“Alessandro”- Mas vocês ainda estão trabalhando, garotas? – Perguntei vendo todas ali na recepção, inclusive a Catarina, e o Alencar entre elas pedindo mil coisas.- Com tudo o que aconteceu nos últimos dois dias, tem muita coisa para resolver. Estamos marcando as reuniões com os clientes e fornecedores que foram desviados para a empresa laranja do Junqueira e com alguns dos nossos que de alguma forma souberam do que aconteceu e tem muitas perguntas. – Catarina explicou.- Alessandro, preparei um comunicado oficial para você encaminhar para todos os clientes e fornecedores. É necessário que isso seja feito rápido. Vou encaminhar para o seu e-mail e o do Patrício. – Alencar informa.- Quanto antes vocês liberarem isso, mais rápido poderemos fazer os envios. – Melissa alertou.- Garotas, vocês precisam descansar. E você também, Alencar. – Os adverti.- Faremos isso assim que essa bagunça estiver em ordem, chefe. – Samantha informou. – Aliás, limpei as agendas de vocês pelo resto da sem
“Heitor”Eu estava há dias tentando me explicar com a Samantha e ela descobrir que eu estive no haras com a Isabela semana passada só piorava as coisas. Quer dizer, eu ia contar, mas ela ficar sabendo porque entrou na sala e me pegou falando sobre isso só complicou minha situação que já não era nada fácil. Meu dia não poderia ficar pior.Estava sentado ali na recepção da empresa do Mellendez pensando numa forma de conversar com a Samantha, sem que ela conseguisse escapar e sem que a Melissa ameaçasse arrancar as minhas bolas de novo.Mas também, o que eu tinha na cabeça quando caí na armação da Isabela? Eu era mesmo um idiota. A Isabela chegou em minha casa, disse que precisava de ajuda e eu a deixei entrar, tentei ser um cara legal, mas duas garrafas de vinho depois, ela me provocando muito, e eu já pensava com a cabeça de baixo, acabei indo pra cama com uma mulher que eu nem gosto. Como minha mãe diz, velhos hábitos são difíceis de mudar e eu sempre fui um homem de muitas mulheres.
“Alessandro”Depois que os médicos saíram eu puxei a Catarina para um abraço, beijando a cabeça do meu filho que estava em seu colo. Eu estava aliviado por tê-los ali novamente, em meu abraço, e não os soltaria nunca mais.- Meu anjo, você nem imagina o medo e aflição que senti nos últimos dois dias. Minha família nas mãos de pessoas sádicas e loucas. O que eu senti foi um pânico absoluto, um terror me corroendo de medo de perder vocês. – Falei segurando sua mão quando ficamos sozinhos.- Eu também fiquei louca quando descobrimos que eles haviam pegado nosso menino. – Catarina tinha os olhos marejados.Dei um beijo em sua testa, peguei meu filho em seu colo e puxei a Catarina para nos sentarmos no sofá. Ficamos ali em família por um tempo, apenas unidos e sentindo o amor que nos unia transbordar de nós. Senti o sono tomar meu filho, o senti ressonar em meu peito com a mãozinha espalmada sobre mim, com a serenidade e a confiança que uma criança amada tem. Senti o calor da mulher que e
Quando abri a porta, a sala do Alessandro foi imediatamente invadida por nossos amigos.- Ah, eu quero mimar meu pequeno! Ele dormiu? – Melissa fez cara de triste olhando para o Pedro no colo do Alessandro.- Pelo amor de deus, Catarina, fecha essa porta. – Nando falou entrando depressa.- O que foi, Nando? Qual o problema? – perguntei sem entender quando ele trancou a porta atrás de si.- O problema são os meus pais, os seus pais, os pais da Mel, os pais postiços do Alessandro, os pais do Patrício, a mãe do Heitor e até o Jorge, a Lygia e a Margaridinha. – Nando falou com cara de quem estava apavorado.- Pais postiços do Alessandro? – perguntei sem entender.- A Mari e o Alencar. – Nando explicou me fazendo sorrir.- Seus pais estão aqui, Patrício? E a sua mãe, Heitor? – Alessandro ficou curioso.- É, cara, eles ficaram sabendo pelo pai do Nando o que estava acontecendo e pegaram um vôo pra cá assim que puderam, queriam estar com você. Mas não vou mentir não, eles me enlouquecem! – P
