Clemência
Ela era a moça mais bela daquela região, interior de Minas Gerais, seus pais, gerenciavam terras para latifundiários, que iam de ramos agrícolas e pecuários, década de setenta, ela terminara o estudo com muito labor, se deslocando de carro com seu irmão, que seguia os mesmos passos de seu pai, se especializava em gestão latifundiárias, tiveram estudos, eram de uma família provinda de São Paulo, a capital, o pai estudou agronomia, a mãe do casal, formara em matemática, ambos faziam as tarefas juntamente, a família, trabalhava em equipe, em nível profissional, porém Clemência, queria romper esse paradigma.
- Ovelha negra!
Rotulava seus genitores, pois não desejava seguir o caminho que os seus pais o escolheram, mas sim o caminho que ela queria escolher, queria cursar uma faculdade, seu pai prometera, que custearia em São Paulo, mas teria que retornar aos serviços da família, eles desejavam um curso voltado ao campo, a zona rural, ela queria fazer medicina, tentaria no Rio de Janeiro, irá fugir daqui quinze dias, se tornou maior de idade dois meses atrás, conseguiu toda documentação necessária, e sempre juntou dinheiro para realizar este seu sonho.
Porém ela percebia as barreiras iniciais, para realizar esse sonho.
Chegado o dia da fuga, mais cedo ela chegou com um cavalo, os seus pais, pensaram que ela estava tomando gosto pelo pesar da família, amarrou o animal próximo a uma árvore, anoiteceu, todos adormeceram, ela sorrateiramente pula a janela, pega as bolsas, ajeita no cavalo, e sai andando com o cavalo até chegar em um ponto distante e começa a trotar, ela ia no meio da escuridão, com pontos de luzes aqui ou ali, em busca do seu sonho, pegaria o ônibus as cinco horas da manhã, notariam a ausência, mas até começar sentir falta, já estará no Rio.
Ela procurou em guias de estudantes vagas para as faculdades, tinha um, que aceitava através de exame de eficiência, se as áreas das provas respondidas, forem destinados a vaga será direcionado para determinado curso, completou com outro guia, sobre o peso de cada profissão e suas disciplinas, ela sabia dividir o tempo dos estudos, com o tempo do trabalho.
Partia em rumo de amor, o amor do seu sonho ser realizado, chegou no terminal rodoviário, seu coração aflito, seu corpo trêmulo, ultrapassou a roleta, conferiram a passagem, o ônibus, partiu, ela sorria alegremente, não foi covardia abandonar seus pais, falava algo maior dentro de si, o desejo de não ficar limitado, a um lugar pacato, sempre destacou-se com as melhores notas, desde que crescera, se sentia, limitada, eram cavalos, plantações, gados, contabilidade, mas sentia grata, fora através dessa empreitada que conseguiu dinheiro, para se abarcar nessa aventura, em pleno movimento hippie da anti cultura, onde romper os conceitos sociais, era se expressar livremente, pela as amarras do sistema, um hippie senta ao lado dela, olha alegremente e com um olhar calmo e gentil, sua namorada senta na outra extremidade, juntos com dois filhos, exceto os homens, todos com roupas de cores ornamentadas em flores, Clemência se apaixona por aquela expressão da personalidade, pelo estilo de vida, e ao meio da caminho, aparecem, mais e mais, ao saltar no Rio de Janeiro, uma fumaça densa deixa a alegre, cultivava esse mato escondido de seus familiares, não tinha levado para a capital, resolvera fumar, com alguém deles, escolhe o mais boa pinta e que não esteja acompanhada, conhece o Folha, garoto de vinte dois anos, que cursava medicina, deixou o curso para poder rodar o mundo, afirma que a vida é única, que sim, que tem muitas pessoas que fazem o serviço social, mas ficar estagnado em um escritório ou consultório, essa não é uma vida adequada, irei rodar o mundo até cansar, e até onde Deus permitir, Clemência, se apaixona pelos argumentos de Folha, dão boa risadas, Folha percebe a beleza e pureza da moça, morena, de corpos desenhado, com quadril belo, pernas sedutoras, seios elegantes, lábios apetitosos, olhos castanhos escuros, não resisti a beija, ela a corresponde.
