As palavras sempre foram meu abrigo, e dessa vez não foi diferente. A escrita é minha forma de meditação.
Minha professora do ensino fundamental ainda, sempre me disse, diante das dificuldades e desentendimentos, que eu deveria usufruir da minha escrita para me expressar. Eu sempre soube encontrar as palavras melhor daquela forma, ainda que não tenha dificuldade em voz alta.
As palavras, além de uma forma de transmitir o que sinto, funcionam também como uma forma de organiza-lo. Tanto o que sinto quanto o que penso e acredito. Se existe algo que sempre me transmitiu orgulho de mim mesma é a minha escrita, minha poesia, meu potencial. E é isso que estou fazendo aqui, não é? Usufruindo esse "dom" para organizar a mim mesma, provocar meu crescimento e também ajudar quem quer que esteja passando pelo mesmo. Falar é terapêutico. Se expressar é necessário e é saudável.
Estar escrevendo aqui me incentiva a estar buscando um outro olhar pra minha realidade e extrair dela t
Faz com que a vida, que corre das mãos de um ansioso como a areia da praia quando tentamos conte-la em nossas mãos, pare por um momento para ser compreendida, absorvida, observada atenta e calmamente, permitindo ser vivida. Muitas vezes estar à mil não nos permite realmente estar lá. É preciso sempre buscar uma forma de desvencilhar da euforia e ter um encontro com o silêncio. Ele contém muitas respostas.Eu acredito que tenho feito tudo o que posso para superar as limitações que a tanto tempo tenho vivido. Mas, de alguma forma, parece que só tem se espalhado e atingido outros aspectos de mim que ainda não tinham sido alcançados, como a vida acadêmica. Me assusta ainda mais porque estou cada vez mais próxima de fazer o Enem, algum vestibular, eventos que certamente terão muita significância na minha inserção no mercado de trabalho e transição para a vida adulta. O crescimento exige responsabilidades para as quais eu me sinto cada vez menos preparada. Os acontecimentos tomam ca
O ano correu como se competisse sua primeira maratona e eu me sinto assustada, me vejo já com idade e sendo atropelada pelo tempo, que não sabe se segurar. Eu acho que tenho aproveitado como posso, mas sei que posso mudar meu conceito de aproveitar os momentos com o passar dos anos. Tenho medo de, quando esse dia chegar, eu lamentar. Hoje eu não me arrependo do que vivi porque foi experiência para me formar e fazer crescer, mas quando o tempo passa de trazer coisas para tirar coisas, os sentimentos se tornam outros. Mesmo que eu ainda não esteja vivendo esse dia, já o temo.2019 foi um ano difícil. Acho que todos os anos sentimos que o que acabamos de viver foi o mais árduo. É que o que estamos vivendo é sempre mais complexo do que o que passou, simplesmente por não ter passado. Talvez as coisas realmente aumentem em dificuldade conforme o tempo passa mas, assim, também aumentaria a resistência, resiliência e capacidade de super
Eu e eu mesma passamos por muitas lutas e superamos quase todas, nem que fosse arrastando pelo chão. Foi um ano que derrubou e ensinou a ver a beleza que existe de baixo.Último dia na cidade. Sabe o que isso significa?Eu prefiro deixar pra esse tipo de pergunta uma ausência de resposta, porque é a resposta que damos que dá o tamanho do medo, o pavor, a ansiedade com a qual teremos que lidar. E as respostas, bem, quem somos nós pra dar? No fim das contas, tentar medir o tamanho do desafio só nos faz subestima-lo (ou superestima-lo). Mas de que forma isso ajuda a enfrenta-lo? Sim, é uma mudança de cenário que possivelmente vai ser um baque - mudança de rotina, círculo social, grau de dificuldade no ensino, adaptação - mas ainda não estamos lá, e pode ser mais fácil do que minhas falhas previsões indicam.Foi um último dia adorável. Recebi mensagens escritas muito legais, e ainda mais legais foram as pessoalmente. Eu
