“Lisandra”Eu estava cansada, não tinha tido uma boa noite de sono desde que cheguei à fazenda. E a suposta trégua que o Patrício e eu fizemos estava me desgastando muito, pois nós continuávamos discutindo quando ninguém estava olhando e quando ele era gentil comigo eu sabia que era apenas porque o Flávio pediu e isso me magoava.Com a minha falta de sono, eu ia a cozinha todas as noites, depois que todos já tinham se recolhido, e o encontrava lá. Eu ia em busca do leite com canela, mas como ele estava lá eu não queria preparar, para não dar a ele a chance de implicar comigo. Estranhamente ele se levantava e ele mesmo preparava o leite pra mim e depois saía da cozinha. Isso não fazia sentido, era um gesto gentil que ele não precisava ter, pois ninguém estava olhando.Outra coisa que não fazia sentido foi o presente de natal que ele me deu. Eu nem esperava que ele me desse nada, mas eu mandei fazer um par de abotoaduras para ele, quando ele ainda estava viajando. Seria uma forma de me
“Patrício”Quando olhei para aquela bandeja e vi que só tinha empanado de camarão ali eu quase tive um ataque cardíaco. Isso poderia matá-la e ela nem se deu conta do que estava comendo, porque eu sabia que quando ela estava chateada ela apenas comia sem prestar atenção ao quê. Ela começou a se coçar e a ficar levemente inchada. Ela precisava da injeção rápido. Eu coloquei a bandeja sobre a mesa e fui até ela.- Você consegue andar? – Eu tentava me controlar, mas estava desesperado. Ela ficou de pé, meio vacilante. Eu passei o braço por sua cintura e começamos a caminhar, mas eu estava com pressa e quase a carregava pela casa. – Sua injeção está no seu quarto? – Ela fez que sim, já começava a parecer com um pouco de dificuldade para respirar e eu me apressei ainda mais.Chegamos ao quarto e eu a coloquei na cama, comecei a revirar o quarto. Parecia que eu tinha voltado no tempo, fui sentindo um desespero enorme, vendo a reação alérgica se desencadear e a injeção não aparecia. Aí me le
“Lisandra”Quando a boca dele tocou a minha eu senti como se milhares de borboletas batessem suas asas delicadas dentro de mim, não apenas dentro do meu estômago, mas dentro de mim inteira eu senti aquela revoada delicada e gostosa que me deixou arrepiada.No segundo seguinte, foi como se o meu coração parasse de bater e eu senti medo que ele simplesmente se afastasse com raiva, como aconteceu no meu quarto quando eu tinha quinze anos. Mas ele não se afastou, ele me beijou mais e mais.Então eu me senti em queda livre, como se eu tivesse pulado em direção a ele e nada mais pudesse me deter, nada mais pudesse me impedir de tocá-lo. Meu coração acelerou, meu corpo tremeu, minhas mãos procuraram por ele nervosas. Eu me desliguei do mundo naquele instante e foi como se eu entrasse num mundo novo, um mundo em que só existíamos nós dois.Aquele beijo foi tudo o que eu mais desejei em toda a minha vida. Eu nunca quis mais nada como eu queria aquele beijo e agora eu o queria ainda mais. Foi q
“Lisandra”Depois que nossas famílias saíram, nós fomos encontrar os outros reunidos no pátio, conversando e já prontos para ir embora. Ao nos verem eles se calaram e nos analisaram por um momento, como se nos escaneassem.- Vocês dois ainda estão assim? Nós temos que ir! – Catarina, que estava organizando o grupo, logo tomou frente. – Lisa, você vai com a Mel, que mora mais pertinho da sua casa...- Ela vai comigo, Cat. – Patrício falou antes da Catarina terminar o que dizia e todos se viraram pra ele. – O que foi? Ela veio comigo, vai comigo! – Patrício respondeu.- É, nós estamos praticando aquela coisa de conversar sem brigar. – Eu olhei para ele com um meio sorriso e encontrei os seus olhos brilhando pra mim.- Ah, sei! – Melissa nos encarava como se não acreditasse em nem uma única palavra. – E onde vocês estavam praticando? Porque depois do buquê eu não vi nenhum dos dois mais.- Eu tive uma crise alérgica e o Patrício me ajudou. – Respondi rapidamente.- Você deixou ela comer
“Patrício”Eu queria entender como aquela mulher linda sentada ao meu lado não me odiava. Até eu me detestava pelo que eu fiz com ela e ela me diz que não consegue me odiar. Eu fui o pior dos cretinos com ela a vida toda e ela não me odiava. Era um milagre! E eu estava querendo muito esse milagre.Lisandra era como uma força irresistível, que me atraía para o deconhecido. Como se eu estivesse na beira de um abismo pronto para pular. Eu queria pular de cabeça nesse abismo que era a Lisandra! Sim, ela era um abismo, porque ficar com ela era como pular para o desconhecido e eu só esperava o pior, eu pensava que a família dela jamais aceitaria, pensava que o Flávio me odiaria, pensava que a qualquer momento ela iria embora e me deixaria com o coração partido. Mas eu não queria dar ouvidos à razão, eu queria me jogar. E eu me joguei quando a beijei naquele quarto. Agora não tinha mais como voltar atrás, porque depois que se dá o primeiro passo para o abismo, você não consegue mais voltar.
