado um pouco com o passar das decepções. Mas parece que o ciclo continua o mesmo. Passar uns dias pode ser bom, mas passar muitos dias pode ser desgostoso. Tudo bem, eu posso relevar a parte negativa desses dias, não posso? Afinal, tudo o que estive sentindo estando longe de casa é o máximo. Mas o