Aderiu ao movimento hippie, partiu no itinerante com Folha, seu leal porra louca, aprendera a gíria, viagens astrais, o sonho de medicina, ficaria para outra hora, quando se tornasse coroa, existe muitos tipos de sobreviver, existir, viver, prezar pela forma que vivemos, que é importante, aproveitar a vida, curta como ela é, não se apegando a conceitos banais, ela falava essas palavras para Folha, que ria apaixonado, meses se passaram, o Brasa conseguiu um pedaço de Terra para o pessoal, plantar, colher, se alimentar, todos mudaram para o sítio, seu pai doou o sítio para Adriel Gomes, vulgo Brasa, chamou toda a Turma.
Clemência, ao entrar naquele sítio se vê retornando a um velho karma referente ao universo e a pluralidade das existências, o que seria aquilo em sua vida, perguntava-se.
Todos fizeram um bom trabalho no campo, conseguia provimentos alimentícios para a turma, ainda comercializava, na feira, frutos, verduras e legumes, de boa qualidade, plantaram um pé de fumo também, maconha, porém esses eles fumavam antes de estar pronto para colher.
A vida ia bem, mas Clemência, se viu também presa aquela rotina, de se chapar, cuidar da Terra, coisa que fazia antigamente, sua menstruação estava atrasada quase três meses, tem certeza que está grávida, decide fugir do grupo, fugir novamente daquela rotina que submetia, beijou folha desesperadamente, fizeram amor, e ela partiu, saiu andando, pegou carona, o sonho de se tornar médica ainda era latente, tinha uma grana ainda, com muito sacrifício conseguiu até mais, se matriculou no exame de eficiência, estava um bom tempo sem estudar, porém não sentiu dificuldade a realizar o teste, pediram para esperar um prazo de quinze dias, era procurou uma hospedagem, um médico que confirmou sua gravidez, ela seria mãe solteira, em uma sociedade, em que as mulheres estavam começando a ter sua localidade, começavam a queimar os biquinis, depois de milênios de cultura de uma sociedade patriarcal, Clemência, contribuíra para essa história, se tornou médica pediátrica, teve ascensão financeira, vez ou outra, leva seu filho para passear nas terras de seus pais, a família se alegrou ao ver a ascensão financeira da filha, e estar bem aparentemente, porém, ela estava feliz?
Elizabete
Elizabete, década de noventa, uma conhecida sua, ofereceu serviço, uma criança estava preste a nascer, uma criança já ungida no ventre da mãe, que seria herdeiro do saber Divino, um guerreiro para Cristo, que entre as nações, iria prevalecer o amor e a Graça reinará, Nete como se era conhecida, tornou-se a segunda mãe, dessa criança, a mãe ocupava o cargo de professora, se dividia, entre a manhã, a tarde, e as vezes a noite, a inestimável Nete, mulher gentil, cordial, sincera, honesta, fazia o capricho daquele garoto, que nutria um forte sentimento de emoção, os anos foram se passando, ela ficou nessa casa, trabalhando como secretária do lar por um bom tempo.
Presenciou o menino sendo alfabetizado, trocando o gosto de desenhos por filmes, enfim o menino cresceu, como Nete também teve uma filha e outra, decidiu seguir sua jornada, hoje se tornou saudade, mulher afetuosa, aquela que cuidara das crianças, hoje se tornaram a semente de Deus, o menino, andou por caminho tortuosos, desviou, conhecia a palavra do Senhor, mas antes de adentrar no caminho das trevas, teve um pensamento, antes de partir para a escuridão, pediu: “- Senhor ilumine por ondes passar”, a menina vive reversa entre si, e dilemas existenciais, se tornaram vitorioso, pela santa profecia, que ergueu no terceiro Céu, a imagem no subconsciente, da população que presenciava no nascimento de um Arcanjo, que veio destronar as forças maléficas, hoje na paz suprema do Senhor, encontrou seu verdadeiro caminho, aquele que ele sempre se seguiu.
Elizabete, talvez notou alguns pontos em comum, sobre a evolução angelical, mas deixou, percebe-se, seguiu sua vida, as vezes retorna para visitar, o ex-patrões e aquela que fora sua família há anos.
