×Samyra×
Ela me olha confusa e com um olhar bastante perdido.
_Vem, vamos tomar um banho.
Pego-a no braço e levo até o banheiro. Depois de despida, deixo a água molhar seu corpinho. Lavo bem seu cabelo e os vestígios de sangue em seu rosto. Visto algo leve e coloco-a novamente na cama.
_Quero te perguntar uma coisa, Emi._Olho pro seu rosto._Você promete pra tia Samy que vai responder?
_Prometo, tia Samy.
Ela tem algo de muito diferente no olhar. Não sei ao certo o que é.
_O que você é?_Essa pergunta até pareceu meio estranha, mas eu precisava perguntar.
_Eu sou a Emi, tia Samy._Ela sorri._Não me conhece mais?
_Emilly, você ficou toda estranha no jardim. Ficou meio que meditando e depois apagou._Ela arregala seus olhos._Fica com febre e nada te acorda. E quando você entrou em contato com meu sangue, acordou. Eu sei
×Albert×Durante o almoço eu estava inquieto, sedento. Infelizmente acabei sugando demais da Samyra. Eu não poderia pedir desculpas no momento, então apenas a olhei com todo arrependimento que eu estava sentindo antes dela ir embora. Eu não sei o que está acontecendo comigo e nem com meu corpo. Depois que todos os doadores saíram, o almoço continuou._Soube pelo meu marido que os resistentes que existem aqui em Nesh são poucos._Saraya diz bebericando um suco qualquer._Será fácil de vencê-los com sua ajuda, Bruna. Já que os sobrinhos do meu marido não ajudaram muito...Dito isso, ela olha pra nós como se nos desafiasse. Seguro firme na mão de Alícia para que ela não se descontrole._Sei que o Albert e a Alícia estão sendo de grande importância aqui em Neshville._Bruna rompe o silêncio._E com a minha ajuda seremos mais fortes.O clima suavizou por um tempo e terminamos de almoçar
×Albert×Com todos já reunidos à mesa, deu-se início ao jantar. À pedido do tio Inácio, a mesa estava farta de diversas coisas em homenagem a nossa nova hóspede. Não que a mesa nunca estivesse assim, mas ele pediu mais capricho. Bruna não tirava os olhos de mim e isso de alguma forma me incomodava. De repente senti um calafrio e uma vontade incontrolável de tomar o sangue da Samyra. Minha perna balançava compulsivamente aguardando a hora dela entrar. Soraya puxava um papo chato com Bruna a todo instante._Você está bem?_Alícia toca na minha mão e sussurra._Acho que não, sei lá._Sussurro de volta._Falta muito para os doadores chegarem?Não dá tempo dela responder pois o doador de Inácio aparece sendo seguido por todos os outros. Vi Samyra com uma face cansada e ao mesmo tempo confusa. Do pouco que a conheço, algo está incomodando-a. Como de costume, todos se posicionam aos seus lugares.
