Hoje acordei e fui direto até a oficina de meu pai.
Eu: Bom dia pai - falei lhe dando um beijo na bochecha.
Pai: Bom dia filha - falou enxugando o suor.
Fiquei um tempo treinando com uma espada e logo fui almoçar.
Nunca gostei de tomar café da manhã, apesar de ser a principal refeição.Nossa comida não é muita, mas dá para se sustentar.
E com minha mãe de cozinheira, até uma pedra se torna comestível.Ninguém da vila se aproxima de mim.
Várias damas e suas filhas se afastam por saber dos meus interesses. Algumas me ignoram, mas outras como a maioria da vila criticavam e me afastavam.Com o tempo eu aprendi a não ligar para eles e sim em apenas viver.
Sou uma menina bastante meiga, mas quando é preciso viro outra pessoa.
Me sentei junto a minha mãe na mesa e esperamos meu pai que logo se juntou a nós para comer.
Nossa vila é pequena, mas não tão pequena assim.
Como em todas as outras, a nossa tem pessoas pobres e pessoas ricas.O bom é que uns ajudam os outros. Tirando a implicância em mim, a vila é muito unida.No meio da tarde, quando o sol brilhava alto no céu fui andar pela vila.
É assim que eu penso em tudo que acontece. Andar me ajuda a espairecer.Vi o pequeno mercado no centro da vila e andei até lá.
Nosso mercado é bem amplo contendo várias barracas de comida e de roupas.A maioria das roupas vendidas foram feitas por minha mãe e isso lhe dá o título de costureira da vila.
Várias pessoas da minha idade ficam nesse lugar em busca de maridos.
A idade certa para se casar de acordo com as pessoas, era a partir de 17 anos.Nunca dei a mínima para essa regra. Só irei me casar se for por amor, igual a meus pais.
Todo dia eu via o carinho que um tinha pelo outro. Eu queria que alguém me olhasse assim.Continuei andando até me sentar em uma pedra.
Estava em um lugar onde só havia grama.Por ser perto demais do muro muitos não se aventuraram aqui, mas eu me sinto em paz nesse lugar.Sorri para o nada e me perdi em pensamentos.
Algum tempo depois me levantei e voltei para casa, não me arriscarei em ficar no escuro.Quando cheguei, tomei um rápido banho e ajudei minha mãe com a janta, logo após fui para o quarto.
Me deitei e comecei a olhar para o teto, pensando em como será minha vida daqui a alguns anos.
Provavelmente ninguém dessa vila irá se interessar por mim, não por ser feia, mas por gostar de coisas inapropriadas para uma dama.
Pensando nisso rapidamente adormeci.
Acordei assustada no meio da noite com um barulho muito alto.
Me levantei e fui até meus pais que olhavam a janela.
Eu: O que aconteceu? - perguntei assustada.
Pai: Alguém está tentando derrubar o muro - falou me fazendo arregalar os olhos.
Eu: O que? - perguntei susurrando.
Mãe: Mas não se preocupe, os soldados já foram falar com o rei - falou me abraçando.
Voltei para meu quarto e deitei para esperar o sol nascer, já que não conseguirei dormir mais.
No outro dia, a vila estava cheia de soldados reais.
Fui com meu pai para sua pequena oficina e me sentei em um banquinho observando suas mãos trabalharem.
Seu trabalho é bastante requisitado pelo rei.
Meu pai é ótimo no que faz, mas apesar de tudo seu trabalho é muito cansativo.Ficava horas apenas observando seu trabalho com as espadas, elas me cativam de uma forma imprecionante.
De vez em quando ele me olhava e piscava um de seus olhos azuis. Os quais eu tive o prazer de puxar.Sou morena dos olhos azuis, igual a meu pai.
Já minha mãe é loira dos olhos castanhos.Os dois ainda estão muito bem conservados para a idade que tinham.Sai dos meus pensamentos com minha mãe entrando no pequeno local e me chamando para ir com ela na feira.
Me despedi de meu pai e a segui.
As pessoas na vila só sabiam falar sobre o ocorrido dessa madrugada.
