Renato levantou a cortina e, com Fabiana ao seu lado, foram em direção a porta silenciosamente. Seus passos quase inaudíveis, e lá fora, também não havia nenhum som.Depois de esperar um momento, ele abriu a porta e se escondeu rapidamente atrás dela, certificando-se de que não havia movimento. Só então ele se inclinou para fora e deu uma rápida olhada.Em um instante, seu sangue congelou.À frente, as lanternas do corredor iluminavam os degraus, onde estavam caídos três cadáveres. Eram as servas que acompanhavam Fabiana, todas elas com a garganta cortada, sem tempo sequer para gritar.O sangue escorria pelos degraus de pedra, tingindo-os de vermelho.Renato imediatamente pensou no massacre da família Sonata e exclamou:— Pai, mãe...Ele estava prestes a correr para fora, mas foi detido pela Fabiana.Fabiana estava pálida, os lábios tremendo ao falar:— Acho que... Acho que eles vieram atrás de mim.Renato imediatamente compreendeu, era possível que fossem espiões da região Caleste bus
Sarah ainda não tinha reagido quando viu os homens de preto invadirem a casa com espadas em mãos, as lâminas já ensanguentadas, claramente tendo matado algumas pessoas pelo caminho.Ela gritou, se virou e bateu com força na porta, implorando:— Fabiana, abra a porta, abra a porta!Eugênia e Acira estavam protegendo Sarah, tremendo como folhas ao vento. Acira falou:— Não se aproxi...Um dos homens de preto passou a espada pelas suas gargantas, elas sentiram um frio no pescoço, o sangue espirrou e começou a jorrar.Com um único golpe, suas gargantas foram cortadas, sem tempo de emitir um som, e caíram no chão.Sarah, aterrorizada, caiu no chão, tapando os ouvidos com as mãos e gritando desesperadamente:— Socorro! Socorro!A espada do homem de preto já estava estendida em direção a Sarah, mas Renato, saltando pelo ar, deu um chute que o fez ser lançado para longe. Ele imediatamente se posicionou ao lado da Sarah com sua espada em punho.— Entre e se esconda! — Renato, com a sensação de
Os dois lutavam de maneira desordenada, mas logo foram derrotados, com sangue espirrando por todo lado.Os assassinos não estavam interessados em prolongar a luta. Um deles lidou com Horácio e seus dois filhos, enquanto os outros três atacaram Fabiana com lâminas afiadas, mirando seu peito. Fabiana, em pânico, rapidamente largou a espada e puxou Renato para se colocar à frente dela.— Não! — A Sra. Guerra e Sarah gritaram em uníssono, ao verem a cena.Renato jamais imaginou que Fabiana faria isso. Ele estava ferido, e Fabiana segurava firmemente seus dois braços, o que o impediu de reagir ou até mesmo levantar a espada para se defender. Ele apenas pôde observar, impotente, enquanto os três assassinos se aproximavam com as lâminas, prestes a cravá-las em seu coração.Todos estavam paralisados, sem saber como intervir, e a Sra. Guerra não ousou olhar, temendo ver seu filho morrer nas mãos dos assassinos.No momento crítico, um som cortou o ar, e uma lança voou do alto, atingindo as espad
— Você está louca! — Horácio estava furioso. — Eles já estão amarrados! Como podemos garantir que não vai ter mais problemas se não levarmos esses assassinos ao Órgão Judicial para interrogar e descobrir quem os enviou?Fabiana levantou a cabeça e seus olhos se encontraram com os de Bianca, que estava no ar.Seus olhos eram complexos e venenosos. Ela cerrou os dentes e disse:— Sendo uma mulher abandonada pela Casa do General, você tem alguma qualificação para voltar aqui?Bianca olhou para ela, com o rosto coberto de sangue, e franziu a testa.— Você acha que eles são espiões da região Caleste? Que estúpida.O rosto de Fabiana mudou ligeiramente, e seus olhos ficaram ainda mais venenosos.Na verdade, ela temia que fossem espiões da região Caleste. Se fossem interrogados pela Prefeitura da Capital sob tortura, certamente revelariam informações sobre a cidade L. Ela ainda se agarrava à esperança, já que o Imperador ainda não havia feito nada.No entanto, se essa questão fosse descoberta
