Apesar da resistência, tenho ouvido mais que tudo que eu preciso encontrar algo que me motive a sair dessa, algo que me interesse é que esteja trabalhando o meu bem-estar enquanto eu faço. Mesmo sendo apaixonada pela escrita, tenho que admitir que manter o compromisso com o meu relato tem sido difícil e eu me preocupo com o dia em que eu não conseguir sustenta-lo.
Hoje mesmo estou escrevendo o dia de ontem, é isso já tem sido repetido a alguns dias. Minha memória é um problema nesse aspecto, visto que, com os bloqueios como forma de defesa do insconsciente, acabei por não ter controle algum sobre minhas as lembranças e muitas vezes me poupar inconscientemente de detalhes importantes e inofensivos, muitas vezes até necessários.
É o meu corpo, mas ainda me sinto fora do controle dele. Sinto como se estivesse passando por um curso intensivo de autoconhecimento e cuidado protagonizado por mim mesma. Como se o cavalo que guia a
Hoje fiquei estressada e senti muita dor na barriga. Se em todas as situações estressantes minha barriga doer como doeu hoje, meus amigos, eu não quero terminar essa frase. Foram 2 dorflex e ainda posso senti-la. A dor foi tanta que não consegui conter o choro durante a aula. Ser racional e filosófica em momentos de espírito estável é fácil, mas a verdade é que os momentos de dor tem sido mais frequentes e duradouros do que os de alívio, e é isso é desesperador e parece sugar a esperança. Essa é uma das razões pela qual é importante ter alguém do lado, nem que seja para pronunciar o clichê tudo passa, você vai melhorar, está tudo bem. Isso dificilmente vai ser levado como verdade naquele momento, mas é necessário que essa seja a tecla pressionada. Quando foi a última vez que você ouviu alguém?Não precisa ter necessariamente ter as melhores palavras, às vezes o silêncio e o toque é mais do que suficiente. Existem muitas pessoas
Desde antes de me sentir uma pessoa ansiosa eu me interessava por aprender o máximo de como lidar com pessoas que tem, mas existir um interesse da minha parte não significa que vai ter ou tenha que ter do outro. Mas a verdade é que faz falta que as pessoas importantes na vida de um ansioso se informem a respeito da sua condição.Ninguém com ansiedade gosta de tê-la, pode confiar em mim. Motivação e insistência podem parecer tênues mas não são muito diferentes, principalmente em seus efeitos.O encerramento do texto de hoje não vem com um ponto a ser colocado necessariamente para mim, mas para quem eventualmente venha ler o que tenho dito: se você ama alguém com ansiedade/depressão/qualquer que seja o transtorno, tome cuidado com suas palavras.Comparações com o antes e o atual de alguém que desenvolveu algum tipo de problema psiquiátrico é algo que dói ouvir. Eu sinto falta de conseguir me comportar como antes. No fi
Lidar com ansiedade é lidar com vulnerabilidade e sensibilidade. Lidar com pessoas é ferir e ser ferido, mas também eventualmente estimular a cura.A superação disso tudo vem de dentro pra fora, mas assim como tudo, os fatores externos também influenciam. O que faz um bom dia? O meu dia ficou melhor depois que um amigo me parabenizou por estar melhorando a forma como me posiciono sem me exaltar.O dia de hoje foi uma surpresa porque aconteceu sem alcançar sem a necessidade de tomar remédio pra dor e isso é uma conquista dentro dos últimos 7 dias.Foi um dia corrido, sem tempo ou disposição pra me preocupar com algo que não meu descanso e recuperação. Assim vou indo dormir deixando para as primeiras aulas o estudo pra prova de amanhã.Sinto estar começando a ficar com a garganta inflamada e me alivia estar, pela primeira vez em muito tempo, com uma doença trivial. Pode parecer loucura mas é muito difícil lidar com 1001 sintomas que, no fim das contas, acabam s
Colocar o fone de ouvido e me isolar no celular, ficar calada numa roda de amigos, dormir mais do que ficar acordada. São coisas pequenas que nunca foram minha realidade. É certo que com o tempo mudamos e encontramos uma pessoa diferente que é quem seremos, mas existem mudanças saudáveis e aquelas que nos isolam e adoecem.Apesar dos detalhes que devem ser superados, cada pequena vitória deve ser considerada, esta que é combustível para uma luta contra algo tão grande que pode ser a ansiedade. Um passo de cada vez. Hoje eu quero deixar que a paz vivida hoje tome o lugar das preocupações. Eu sempre gostei mais de chegar do que do caminho de lá, mas é necessário aprender a encontrar a beleza em cada pedacinho do cenário, e eis a beleza de hoje.DOR DE GARGANTA! Você sabe o que isso significa? Gripe. E eu, previsível que sou, faltei à prova de hoje por essa razão. Com isso, acordei tarde e perdi o horário, mas não tive um dia tão ruim.Fiquei com preguiça. Mas nem sem
