Após três rodadas de bebida, Hélio também se levantou para brindar com os discípulos da Seita dos Mil Saberes. Mesmo se Hélio não estivesse presente e fosse apenas um Lorenzo ali, quando se levantassem para brindar, fariam com que até o Primeiro-Ministro se levantasse para retribuir.Aquele casamento foi inicialmente assegurado pelo Tutor-Sênior Castro, então Hélio brindou três vezes ao Tutor-Sênior. Ele bebeu, enquanto o Tutor-Sênior apenas tomou um gole, mantendo as aparências e cuidando da saúde, já que não poderia beber muito.Bianca observou os membros da Seita dos Mil Saberes se levantando para brindar, e seus olhos imediatamente se encheram de lágrimas. Eles estavam, sem dúvida, apoiando ela. Mesmo que o evento estivesse acontecendo na Casa do Príncipe, eles queriam deixar claro para todos que aquele também seria, no futuro, o espaço dela, Bianca Sonata, a discípula da Seita dos Mil Saberes.Embora não fosse comum em famílias nobres que os convidados brindassem daquela forma,
Soraia, ao lado, riu e disse:– Mãe, isso não vai dar certo. Se a Bianca perguntar e culpar a Consorte-Mãe, isso não seria... Aiai, vamos parar de falar disso, a Consorte-Mãe não ousaria.Basicamente, Paola estava sendo completamente controlada por essa dupla de mãe e filha. Ela era “ingênua” de uma maneira um tanto aterrorizante e particularmente suscetível à incitação.Ela respondeu imediatamente:– São apenas algumas pérolas negras, não é? Ela realmente ousaria ficar brava comigo por elas?Apenas um momento atrás, Paola estava preocupada que, com o apoio poderoso por trás da Bianca, ela não conseguiria se estabelecer como a sogra, mas agora, com apenas algumas palavras, já se achava muito capaz, super capaz, extremamente capaz.Ela se levantou imediatamente, ergueu o queixo, levou a Dama Almira e se dirigiu para o salão lateral.Naquele momento, do lado de fora, as pessoas estavam desfrutando da festa e fazendo brindes, com apenas alguns guardas vigiando o enxoval. Afinal, os convid
Ele também não disse nada, afinal, hoje era o grande dia do Príncipe, qualquer assunto teria que ser adiado.Mas Arthur suspirou. “O que a Consorte-Mãe está pensando? Como pode pegar o enxoval de sua nora e dar a outra pessoa? Uma pessoa normal faria algo assim?”Ele realmente não entendia como uma pessoa tão “ingênua” como a Consorte-Mãe poderia ter dado à luz um filho tão inteligente e perspicaz como o príncipe.Bianca apenas brindou por uma volta, e Isaac a acompanhou de volta ao novo quarto. Como o noivo, não poderia ser devolvido a ela tão cedo, então ele teria que sair novamente.Bianca foi levada de volta por ele, segurando sua mão. Enquanto o via sair, ainda sentia o calor de sua palma.A lareira do quarto crepitava, era realmente aconchegante, aquecendo até o coração.Afinal, o coração não escolhia a quem amar, ela tentava controlar seu próprio coração, mas só podia assistir enquanto ele mergulhava nos olhos gentis de Isaac.A Dona Leda entrou, chamando Pérola e as outras serv
A Dona Leda começou a aplicar o bálsamo na outra mão dela, abaixando os olhos para esconder a tristeza em seu olhar enquanto falava:– Quando você voltou e foi pedida em casamento, houve uma grande quantidade de pretendentes, incontáveis nobres e membros da alta sociedade vieram.Bianca assentiu:– Eu sei sobre isso.– Sim, mas tem algo que você não sabe. Naquela época, você ainda não havia retornado da Montanha Merinda. – A Dona Leda suavemente massageou o bálsamo, suspirando. – Naquela época, quando a notícia de que o duque e os jovens senhores perderam a vida chegou a capital, como poderia não ter um comandante-chefe na frente de batalha? Então o Príncipe de Bermines foi nomeado como comandante-chefe para recuperar a fronteira do Sul.Bianca retirou a mão, passando a massagear ela mesma. Ela abaixou o olhar, com lágrimas nos cílios.– Eu sei disso tudo, Dona Leda, não precisa falar.Falar sobre o pai e os irmãos a deixava muito abalada.– Deixa eu terminar. – A Dona Leda segurou as