As últimas semanas foram de bastante conflitos com meus amigos mais próximos, mas deixei isso de lado. Eu sei que alguns não têm sido os melhores amigos, não têm me tratado da forma como eu queria ou acredito merecer. Mas eu também sinto estar deixando eles em 2019, e isso merece uma despedida. Merece aproveitar os momentos que ainda tenho com eles, apesar de tudo. Merece deixar as desavenças de lado.Eu nunca fui de deixar as coisas boas sobressaírem as ruins, porque existe, muitas vezes, uma alienação perigosa em faze-lo.Como alguém que sofre de violência doméstica manter-se naquela situação pela comodidade, conforto e as lembranças de épocas melhores. É nessa e em praticamente todas as situações que colocar na balança é prudente para tomar decisões.Hoje, eu preferi me deixar tomar por bons sentimentos e uma despedida afetuosa. Me lembro dos momentos que essas amiz
Hoje foi um bom dia. Daqueles em que me arrumo e me sinto linda. Tiro várias fotos e me gabo pra mim mesma. É um sentimento maravilhoso o de se sentir bem consigo mesma. E eu, pra ser sincera, acho que o tenho, se não o bastante, o suficiente.Têm sempre dias em que estamos desfalcados, mas faz parte dos altos e baixos da vida e o importante é saber lidar.Pra quê eu fui que não estava mais tendo dor, não é mesmo? Dormi muito e pouco e muito mal a noite por conta de uma queimação terrível na parte de trás da cabeça, que me manteve acordada até 3h da madrugada.Eu tinha uma viagem planejada pra hoje que acabou não acontecendo por falta de preparação e prioridade da minha família. Estou falando com toda essa toxidade por causa da TPM, certamente. Falo isso e tenho carta branca pra atirar amargura o quanto quiser. Fato é que hoje eu realmente estava uma megera. Não sei se foi por conta do estresse de ontem que jogou meu
Eu quis sair e me divertir mas minha única companhia pegou uma gripe, o que instigou um sentimento de "nossa, estou tão sozinha que meus planos pro fim de semana são arruinados por um ciclo social no total de 1 pessoa" mas ignorei e dei a volta por cima. Às vezes me incomoda que eu seja só mais uma no rolê enquanto eu me agarro aos poucos conhecidos que podem me acompanhar nas noitadas. Mas depois sou sincera comigo mesma e assumo que eles não são meu foco no fim das contas, então eu também não deveria ser o deles. Eu não vou explicar isso ou soaria muito vilã. Eu não preciso agradar ninguém então me poupo ser julgada pela moral conservadora que eventualmente se achará no direito de passar minha conduta na peneira do politicamente correto. É sábado à noite, meu bem.Nesses últimos dias eu tenho me sentido a última bolacha do pacote que, além do mais, se recusa a servir de alimento pra qualquer um. Com qualquer um quero dizer todo mundo. Tenho me comportado como uma dançarina p
Quando você se encontra, se enxerga e se valoriza passa a não aceitar menos do que merece. Porque é como diz As vantagens de ser invisível: "A gente aceita o amor que a gente merece". Não que o amor próprio tenha que ser necessariamente anterior aos demais amores, eu nunca exigi isso pra falar a verdade. Mas que o amor próprio quando falta vai se tornar sim um agravante. Ele não é facultativo, não pode, não devia ser.Aqui estou eu, na minha primeira viagem interestadual em um ônibus sozinha. Precisei ser distraída por alguns amigos através de conversa por mensagem, pra então me sentir confortável, e me adequar às próximas horas de música nos fones de ouvido e cochilo. E tudo correu bem.A ansiedade e a preocupação com a arrumação incompleta das malas para a viagem, não consegui cochilar. O enjoo também não facilitou as cosias. Não saberia dizer se é por conta, também, da an
A viagem foi bem tranquila. Me senti crescida ao ter que pagar uma fortuna na parada ao comprar 2 coxinhas pelo preço de 4 e o tamanho de 1 (cada uma correspondia à metade de uma convencional). Se fosse um tempo atrás ou uma viagem em família, eu não ousaria comer. Isso porque, desde pequena, meu irmão costuma passar mal durante as viagens, e eu acabo me precavendo por ele. Eu sou quem sempre fica com medo de ter enjoo, mesmo sendo a única que nunca passou mal em viagem.Já na cidade do meu destino, tive um dia corrido e delicioso. Se meu objetivo com a viagem era me ocupar e distrair, a missão foi cumprida.Estou me sentindo muito bem.Me divertindo e nem querendo pensar em ir embora. Novos ares são muito saudáveis pra conseguir desacelerar e deixar as preocupações de lado, principalmente as irracionais.O silêncio é importante para organizar os pensamentos e sentimentos, mas também é um agravante quando há um enfrentamento ligado à solidão e desprendimento