É mais como se um monstrengo cruel sentasse encima de mim e colasse minhas pálpebras com fita pra me manter na cama e, de preferência, desacordada.E o que eu faço a respeito disso? Aproveito. Porque ele não age apenas no exterior, mas também suga minha energia e força de vontade. Ele ofusca meus talentos, interesses, ânimo, esperança. Ele toma minha vitalidade e substitui por uma satisfação em vegetar, me acomodar, me isolar. Eu não tenho vontade de lutar contra isso e sinto um enorme incômodo em ser incentivada a levantar e ir viver. Isso tudo é encrementado pelo sono excessivo que me incomoda desde antes do diagnóstico de ansiedade.O ansioso quer carregar o mundo nas costas mas esquece que o que está nas mãos dele é ainda mais limitado que ele - nem a hora de dormir você escolhe, já que se o sono não vem você fica de mãos atadas.Ter ansiedade, no final das contas, é ter um ensinamento em forma de transtorno e eu espero que você não precise de um."Parabé
Eu martelo na minha cabeça que alguém forte é alguém que mantém a compostura em tudo, mas não. Mesmo que eu só consiga atravessar esse momento me arrastando ou engatinhando, ainda o faço. E posso te assegurar que dói mais com os joelhos em contato com o chão, então por que não me orgulhar disso?Nessa noite eu tive outra discussão familiar que tinha tudo pra ser insignificante mas que foi levada por mim a outro nível, o que resultou em uma adolescente (eu) chateada deitada no quarto de porta fechada em meio à ansiedade do sentimento de incompreensão e desaprovação. Esse último é o que na maioria das vezes me tira do prumo, já que decepcionar minha família é uma coisa que me derruba. É isso que tento trabalhar: a não-necessidade da aceitação da minha família para com a pessoa que eu sou. Já encontrei paz em ser como sou, mas no momento em que é indispensável pra mim que minha família aprovem cada uma das minhas escolhas, eu estou
Eu sou responsável pela minha felicidade e ela não pode depender de mais ninguém.Dentro desse contexto, viver a experiência de discutir com algum dos meus pais (o que, infelizmente, não é raro) é algo com um triste mas real potencial de me causar crises. Em um primeiro momento, resumiu-se ao choro e a ir dormir mais cedo mesmo que momentaneamente sem sono com o pensamento de não existir motivo para estar acordada, para ser bom permanecer consciente. Mas o que veio em seguida, e eu posso dizer por estar escrevendo esse dia alguns dias depois, é o que realmente vai chamar a atenção: meu primeiro ataque de pânico desde o início do relato.O mais cruel de um ataque de pânico é a culpa que ele deixa em você por mobilizar todos envolta e tirá-los de suas respectivas diversões. Eu vivi um hoje no meu lugar favorito do ano passado.Hoje tinha tudo pra ser um dia incrível. Eu tinha planejado uma série de compromissos que me interessavam, mas as coisas começaram a desandar
A vontade de chorar foi imediata, acompanhada de uma sensação de nó na garganta típica de uma situação em que a mágoa tenta não transbordar, mas precisa. Fiquei muito confusa quanto a ir pra casa ou dar outra chance ao dia, e acabei não dando atenção ao fato de que estava (e sabia que estava) no início de um ataque.Eu me cobro muito em relação a importância e a dimensão de cada um dos meus sentimentos. Às vezes me sinto estúpida por me chatear por determinadas razões. Não foi diferente hoje quando, além de achar ridículo que eu tenha me magoado, ainda subestimei minhas reações emocionais e minha capacidade de fazer decisões.Julguei que a vontade de ir embora poderia ser um fruto da crise, que estava distorcendo o que eu queria desde o início - passar aquele dia com alguns amigos. No fim das contas não sei se pensei certo.A crise começou com muita falta de ar e tontura. A praça estava lotada, e tinha uns adolescent