Logo após a Dona Leda terminar de falar, uma serva entrou com uma tigela de macarrão com sopa.Bianca estava com fome antes, mas ao ver a fumaça subindo da tigela de macarrão, ela perdeu a vontade de comer.Com gentileza, a Dona Leda disse:– Coma, senhorita. A sua mãe, lá nos céus, com certeza vai ficar muito feliz por te ver se casando com o Príncipe, eu garanto.Bianca segurou a tigela de macarrão, lágrimas caindo na sopa. Soluçando, ela disse:– Esta coroa é realmente pesada, está me machucando o pescoço, está doendo tanto que estou até chorando.A Dona Leda enxugou as lágrimas dela. Ela tinha que segurar as próprias lágrimas para não chorar, mas uma noiva recém-casada podia chorar um pouco, era aceitável.– Minha menina tola, coma o macarrão e depois tire a coroa, troque de roupa, tome um banho. Esta noite lá fora está muito animada, é provável que o Príncipe não retorne ao Lar das Ameixeiras antes da meia-noite.Bianca deu algumas garfadas no macarrão, soluçando, sua voz já estav
Para o casamento, ela fez muitas roupas novas.Além dos presentes de noivado da Casa do Príncipe, havia muitos tecidos de seda e cetim.Dentro de seus baús, havia pilhas de roupas para todas as estações, de cores variadas e com bordados requintados.As peles de raposa e as capas de inverno foram guardadas separadamente em um baú.Olhando para todos os presentes de noivado e enxoval, ela sentiu que tinha material suficiente para vestir durante toda a vida.Mas as roupas que ela estava usando e as poucas que organizou no armário eram as que ela usaria nos próximos dias. As cores eram vibrantes, mas não vulgares.Além disso, na verdade, ela se adequava muito bem a roupas na tonalidade vermelha.Especialmente o conjunto roxo-vermelho que ela usava naquele momento. Não era um roxo profundo, mas um tom de roxo com um toque de vermelho intenso, que realçava sua pele clara e complementava seu nevo vermelho.O manto de cetim era incrivelmente leve e macio, brilhando em camadas.Apenas estava um
Pérola assentiu e correu para providenciar água quente para que o jovem senhorio pudesse lavar o rosto e as mãos novamente.Bianca o colocou em uma poltrona, e assim que terminou, Pérola voltou e disse:– O Príncipe foi forçado a beber pelo mestre e os outros. Zé Forte disse que ele não podia recusar e acabou bebendo muito, junto com membros de outras seitas, eles beberam licor de pessegueiro.Bianca franziu a testa, estranhando:– O mestre mandou que os outros o forçassem a beber?Era uma verdadeira intimidação. Com tantos membros das seitas presentes, se cada um oferecesse uma taça, ele poderia acabar com intoxicação alcóolica e vomitando sangue.– Sim, ele bebeu muito. Mas me lembro que o licor de pessegueiro da Seita da Velha Lua era bem suave, por que parece tão forte dessa vez?– Deve ser porque foi o mestre quem fez esses licores, não são os mesmos que a Seita da Velha Lua me deram como enxoval.Bianca olhou para o rosto vermelho de Isaac e percebeu que naquela noite o vinho da
No Lar da Sorte, um recorte de papel colado nas grades da janela estava sendo refletido pela lâmpada à óleo pendurado no corredor, projetando-se como uma besta gigante nas paredes internas da casa.Bianca Sonata estava sentada em uma cadeira de encosto redondo feita de madeira de pau-rosa, com as mãos cruzadas à sua frente. As roupas de cores neutras envolviam seu corpo magro. Ela olhava para a pessoa à sua frente, ele era o seu marido recém-casado que ela esperou por um ano.Renato Guerra ainda vestia sua armadura desgastada, exalando uma aura majestosa. Havia um traço de remorso misturado com determinação em seu rosto bonito. Ele disse:– Bianca, o decreto de casamento já foi emitido. De qualquer forma, a Fabiana vai vir para nossa casa.As mãos de Bianca permaneceram cruzadas à sua frente, seus olhos não revelavam suas emoções. Ela perguntou, confusa:– A Imperatriz-Mãe disse uma vez que a General Fabiana é o exemplo para todas as mulheres do mundo. Ela estaria mesmo disposta a ser