“Delegado Moreno”Fomos para a delegacia depois da batida no haras, onde supostamente o Junqueira estava. Não o encontramos lá. Pelo que apuramos, ele e a esposa realmente estiveram lá, mas deixaram o lugar cerca de duas horas antes de chegarmos.Eu estava exausto, mas não podia parar agora. Ainda tinha o interrogatório daqueles imbecis que nós prendemos em Campanário. Depois disso, eu entraria no avião de volta pra casa. Não havia tido tempo de conversar direito com o Patrício, mas ligaria pra ele assim que tivesse descansado um pouco. Eu precisava saber quem era aquela baixinha que eu vi no escritório dele.Me sentei na cadeira em frente a mesa do delegado Bonfim e ele me ofereceu um copo de café que eu peguei agradecido. Estava cansado e um café me despertaria um pouco pelo menos.- Bonfim, achei muito estranho o Junqueira ter saído do lugar pouco antes de chegarmos. O que você acha? – Perguntei enquanto tomava um gole da bebida quente.- Também não gostei disso! – Bonfim falou ao
"Alessandro”Na noite anterior, eu havia recebido uma mensagem do delegado Bonfim informando que o Junqueira ainda não havia sido encontrado, que precisávamos estar atentos e que assim que eu pudesse entrasse em contato com ele. Mas eu estava com a Catarina e deixei isso pra lá naquele momento, mas, hoje de manhã, eu já havia tomado algumas medidas de precaução.Pedi ao Danilo que enviasse uma equipe de seis homens de absoluta confiança para o meu apartamento, instruídos a fazer a segurança da minha família. Não demorou e os homens que o Danilo mandou chegaram e ele me garantiu que tinha checado novamente seus históricos e se assegurou da forma como foram contratados.Apresentei os seguranças a todos e pedi para não saírem com o Pedro. Pedi a Catarina que não saísse sem levar três dos homens a acompanhando e ela concordou sem contestar. Fui para a empresa resolver algumas coisas e lá encontraria os caras. Quando cheguei a empresa liguei para o delegado Bonfim, que atendeu rapidamente.
“Alessandro”Depois que a Mari e o Alencar saíram, voltei minha atenção para os meus amigos. Contei sobre a ligação com o delegado Bonfim e que teríamos que procurar mais um traidor. Contei sobre o Alencar vir trabalhar na empresa e contei que a Mari estava voltando para ocupar o cargo de diretora financeira.- Ah, finalmente uma boa notícia! – Patrício comemorou. – Cara, você e eu estávamos nos afundando aqui sem a Mari!- Concordo, Patrício, mas eu precisava honrar o acordo dela com o meu pai. – Relembrei.- Que bom que ela também não vive sem a gente! – Rick sorriu.- Ah, olha só, o Flávio foi transferido pra cá. Vai trabalhar junto com o Bonfim. – Patrício comentou. – Se vocês não se importarem, gostaria de convidá-lo para as nossas noites de pôquer.- Não precisa nem perguntar, Patrício, o Flávio será muito bem vindo! – Heitor logo falou e todos nós concordamos. – Desde que ele não se engrace com a Sam. E aliás, vocês prometeram me ajudar se eu liberasse a Manu e a Virgínia.- Re
O dia tinha sido longo e exaustivo, mas muito divertido. Minha amigas eram realmente muito competentes. Já havíamos contratado tudo, decoração, buffet, banda, um quarteto para cantar e tocar durante a cerimônia, lembrancinhas, lista de convidados, o bolo e, claro, o vestido. Como eu não queria nada extravagante, foi rápido, mas era perfeito.Também marcamos com o tabelião que o Rick nos passou o contato e falamos com o padre, que em princípio não queria concordar em dar a bênção, pois não tínhamos feito o curso de noivos, mas a Melissa deu um jeito de convencê-lo a nos atender na sexta de manhã para fazer um mini curso. Assim, ele acabou concordando e daria a bênção.Samantha e Manu fizeram um convite lindo digital e programaram que fossem enviados para todos os convidados na hora do jantar, assim os pais não descobririam antes da hora. Já tinham combinado e, na sexta, as duas ficariam por conta das confirmações de presença.Melissa já havia enchido a minha agenda para a sexta. Teria