IsadoraProfessora rígida, doutrinou muitos amigos queridos, inclusive também fora doutrinada por ela, no primário, ainda quando começava a compreender o que era o mundo, dava meus primeiros passos na jornada humana, Isadora, tinha o dom da explicação complicada de fração, multiplicação, regras da língua portuguesa, que todos aprendiam, pertence a realeza das professoras, ela se apaixonou pela educação, fez um caso de amor e fomentar o conhecimento em seus alunos, era o prazer, que fazia em seu trabalho, que parecia ser hobby.
Alfabetizadora
Entre as palavras das eternas professoras, a que ensinaste a criança, ler e escrever essa és digna do amor puro de Cristo, abre o caminho que tem que percorrer, em sua jornada humana, verdadeiras guerreiras da educação, ao qual entra em desuso, em impropérios, débitos clandestinos, mas também são as vencedoras, da batalha, daqueles que muito julgam ser sofredores, mas quem eis os humanos para julgar o futuro de uma criança?
Aquela que ensina a criança a ler, tem a recompensa no Amor divino, é apta a colher as mais belas flores, reconhece os espinhos de seus alunos, futuros, doutores, engenheiros, médicos, artistas, músicos, escritores e professores porque não?
HumbertoEle plantava feijão, tinha uma lavoura, herdou do seu pai as terras, manteve a cultura no local, tinha os mais diversos tipos de feijões, fradinho, carioca, preto, a lista era grande, produzia vários tipos, com ótimo preço, era a dona de casa, que passava na quitanda do Beto, para comprar um litro de feijão tropeiro, para acompanhar no churrasco do título do time do seu marido, era outra dona de casa, que comprava feijão preto, para preparar aquela feijoada, para as amigas e os amigos do casal, na bebedeira de sábado, Beto era um cara simpático de boa aparência, espera dois filhos, com a mulher que sempre foi sua companheira, homem fiel, batalhador, do campo, as mulheres de hoje em dia, talvez não possuam o olhar voltado para a qualidade que Beto tinha, mas uma coisa seja dita, o feijão, a comida, nunca faltou na casa de Beto.Clóvis
Joana, era uma menina tímida, vivia com seus pais, contribuía com as despesas familiares, tão corriqueiras, já iria fazer seus vinte e seis anos, muito tempo, a espera de um amor, que a fizesse, sair daquele círculo familiar, década de oitenta, as mulheres estavam se libertando da tirania matriarcal, conquistou direitos, assim como aqueles desprovidos de capital, um tormento, a essência que da continuidade a raça humana, ser dita com submissa ao homem, tola tradição, passou pela banca de jornal, viviam-se tempos de tiranias, não podia-se pronunciar, assuntos políticos ao leu, opressão, a sociedade caminhava paralela a diversas doutrinas, comunismo, capitalismo, militarismo, tiranias, um jovem atraente, percebe a presença da doce Joana, entrega um livro, com o nome Despertar, acha aquele fato intrigante, percebe a cada momento, mais assuntos que envolvia, naquela banca de jornal, no tempo
Anos sombrios para aquele nobre adolescente, não satisfazia de nenhuma forma o discurso da burguesia de sua localidade, eram todos infiéis, promiscuo pela conduta de ter capital, se prostituía, faziam a todos se prostituir, a província não teve muito avanço, da mesma forma como a nação não ocorreu avanços, pelo contrário, o quilo do alimento está mais caro, o dólar em alta, o trabalhador sofrendo todos os tipos de degradação para levar o pão a sua família, mas ele passava irrequieto, elaborava planos e mais planos, para invadir o parlamento e se fazer o senhor que prevalecia as opiniões.Cursava o segundo ano do ensino médio, gostaria de saber, qual futuro escolher, se destacava na área de computação seu sonho era aprender linguagem de programação, vislumbrava futuro naquele projeto, sonhos iam tomando formas.<