Depois do almoço convenci o Alessandro que era melhor o Pedro ir pra casa com meus pais, a Lygia e o Jorge. Nós ainda tínhamos trabalho a fazer e o Pedro precisava de tranquilidade. Assim, os pais concordaram que nós ainda precisávamos trabalhar e se dispersaram, finalmente se despedindo.Alencar e Mari foram para o andar abaixo, concluir as coisas da auditoria.- Até que enfim! Pensei que eles não iriam embora. – Patrício falou quando as portas dos elevadores se fecharam, se deixando cair na cadeira.Todos nós suspiramos aliviados. Alessandro chamou os rapazes para o seu escritório. Taís já estava desmontando a mesa de brunch que havia sido montada na recepção, bem como as camas na sala do Patrício, e coordenava toda a organização do andar. Eu fui para a minha sala com a Virgínia e a Melissa para liberar documentos urgentes e a Sam e a Manu ficaram na recepção enviando e-mails, comunicados e agendando compromissos adiados.Duas horas depois nos reunimos na copa para um café. Estávamo
Alessandro me levou para sua sala, fechou e trancou a porta, me levando direto para a sua mesa.- Nossa casa está muito cheia e eu não posso esperar até que todos vão embora. – Alessandro falou em meu ouvido. – Eu senti muito a sua falta. Estou com saudade, meu anjo.- Eu também estou com saudade. – Sorri e ele tomou minha boca em um beijo, me fechando em seu abraço.Eu era só sensações enquanto Alessandro me tocava, passando suas mãos por todo o meu corpo. Se sentou e me levou com ele, me fazendo sentar em seu colo, o que fez minha saia subir até o meu quadril. De frente pra ele, sentia sua ereção, grande e dura, tocar meu sexo, quente e úmido. Ele me beijava, correndo suas mãos por mim, como se quisesse tocar cada centímetro da minha pele.Aos poucos começou a me despir. Lentamente, como se tivesse todo o tempo do mundo, desabotoou minha blusa, a retirou dos meus ombros e a arremessou para longe na sala. Deslizou suas mãos em minhas costas em movimentos circulares que me fizeram arr
“Delegado Moreno”Fomos para a delegacia depois da batida no haras, onde supostamente o Junqueira estava. Não o encontramos lá. Pelo que apuramos, ele e a esposa realmente estiveram lá, mas deixaram o lugar cerca de duas horas antes de chegarmos.Eu estava exausto, mas não podia parar agora. Ainda tinha o interrogatório daqueles imbecis que nós prendemos em Campanário. Depois disso, eu entraria no avião de volta pra casa. Não havia tido tempo de conversar direito com o Patrício, mas ligaria pra ele assim que tivesse descansado um pouco. Eu precisava saber quem era aquela baixinha que eu vi no escritório dele.Me sentei na cadeira em frente a mesa do delegado Bonfim e ele me ofereceu um copo de café que eu peguei agradecido. Estava cansado e um café me despertaria um pouco pelo menos.- Bonfim, achei muito estranho o Junqueira ter saído do lugar pouco antes de chegarmos. O que você acha? – Perguntei enquanto tomava um gole da bebida quente.- Também não gostei disso! – Bonfim falou ao
"Alessandro”Na noite anterior, eu havia recebido uma mensagem do delegado Bonfim informando que o Junqueira ainda não havia sido encontrado, que precisávamos estar atentos e que assim que eu pudesse entrasse em contato com ele. Mas eu estava com a Catarina e deixei isso pra lá naquele momento, mas, hoje de manhã, eu já havia tomado algumas medidas de precaução.Pedi ao Danilo que enviasse uma equipe de seis homens de absoluta confiança para o meu apartamento, instruídos a fazer a segurança da minha família. Não demorou e os homens que o Danilo mandou chegaram e ele me garantiu que tinha checado novamente seus históricos e se assegurou da forma como foram contratados.Apresentei os seguranças a todos e pedi para não saírem com o Pedro. Pedi a Catarina que não saísse sem levar três dos homens a acompanhando e ela concordou sem contestar. Fui para a empresa resolver algumas coisas e lá encontraria os caras. Quando cheguei a empresa liguei para o delegado Bonfim, que atendeu rapidamente.