Eu não estava muito diferente, morria de medo de algo acontecer.A cada dois passos dados, trombava com um guarda.
Muito dos guardas eram bastante novos.
Várias garotas se encantaram com eles e provavelmente seriam pedidas em casamento.Senti felicidade por elas, apesar de me tratarem mal.
Ser guarda real é um dos empregos mais requisitados nos reinos. Todos da guarda são honrados e prefeitos para se tornarem maridos.Mãe: Hope - me chamou.
Olhei para ela e a vi apontando para um canto. Olhei e vi 3 soldados me encarando e sorrindo.
Apesar de serem bastante bonitos, não quero ser pedida em casamento.
Eu: Mãe a senhora mais que ninguém sabe que não quero me casar - falei suspirando.
Mãe: Eu sei, mas é desejo de toda mãe ver sua filha casada e construindo sua própria família - falou com ar sonhador.
Odiava a desapontar desse geito.
Eu: Tudo bem, vamos fazer essas compras logo - falei a puxando para irmos mais rápido.
Compramos tudo que era necessário e voltamos para casa.
Até agora não ouvimos novamente aquele barulho, então significa que quem estivesse querendo derrubar o muro, tinha desistido.Mamãe preparou um rápido jantar e logo estávamos dormindo.
Acordei novamente de madrugada com gritos de alguns soldados e o barulho de alguém batendo na muralha.
Parecia algo grande, muito grande.
Me levantei e fui até o quarto dos meus pais.
Me coloquei no meio dos dois e respirei fundo.
Posso parecer criança, mais só me senti segura no meio deles.
Fechei meus olhos e senti a mão de minha mãe acariciar meus cabelos.
Logo adormeci em meio aos barulhos.
No dia seguinte todos estavam agitados.Guardas andando pra lá e pra cá querendo saber o que estava causando aquilo no muro e moradores da vila tentando descobrir algo sobre os barulhos.Porque o causador disso não escala o muro?Eu sei que não é fácil, afinal o muro deve ter mais de 40 metros de altura.Isso era uma pergunta sem resposta. Uma de várias.Vi algumas moças passando e ajeitando seus vestidos ao verem os soldados.Fiquei pensando se fosse parecida com algumas delas.Só o pensamento me fez estremecer.Alguns guardas estavam com espadas maiores que os outros, esses são os guardas originais do muro.Andei até a barraca de uma senhorinha que vendia alguns livros estranhos e vi um que me chamou a atenção.Tenho dinheiro guardado, então posso me dar ao prazer de ter um livro.Eu adoro ler, mas por não ter muitas condições, não compro livros
O dragão ainda mantinha seus olhos em mim, quando começou a decer lentamente.Os soldados começaram a tentar atacar a fera, mas com apenas um abrir de boca dela, eles foram jogados lonje.Incrível era a única coisa que eu consegui pensar.Quando pousou, todos sentimos o chão tremer.Ele deu um enorme rugido e se endireitou começando a caminhar.Seu corpo repleto de escamas de fogo se aproximou e parou em minha frente.Fechei meus olhos esperando virar aperitivo de dragão, mas só senti um vento em meu rosto.Os abri e vi que ele me encarava de uma forma estranha.Dragão: Cavaleira!Escutei uma voz na minha cabeça e dei um pequeno pulo assustada.Olhei para o dragão de olhos arregalados.Eu: Você falou comigo - falei assustada.Dragão: Mas é
Folheei a primeira página e vi uma escrita que me arrepiou os cabelos.(Quando a domadora seu dragão achar, o inimigo a encontrará. Passarão por aventuras e mais um aliado acharão. A domadora criará um vínculo com seu dragão. Um vínculo emocional.A magia que há no Dragão, agora reside na domadora. Ambos dividem a alma.)Parei de ler assim que minha mãe chamou para jantar. Os versos do livro rodavam em minha cabeça.Shadow: O que o livro falou é verdade. Escutei a voz de Shadow em minha cabeça.<
