×Albert×
Quando chegamos da ida até aquele lugar, era quase a hora do almoço. Fomos até o escritório do Inácio e lá estavam Alícia e Vera à sós. Esperei a conversa terminar e a Bruna foi para seu quarto. Acompanhei Alícia até o seu quarto tentando saber o que de fato aconteceu. Tio Inácio obrigou Alícia a pagar dez vezes o valor do que ela já pagava a Vera e a fez prometer ter mais autocontrole. Soube que Alícia só não perdeu a doadora porque a própria Vera não quis deixar o emprego. A parte que conversaram a sós ela não contou nada em detalhes. Prometi a mim mesmo falar rapidamente com tio Inácio depois do almoço. Guardei todas aquelas anotações que encontrei na casa abandonada e fui tomar um banho. Esse tempo todo sem ter contato com a Samyra só me fez ter mais saudade dela. Depois de devidamente arrumado, peguei um pedaço de papel qualquer e escrevi um simples bilhete mar
×Albert×Esperei alguns minutos, me vesti, peguei os papéis e saí em busca do tio Inácio. Bato na porta do seu escritório e logo após abro. Ele está falando no telefone e em um gesto com a mão me pede pra sentar. Logo encerra sua ligação._Diga o que quer comigo, Albert._Ele pega a caneta e começa a escrever umas coisas._Quero que veja isso.Tiro os papéis do bolso e estendo sobre a mesa. Ele os pega com cautela e começa a correr os olhos neles. Vejo ele arregalando os olhos parecendo estar muito surpreso._O que significa isso?_Ele ainda não tirou os olhos dos papéis._Alguém invocou essa tal de Salim em um corpo e usará isso para nos atingir. Isso de fato é coisa de bruxa._Ajeito minha posição na cadeira._Mas pelo que diz aí no papel, a Salim não acordou. O senhor sabe quem é Salim?Ele descansa os papéis na mesa, abre uma gaveta e tira um liv
×Albert×Os olhos de Alicia arregalaram-se automaticamente ao ouvir minha pergunta. Ela parece lembrar-se de algo._Eu lembro da Samyra estendendo a mão e algo me jogou no chão._Seus olhos perdidos encontram os meus._Albert, é possível a Samyra ter poderes sem ser sobrenatural?_Eu não sei..._Ponho a mão na nuca._Tenho medo de estar acolhendo algo que não sei o que é._Que algo me jogou ao chão provocando-me dores absurdas é certo. Só não posso afirmar se veio dela realmente. Você sabe que esse mundo sobrenatural é cheio de mistérios._Sei..._Me dirijo até a porta._Qualquer coisa que você perceber, me avise. Preciso ficar de olho na Samyra.Ela afirma e então eu saio do quarto. Se a intenção da Sabrinne foi colocar um pulga atrás da minha orelha, ela conseguiu. Minha cabeça está tão dividida com tudo isso. Uma parte se recusa a acreditar que a Samyra seja uma tr
×Samyra×Depois que saí do quarto do Albert, corri rapidamente para o meu quarto. Era evidente a minha felicidade por me dar o prazer de fazer aquilo que eu estava querendo. Mas meu coração estava partido. Eu precisava dizer ao Albert sobre tudo que está me acontecendo, mas eu não tenho coragem de contá-lo pessoalmente. Por isso resolvi fazer uma carta.Entrei no banho e vesti algo mais leve pois estava calor. Vi Vera na cama um pouco pensativa e resolvi não interrompê-la. Pego uma folha de papel e uma caneta para dar início a carta. Na metade da mesma, sinto a presença da Yanka._Tem certeza que quer fazer isso?_Ela senta-se perto de mim._Tenho. Ele disse que me ama e eu tenho que acreditar que esse sentimento é real._Digo sem tirar os olhos da carta._Serei injusta com ele dizendo que o amo e não contando a verdade. Sei que não conseguirei dizer na sua frente e então resolvi escrever.
