×Albert×
Depois do banho, coloco uma roupa mais apresentável e peço pra Vera continuar praticando os feitiços no quarto. Saio por entre os corredores na intenção de achar a sala de jantar. Por sorte um dos serviçais me guiou.
_Estava te esperando, Albert Mansonni._Héctor diz sentado à mesa sem olhar pra mim._Cadê sua doadora? Não vai te alimentar?
_Já me alimentei dela._Respondo com a voz branda.
Ele aponta pra um cadeira e eu assim me sento. Um dos seus empregados começou a me servir e meu tio evitava contato visual comigo.
_Por que veio até aqui?_Ele dizia sorvendo o líquido de sua taça._Sei que não foi pra passear.
_De certo não foi._Levo o garfo com comida à boca._Mas sei que precisarás de ajuda.
_O que te faz pensar que preciso da sua ajuda? Sei que nunca se curvou perante a minha magnitude. Sempre foi o rebelde, o diferente. Mas por ser de
×Salim/Samyra×Acordo com batidas insistentes na porta. Esfrego os olhos e abro a porta bocejando._Vamos, se arrume depressa!_Dorothy berrava nervosa._Já quer ser despedida?_Cinco minutos e eu estarei pronta._Depois você sobe pro primeiro andar, corredor C e quarto 2. Comece arrumando por lá.Ela some e eu reviro os olhos. Fiquei tentada a transformá-la numa lagartixa, mas resolvi não fazer isso. Tomo um banho rápido e me visto. Dou um jeito na aparência e subo pro tal quarto 2. Com magia nada é difícil de encontrar. Uma pena não poder usar isso pra encontrar meu filho.Entro no quarto e começo a mexer numas gavetas em busca de algo que possa me ajudar. Não sei se o Héctor tem família, filhos... Gostaria de saber sobre isso._Samyra?_Ouço a voz de alguém e petrifico._Ou melhor, Salim?Então sabem<
×Albert×Foi uma série de informações pra minha cabeça. Não sabia como reagir, o que falar. Samyra grávida?Salim estava se questionando sobre alguma coisa e minha mente voava longe._Eu não entendo uma coisa: Só poderia existir um ser com poderes da natureza nesse mundo, o meu filho. Como você tem esses poderes? Você invocou o espírito da natureza?Nesse momento minha mente escureceu e eu não era mais dono do meu corpo. Minha consciência estava funcionando, mas meu corpo não obedecia. Eu não estava enxergando nada. De repente, minha mente começa a exibir uma história, a história de Salim. Eu não acredito no que meus olhos estão vendo... Não pode ser... Quando a história dela se encerra, a minha se inicia. Tudo interligado. Quando toda a história se encerra, minha mente se apaga.Abro os olhos totalmente atordoado e olho pro lado. Vejo Vera amparando a Salim e corro em sua direção. Mas ela
×Albert×Tento me soltar, mas é em vão. Estou bem preso à parede e sem chance de escapatória._Do que você está falando?_Digo com certa dificuldade em respirar._Você aparece aqui do nada, diz que tem um poder secreto e que vai me ajudar a combater uma inimiga, manda seu tio ir embora e acha que eu não suspeitaria?_Ele caminha de um lado para o outro na minha frente._Você está aliado aos resistentes e quer acabar com a minha vida. Mas não poderá fazer isso se eu acabar com a sua primeiro._O quê?_Grito sentindo apertar ainda mais._Eu não estou aliado à Resistência. Me escuta, Héctor! Eu sei da sua história com a Salim._Sinto apertar ainda mais._Por favor, me ouve!Ele parece pensar e depois me solta fazendo com que eu caia no chão com tudo. Seguro no meu pescoço tossindo desesperadamente._Estou te ouvindo, garoto. Só não tenho muito tempo._Eu q