A DeusaEla era a sintonia, a frequência que interligava o espirito recém criado, então elaborado por Deus, o plano material e espiritual, ambos viviam a eternidade de formas juntas, se ajudavam um ao outro, elaboram a raça humana, assim como outras raças, aves, peixes, repteis, raça com racionalidade, até então não descoberta pelo os humanos, foram o responsável, pelo dote da intelectualidade, a supremacia de Deus, a razão ela flertou com a emoção.Ele chamava a ela, novamente.- Minha Deusa.Fazia uma alusão, ao flerte de toda inspiração e criatividade, que aquele corpo envolvente despertara nele, o saber, adentrou na arte, ela também se mostrara um artista, porém não prosseguiu o caminho, ele timidamente, mostrava alguns poemas, e era repreendido quando tentava novamente aproximar dela, tocar seus lábios, longe daqu
A Intelectual, parte IJulian Noberto, encontrava-se no ápice de sua vida, sua vida amorosa, estava indo a mil maravilhas, conseguia conquistar mulheres em pouco tempo de conversa, com cantadas consecutivas, uma atrás da outra, ele era da verdade, porém desconhecia o verdadeiro amor, aquele amor de persuadir a vivência, que nos deixa calado perante a sociedade, que encanta quando irradia-se perante o ser amado, ele conquistava as mulheres, por necessidade física, gostava de beijos, quentes e molhados.Esse ano específico era de grandes modificações nos paradigmas sociais, o mundo vivia com a profecia da última era, mergulharia em um período obscuro, já diziam a civilização antiga.O Frenesi da era moderna, tirava de letra, acadêmico, calava de doutores a mestre, com o pouco conhecimento que digeria nas noites de insônia, era boêmio, frequentava o gueto, as
Rompimento, parte IAs palavras ficaram soltas no ar, talvez, talvez nos uniríamos de novo? Mas o modernismo esfregava a sensualidade, a solidão é um peso igualmente uma cruz, a cultura ocidental acostumou-se com a monogamia e ao preconceito de escolhas sexuais fora dos padrões, submetia a mulher as tarefas árduas, era desiguais, na verdade todos eram desonestos, mas Ricardo havia sido totalmente honesta com ela, falava de tudo e mais um pouco, compartilhava planos, igualmente abria seus sonhos, igualmente ao de estar pelado na faculdade, essa sensação descobrira depois que brotou a sequência das relações, ela não dirigia mais as palavras, Lisa, não acreditou na convergência das artes, de uma profecia, que anunciava dois amantes, porém esses não eram os planos de Cristo.O rompimento fora trágico, ele estava em uma floresta perdido, saír
Roberta vestia sua roupa, depois de se banhar, cheirava as flores do campo, aquelas imensas flores, que contamina nosso olfato, percebendo que somos criaturas e tudo é designado em prol do Criador, Roger, sentira o perfume de sua esposa pela ultima vez, ela guardava um segredo, se correspondia com um rapaz, a mesma contava sobre suas frustrações na vida de casada, a traição do marido, ela queria romper aquele elo, que tinha com ele, pôr um ponto final, ela retornou a casa de seus pais, igualmente quando saiu trinta anos atrás, era uma garota de dezessete anos, a família escolhera para ela o marido, logo em uma sociedade em que a mulher, estava lutando pelo seu espaço na sociedade, estava sendo vítima de uma famigerada família medieval.Ela contou pouco de Roger para o possível amante, alternava entre dois ou três paqueras virtual, a internet tinha muito disso, diversas possibilidades, pod
Nicolas, o servoAcordou, pensou ter vivido um pesadelo, ao seu lado uma companheira sádica, que torturava das piores formas possíveis no coito, psicologicamente, a qualquer instante, tudo ocasionou com a maneira de sobreviver facilmente, pelo seu belo porte atlético e sua invejável beleza, que um dos companheiros de turma o chamava de Narciso, ele espancou aquele menino, por pensar que fazia alguma referência homossexual, Nicolas nome de cartório, sempre se deu bem com as mulheres, percebeu que poderia ter o fácil sustento se conseguisse alguma mulher com muitos bens.Vênus como é conhecida, aos trinta e quatro anos estava solteira, não arrumara ninguém, os namorados que possuíam todos iam embora, não conseguia viver com aquela mulher perturbada, que amarrava os homens, e espetava seu escroto com agulhas quentes, essa era apenas a atrocidade inicial dela, ela sentia um prazer inde