Depois que nos despedimos de todos, Alessandro e eu ainda ficamos um pouco mais na casa conversando com o Jorge que se encarregou de supervisionar a finalização do buffet. Alessandro me levaria em casa, mas recebeu uma mensagem do John, um funcionário de Londres, pedindo uma vídeo chamada com urgência.- Amor, se importa de vir comigo ao escritório fazer essa vídeo chamada?- De jeito nenhum. Vamos lá, ainda está cedo, não é meia noite, ainda não virei abóbora. – Sorri pra ele.- Você é a Cinderela, deveria virar a gata borralheira. – Ele brincou.- Não sou a Cinderela, sou a carruagem, forte e útil. – Brinquei com ele que riu de mim.Chegamos ao escritório e Alessandro fez a chamada com o John e me apresentou a ele, que nos felicitou pelo casamento. Após resolver tudo Alessandro desligou. Eu estava deitada no sofá com os pés pra cima. Ele veio até mim, se sentou e colocou meus pés em seu colo.- Meus pés estão doloridos. – Reclamei.- Você está grávida, precisa desacelerar. E usar sa
A sexta feira passou voando, mas consegui cumprir toda a agenda que a Melissa programou. Mas a Mel reclamou bastante que eu trapaceei por ter dormido com o Alessandro na noite anterior. Depois da manhã com o padre e o Alessandro, nos separamos e as garotas me levaram para cumprir a agenda, nossas mães foram conosco e os pais e o Pedro foram com o Alessandro e os amigos. No final do dia eu estava exausta e apaguei quando me deitei pra dormir.Já era o dia do meu casamento. Melissa me acordou super cedo com um café da manhã maravilhoso, que tomei com minhas amigas, minha mãe, a Lygia e a Mari. Nos arrumaríamos na casa que foi dos meus sogros e agora seria minha casa. Então, depois do café, seguimos pra lá.Melissa já tinha convertido o escritório em um salão de beleza e logo os profissionais chegaram com muitas malas e maletas e começaram a nos arrumar. Em meio aos secadores e pincéis uma garçonete nos trazia bebidas e petiscos. Nós estávamos nos divertindo muito e sendo embelezadas ali
“Alessandro”Enquanto eu caminhava até o altar de braço dado com a Mari, percebi que Catarina havia pensado em cada detalhe da cerimônia. Haviam bancos de jardim em madeira e ferro para os convidados e adornando o corredor de entrada imensos vasos de tulipas coloridas. No altar havia uma mesa em madeira e atrás, um pórtico enfeitado com tecido branco e tulipas. Quando cheguei no altar, olhei para o primeiro banco, vazio, a minha frente e vi as fotos do meu pai e da minha mãe em portas retratos com molduras de prata, com uma tulipa branca na frente de cada foto. Catarina pensou em uma forma de eu saber que eles estavam ali comigo naquele momento tão importante e de representá-los para que todos soubessem disso. Mari se sentou ao lado das fotos e eu me emocionei imediatamente.Quando nossos amigos, agora padrinhos, começaram a entrar eu fiquei impressionado com os vestidos das meninas, cada vestido tinha a cor de uma tulipa, roxo, vermelho, amarelo, laranja e rosa, em tons vibrantes, es
Alessandro me pegou no colo com uma facilidade impressionante. Comigo em seus braços atravessou a sala, subiu as escadas e atravessou o corredor parando em frente a porta do quarto principal da casa.- Consegue abrir a porta pra mim, meu anjo? Por favor. – Alessandro pediu.Estiquei a mão e girei a maçaneta, empurrando a porta para que fosse aberta. Alessandro entrou comigo no quarto e me pousou delicadamente no chão, voltando para fechar a porta atrás de nós.O quarto era enorme, tinha sido completamente redecorado e eu sabia que tinha o dedo da Sam nisso. Ele tinha uma parede inteira de vidro, com portas duplas que se abriam para uma varanda privada com vista para o jardim. Eu estava impressionada olhando a decoração com velas de vários tamanhos dentro de lanternas de ferro espalhadas pelo ambiente, que proporcionavam uma iluminação romântica e delicada.A enorme cama ficava no centro do quarto e estava convidativamente arrumada com lençóis, edredom e alguns travesseiros, tudo vesti