×Albert×Héctor liberou três homens pra me acompanhar. Dentro do carro fico analisando cada um dos que estão comigo. Parecem realmente cães preparados pra atacar a qualquer momento. Controlados, obcecados pelo seu mestre. Eu preciso dar um jeito de libertar a Yanka sem que eles vejam. Paramos duas ruas antes do local indicado pela Salim. Ficamos observando o movimento por duas horas seguidas. De fato tem gente ali dentro. Dois deles preferiram ir pelos fundos assim impediriam eles de fugirem. Eu e mais outro fomos nos aproximando vagarosamente. Ele entra primeiro e assim começam a atacá-lo. Ele era a distração perfeita. Entro silenciosamente e me escondo numa pilastra. Lembro da Salim dizendo que eu posso fazer muito mais do que imagino. Eu tenho muito mais poder do que penso. Fecho os olhos e tento sentir poder ou algo do tipo que me leve até a Yanka. No momento que abro os olhos por já ter encontrado-a, recebo um golpe no rosto de sur
×Salim/Samyra×Depois de ouvir o meu filho, aquele que eu daria a minha vida, falando comigo naquele tom, pedindo pra que eu saísse rapidamente do corpo da Samyra, senti como se meu coração estivesse quebrando. Tanto tempo passei longe dele, tantas noites em total agonia me negando a descansar com sede de vingar o que nos fizeram. E ele me trata dessa maneira. Tudo por culpa dessa garota e desse filho que me anula.Conversamos bastante sobre a minha imposição em relação a tudo isso. Ele precisa me ajudar a me vingar do Héctor rapidamente e para isso eu preciso da minha fiel protetora. Não posso me meter nessa sem sua ajuda. Ele se propôs a libertá-la e foi efetuar seu plano. Olhando bem ele é tão astuto quanto seu pai. Vera fica me encarando por um longo tempo._O que foi, menina? Perdeu alguma coisa aqui?_Não. É que sei quão grande é seu poder e tenho uma mínima ideia do qua
×Alícia(Bônus)×Tudo está destruído. Não se vê mais decoração alguma nessa casa. Eles nos atacaram com diversas armas principalmente com o Laser Shulman. Perdemos os transformados, a Dominique, o Felipe e a Liv. Estou arrasada, cansada. Não tenho mais força pra lutar. Estamos sem contato com meu tio Inácio e o Albert. Tudo só piora. Graças a Deus eles pararam de atacar. Sempre cessam quando anoitece._E agora, Alícia?_Sabrinne sussurra cuidando dos ferimentos da sua doadora._Vamos morrer assim?_Eu não sei._As lágrimas começam a descer._Estamos cansados, feridos. Sem contato com o Albert e sozinhos. Não conseguiremos vencê-los._A Bruna, o Bryan, a mamãe, os pais da Samyra e alguns doadores simplesmente apagaram. Estamos exaustos. Acordados só tem eu, você, tio Saulo e a Nina. É o fim...Olho pra minha perna ma
×Salim/Samyra×Sinto a Samyra revirar-se dentro de mim ao ver aquela cena e então caio no chão de joelhos. Sinto as mãos da Yanka me ajudando a levantar novamente. Minha respiração estava irregular, as palpitações do feto dava pra ser sentida pelo meu corpo inteiro. Droga!_Não gosta do que vê, Salim?Meu nome na boca desse maldito provoca o meu pior. Meu coração sangra ao ver meu filho nesse estado. Ele está totalmente acorrentado à parede e cheio de sangue, desacordado. O corpo de Claire está jogado no chão como um saco de lixo. Mas é isso mesmo que ela é. Vera também está jogada ao chão, mas posso sentir seus batimentos cardíacos. Ela está viva._Primeira surra do nosso filho. Soube por aí que isso educa._Ele ironiza._Você achou mesmo que iria me enganar? Como você salvou o moleque?Encaro seu rosto tentando manter minha respiração regular. Só tenho a Yanka
×(Salim/Samyra)×Minha boca estava seca, minha cabeça doía bastante. Olhei de relance para Yanka e ela pareceu entender meu olhar._Me dê um minuto.Afasto-me de todos e vou mais ao canto. Fecho os olhos e deixo a Samyra ter contato comigo._Garota, eu estou sacrificando meu sono eterno em um lugar de paz pra você poder ajudar meu filho._Sussurro encarando a parede._Por favor, faça isso valer a pena._O que você vai fazer? Não prejudicará o meu bebê, não é?_Pelo contrário, só irá te dar forças pra protegê-lo. Terei que partir. Cuida do Albert por mim e do meu neto também.