×Samyra×Eu estava muito confusa com tudo isso. Acabei me metendo na maior roubada da minha vida._E então, Samyra? O que vamos fazer?_Vera reforça a pergunta._Eu estou tão perdida quanto você, mas de uma coisa eu tenho toda certeza._Olho pro rosto da minha amiga._Aceitamos ser da Resistência sem saber nada sobre eles. Não sabemos o que acontecerá se nos recusarmos a beber isso.O olhar assustado de Vera denunciava todo seu medo. Eu estava falando a mais pura verdade. Estávamos lidando com pessoas/seres que não sabemos quem realmente são. Não sabemos nem ao menos a grandiosidade dos poderes deles. Para tentarem bater de frente com os vampiros dessa forma, eles tem que tem muito poder de fogo._Eu vou tomar, Samy._Vera abre seu vidrinho._Eu temo por mim e pelo meu pai. Se eu aceitei tudo
×Samyra×Entramos na sala de jantar após o Otávio. Olhei de relance e vi que a tal Bruna me olhava. Seu olhar pousava em mim de forma curiosa, diferente. Me coloquei do lado de Albert como de costume._Essa é sua doadora Sangue Z, Albert?Olho para a autora daquela pergunta e vejo que é a Bruna. Afinal, que raios de pergunta é essa?_Sim._Albert responde._Linda, não é?Os olhares de todos se direcionaram para mim automaticamente. De timidez, acabei abaixando a cabeça. Tenho certeza que minhas bochechas estão da cor de tomate. Por que ele está me elogiando na frente de todos?_Verdade. Muito linda.Ouço ela concordar com o Albert e depois um silêncio se instalou. Era a hora deles nos morderem. Estendo o braço e os dentes de Albert furam minha pele com urgência. Minha cabeça começa a girar e tudo parece querer sumir da minha visão. Solto um gemido
(CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA DO CAP ANTERIOR)Dois meses depois...Os rumores de que Salim estava grávida não pararam de circular e Damião cobrava novamente explicações._A Salim está grávida, Héctor._Damião dizia de forma rude._Iremos providenciar seu casamento com ela.
×Samyra×Minhas mãos tremem de uma forma surpreendente com o que acabo de ouvir. Uma bruxa? Dentro de mim?_Você só pode estar brincando..._Falo tremendo._Essa é a história mais bizarra que eu já ouvi. Claro que eu não vou acreditar em você._Você que sabe..._Ela levanta-se caminhando rumo a porta._Quando quiser saber mais coisas, me procure. Apenas mantenha tudo em segredo.Ela vai embora me deixando aos prantos naquela cozinha. Encosto na parede e escorrego até o chão. Abraço minhas pernas e apóio minha cabeça entre elas. Faço de tudo pra não soluçar alto, mas estava quase impossível. Em que merda eu fui me meter? Como eu vou resolver isso? Será que a Resistência sabe disso tudo? Será que foi aquele líquido?Meu Deus, são tantas perguntas...Depois de me acalmar um pouco, volto ao quarto e deito na cama. Me recuso a olhar para a cama em que a Emilly está. Tudo isso está me apavorando d
×Alícia (Bônus)×Acordo com certas batidas na minha porta. Pelo jeito desesperado eu aposto meu frio coração que é o Albert. Levanto sonolenta e abro a porta._Você vai comigo né?_Ele pergunta._Eu não acredito que você está me acordando a essa hora pra sair com você. Não sabe mais andar sozinho, irmão?_Respondo esfregando os olhos._Vai, Alícia!_Ele choraminga de mentira._Prometo deixar você dirigir._Então espera pelo menos eu tomar um banho e me ajeitar._Fecho a porta vagarosamente._Me espera aí fora.Termino de fechar a porta, pego a toalha e vou até o banheiro. Ligo o chuveiro e me coloco debaixo dele. A água escorre calma pelo meu corpo mandando embora toda preguiça que eu estava. Por breves segundos meu pensamento vai até a Vera. Por que será que ela não olha pra mim do mesmo modo que eu a olho? Por que ela não sente o me
×Alícia(Bônus)×Uma ventania começou a movimentar as árvores de forma abrupta. Olhei para o rosto do Albert e seus olhos estavam totalmente brancos. Seria muito assustador se eu não fosse uma vampira. Tento me aproximar vagarosamente lutando contra a ventania._Albert?_Grito desviando de um tronco em alta velocidade._Você está aí?O chão para de tremer e a ventania começa a cessar. A água que flutuava em volta do Albert cai no chão. Ele desce do ar vagarosamente e quando toca o pé no chão, ele cai desacordado. Corro para ampará-lo em meus braços._Ah não... De novo?_Tento levantá-lo, mas sem sucesso._O jeito vai ser esperá-lo acordar.Arrumo uns galhos e coloco atrás de sua cabeça. Olho em volta e tudo está praticamente destruído. Sento no chão e fico velando o "sono" dele. Algumas horas depois ele começa a