O tapa fez a cabeça da Fabiana se inclinar para o lado.Ela cerrou os dentes, mas não revidou, apenas continuou a tratar dos seus ferimentos.Sarah se virou para Pedro, enxugou as lágrimas e falou em voz alta:— Sr. Pedro, foi ela! Os assassinos vieram por causa dela, ela se trancou na casa e empurrou a mim e as minhas servas para fora. Foi ela quem fez com que elas morressem! Além disso, os assassinos foram derrotados e amarrados pela Bianca, mas ela ficou louca e matou todos eles! Por favor, Sr. Pedro, faça justiça para mim!Pedro olhou para Fabiana, mas antes que pudesse falar algo, Fabiana disse friamente:— Eles invadiram a Casa do General, mataram os guardas e as servas, e eu ainda tenho que deixá-los vivos? Não seria deixar um risco futuro?Pedro inspecionou os corpos dos assassinos e não ficou satisfeito com a resposta de Fabiana, dizendo:— Eles tiveram os tendões das mãos e pés cortados, os pontos de energia interna deles foram danificados, além de estarem amarrados. Onde est
Logo, o pessoal da Prefeitura da Capital também chegou. Horácio conversou com eles e, junto com Pedro, da Guarda da Capital, combinaram que os corpos dos assassinos seriam levados pelo pessoal da Prefeitura.Já que o caso foi entregue às autoridades, o testemunho se tornou crucial. As perguntas que Pedro havia feito antes precisavam agora ser repetidas pelo pessoal da Prefeitura da Capital.Para evitar ter que responder, Fabiana fingiu desmaiar por causa dos ferimentos graves e foi carregada de volta para seu quarto.Todos começaram a cuidar dos assuntos dela.Depois de responder a todas as perguntas, Renato também desmaiou de exaustão. Sarah ordenou que o levassem para descansar em uma das camas do Lar da Sorte.Lovane, ao saber que Bianca foi quem salvou todos naquela noite, perdeu a paciência com a situação. Embora sempre evitasse se envolver nos assuntos da família da cunhada, foi direto até a Sra. Guerra e a questionou rispidamente:— Como vocês tratavam ela antes, hein? Hoje ela
Bianca se lembrou de Kevin, o terceiro filho do imperador da região Caleste, a quem ela havia visto nos arredores da cidade de Mash. Ele era agora o herdeiro imperial, e nutria um ódio profundo pelos habitantes do reino S.Se um dia ele subisse ao trono, a situação daquilo que aconteceu na cidade L se tornaria extremamente delicada.Bianca sentia pena do avô Adauto. Já tinha passado dos sessenta, mas ainda guardava a Fortaleza de Letuch, sem poder voltar à capital para desfrutar da velhice.Um general comum, com essa idade, já teria se aposentado.Ela entendia a intenção do Imperador Zuquim de promover oficiais mais jovens, mas nos últimos anos, realmente havia poucos que estivessem à altura da responsabilidade.Ainda por cima, o Imperador havia retirado o comando militar de Isaac, um general que fazia a região Caleste e o reino A tremerem ao ouvir seu nome. Se ele ainda tivesse autoridade sobre as tropas, com certeza manteria as fronteiras sob controle.Agora, em tempos de paz, coloca
No Lar da Sorte, um recorte de papel colado nas grades da janela estava sendo refletido pela lâmpada à óleo pendurado no corredor, projetando-se como uma besta gigante nas paredes internas da casa.Bianca Sonata estava sentada em uma cadeira de encosto redondo feita de madeira de pau-rosa, com as mãos cruzadas à sua frente. As roupas de cores neutras envolviam seu corpo magro. Ela olhava para a pessoa à sua frente, ele era o seu marido recém-casado que ela esperou por um ano.Renato Guerra ainda vestia sua armadura desgastada, exalando uma aura majestosa. Havia um traço de remorso misturado com determinação em seu rosto bonito. Ele disse:– Bianca, o decreto de casamento já foi emitido. De qualquer forma, a Fabiana vai vir para nossa casa.As mãos de Bianca permaneceram cruzadas à sua frente, seus olhos não revelavam suas emoções. Ela perguntou, confusa:– A Imperatriz-Mãe disse uma vez que a General Fabiana é o exemplo para todas as mulheres do mundo. Ela estaria mesmo disposta a ser