×Samyra×Eu fiquei tensa, pensativa. Isso estava estampado na minha face. Fomos pro jantar e sei que o Albert percebeu algo estranho em mim. Ele é bom em decifrar-me. Fiquei pela frente do Palácio esperando alguns minutos se passarem para que enfim eu pudesse dirigir-me até seu quarto. Um tempo depois, entro novamente no Palácio. Ao subir a escada, dou de cara com a Bruna._Onde vai, doadora?_Ela pergunta curiosa._Estou indo até o quarto do Sr. Albert a pedido dele._Respondo passando por ela.Bato na porta do quarto dele e logo ele abre. Entro rapidamente para não ser vista por mais ninguém.Justifico minha demora a ele no momento que vou entrando.Ele fecha a porta, aproxima-se de mim e me beija. Logo me solta._Você precisa dizer o que quer que eu prometa. Não sei se no próximo beijo eu me controlo._Ele puxa-me pra cama._Diz, SamyraFico tentando buscar
×Albert×Pelo que percebi, a Samyra saiu do meu quarto fumegando. Jogo-me na cama bufando prolongamente. Por que as mulheres tem que ser assim, hein? Tem essa mania louca de querer dar nome a tudo. Se está rolando algo, tem que ser namoro. Se já faz tempo que está junto, tem que noivar. Urgh!Me direciono até a janela do meu quarto e vejo uma silhueta de alguém no jardim. Melhorando mais a minha visão, vejo que é a Samyra. Ela está com as mãos estendidas para o céu._Estranho._Sussurro.Não demora nada e ela cai no chão. Nesse momento eu pulo a janela e vou ao seu encontro na minha velocidade vampírica. Ela está muito pálida e fria. Parece até que está morta. Encosto o ouvido no seu peito e não ouço os batimentos do seu coração._Ei, não morre._Faço massagem cardíaca nela._Por favor, não morre.Quando uma ideia louca passou pela minha cabeça e eu estava prestes a colocá-la e
× A carta ×Querido Albert, perdão. Perdão, perdão pelas coisas que revelarei nessa carta. Assumo de imediato que fui fraca em não estar dizendo tais coisas na sua frente, mas você me desarma. Eu não consigo ser a Samyra pentelha e corajosa quando<
×Albert×Encontro Bryan e Soraya conversando na sala. Eles se calam ao sentir a minha presença._Alguma notícia da Samyra?_Bryan pergunta ao me ver._Iria perguntar a mesma coisa._Digo estranhando a sua expressão._Nenhuma notícia?_Nada._Soraya responde._Seu tio que tinha comunicação com o hospital. Deve ter o número de lá no escritório dele.Assinto e caminho em direção ao escritório do Inácio. Procuro em cima do gabinete, mas não acho nada. Abro a primeira gaveta e nada. Ao abrir a segunda, deparo-me com um papel estranho contendo meu nome.Sento na cadeira e começo a lê-lo. Meu cérebro recusa-se a acreditar no que meus olhos leem. Não é possível que o tio Inácio juntamente com meu pai tenha feito isso. Contrato de casamento com uma vampira da família Valdemont?Deixo o papel no mesmo local e acho na mesma gaveta a agenda telefônica. Disco o número no telef
×Salim/Samyra× (Agora que tudo vai começar)Abro os olhos lentamente piscando algumas vezes pra me acostumar com a escuridão do ambiente. Logo uma luz é acesa e isso prejudica um pouco minha visão._Vejo que despertou._Uma mulher madura aparece no meu campo de visão._Bem vinda, Salim. Estávamos à sua espera.Levanto-me e sento na grande pedra em que eu estava deitada Parece um tipo de altar de sacrifícios. Conheço bem pois na época em que fui viva se usava muito._Quem é você?_Falo desconfiada._Foi você que me invocou?Levanto e chego perto dela. Seus olhos são cor de mel e sua aparência parece muito vulgar para sua idade._Eu s