Quando cheguei em casa expliquei tudo para meus pais e fui arrumar algumas roupas para levar.Meus pais entenderam que não podiam me fazer mudar de ideia, então apenas me abraçaram apertado e falaram para ficar viva.Quando fui dormir fiquei pensando que ficamos presos dentro de um pequeno espaço, quando havia praticamente outro mundo bem na nossa frente.Naquela noite sonhei que estava sentada em um trono com uma coroa na cabeça.No outro dia, acordei e decidi tomar café da manhã, afinal não sabia o que podia encontrar do outro lado do muro.Teria que estar forte.Perguntei mentalmente para Shadow quando sairiamos e ele respondeu que quando estivesse pronta.Fui até a oficina de meu pai e me despedi.Eu: Pai - falei o abraçando - estou indo - completei me afastando.Pai: Vai com deus minha filha - falou com os olhos marejados - tome isto - fal
Estava sentindo uma deliciosa sensação de carinho em meu rosto.Dei um sorriso e inclinei a cabeça em direção a gostosa sensação.Mas rapidamente abri os olhos me lembrando de que estava na floresta sozinha.Me sentei e vi que não tinha ninguém aqui.Ótimo, era um sonho - pensei suspirando.Me alonguei rapidamente e peguei um pedaço de pão.Os pães iam dar apenas para mais 3 dias. Depois disso precisaria caçar.Olhei para cima e nem um raio solar passava pelas árvores. A floresta era completamente amedrontadora.Eu: Shadow, tá acordado? - perguntei.Shadow: Sim, eu durmo pouco humana.Falou me fazendo bufar, ele insistia em me chamar de humana.Eu: Que ótimo, daqui a pouco vira um zumbi - falei ironicamente.Shedow: Esta conectada a mim, você também
Assim que acabamos de treinar, Shadow levantou vôo.Comecei a andar e peguei a espada que meu pai havia me dado.Será que poderia fazer ela ficar menor? - pensei a analisando cuidadosamente.Shadow: Se concentre e imagine que ela esta diminuindo.Falou me fazendo lembrar que meus pensamentos agora não eram só meus.Parei de andar e me concentrei. Imaginei ela se tornando pequena e assim foi feito.Quando vi, ela estava do tamanho de uma faca.A guardei dentro da bolsa e voltei a andar.Estava com uma sensação ruim.Eu: Shadow você está sentindo essa sensação? - perguntei preocupada.Shadow: Estou, tem alguma coisa sombria aqui.Falou me arrepiando.Olhei ao redor e não via nada. Mas sabia que tinha algo ali comigo.Sentia meus músculos tensos, a
Acordei e me sentei assustada. Estava em um quarto completamente escuro.Me levantei e vi que tinham trocado minhas roupas.Olha pelo lado bom, eu não morri!Mas ainda estava morta de preocupação com Shadow.Caminhei até a porta e a abri.Pretendia correr até a saída mais próxima.Dei de cara com um corredor enorme.Corri até ver uma escada.Andei um pouco e finalmente achei a saída.Não olhei para nada, apenas comecei a correr.Vi um enorme dragão deitado ao lonje.Shadow.Mudei de direção e comecei a correr até ele.Vi que não estava consciente.Me aproximei de seu focinho e dei um pequeno murro.Eu: Acorda amigão - falei dando um sorriso.Ele nem se mexeu.Sabia que não estava morto, pois estava respirando.T
Assim que sai daquela sala, fui em direção a Shadow.Eu: Você sabia sobre a profecia? - perguntei parando em sua frente.Shadow: sim, mas não sei onde ela se encontra.Falou me fazendo bufar.Eu: Pelo menos tem como me contar? - perguntei novamente.Ele balançou a enorme cabeça em negativo.Rolei os olhos frustrada.Eu não tinha o direito de saber sobre minha própria profecia?Me sentei no chão e cruzei os braços.Eu: Tudo bem, sem profecias - falei - quanto tempo para irmos até onde os dragões estão? - perguntei.Já tínhamos cumprido uma, das três coisa que tinhamos para fazer.● Achar o aliado - confere.● Achar os dragões - estamos trabalhando nisso.● Formar um exército - Killer está fazendo isso.Shadow