“Patrício”Ele teve o timing perfeito! Antes que eu pudesse macular o corpo dela, no exato momento em que eu estava pronto para explorar as suas curvas, ele me ligou, como se quisesse me lembrar que ela era proibida pra mim. Eu mostrei a tela para ela e me levantei, indo sentar aos pés da cama e atendendo a chamada no viva voz.- Fala, Raul! Algum problema? – Perguntei tentando não parecer culpado por assaltar o pote de doces às escondidas.- Patrício, que bom que você atendeu! Eu estou tentando falar com a minha irmã, mas o celular daquela cabeça de vento está desligado. Liguei para o Camilo e ele me disse que ela saiu da fazenda com você. – Raul parecia preocupado do outro lado da linha.- Sim, cara, ela veio comigo. Algum problema?- Eu estou preocupado porque ela teve aquela crise alérgica hoje e é sempre ruim quando isso acontece. E ela vai ficar sozinha naquele apartamento. Eu queria tentar convencê-la a ir para a casa do Rick... – Ah, mas ela não ia mesmo para a casa do Rick!-
“Patrício”Todas as coisas que poderiam me afastar dela foram definitivamente jogadas pelo ralo, já não me importavam mais, já não faziam sentido. Foda-se o Raul, eu nunca vi a Lisandra como minha irmã e não seria agora. Eu enfrentaria o Raul, o Flávio, os pais dela, qualquer um, mas eu queria essa mulher, como eu queria!Eu a abracei e retribui o seu beijo e sem pensar em mais nada que não fosse aquela mulher linda agarrada a mim, eu girei nossos corpos a fazendo cair sobre a cama, a puxando comigo para cima para nos acomodar melhor e me deitando sobre ela e permitindo que minhas mãos explorassem o seu corpo.Enquanto minha boca deixava a sua para traçar uma trilha de beijos do seu maxilar até a sua orelha e depois descer pelo seu pescoço, minhas mãos subiam pelo seu corpo sinuoso, para finalmente se encherem com seus seios perfeitos. Eu descobri que ela era mais sensível do que o normal ali, pois tão logo os toquei suas costas arquearam e ela se arrepiou inteira. Minha boca finalmen
“Lisandra”Escutei o Patrício me perguntar se eu tinha certeza e em minha mente a única coisa que eu sabia era que se eu não tinha certeza disso, eu não poderia ter certeza de mais nada na vida. O que o Patrício ainda não tinha entendido era que, no momento em que ele me beijou, foi o momento em que não teve mais volta, foi o momento em que eu me tornei irrevogavelmente dele.Então, sob seus olhos atentos, eu me curvei até a mesinha de cabeceira e peguei um dos preservativos que ele colocou ali, rasguei a embalagem com o dente e tirei o preservativo. Me afastei um pouco e, antes de tudo, eu toquei o seu membro, ele estava duro como aço, pulsante e era ao mesmo tempo suave em minha mão. Eu deixei a minha mão deslizar por ele, os seus olhos se fecharam e a sua boca se abriu em um perfeito o. Eu sorri, satisfeita com o que vi ali, ele era todo meu, pelo menos por essa noite.Eu deslizei o preservativo pelo seu comprimento, deixando perfeitamente ajustado e ele observou cada desenrolar do