Apesar de não dizer nada, Daniela admirava o estado de espírito de Melissa. Aquela garota... Praticamente se animava sozinha. Na hora do almoço, Daniela saiu da empresa junto com Michel Pires, o gerente do departamento financeiro. Michel foi direto para o hospital. Daniela o seguiu discretamente e, com seus próprios olhos, viu Michel entrar na ala de obstetrícia. O semblante de Daniela mudou ligeiramente. Michel tinha por volta de quarenta anos, era casado e tinha duas filhas gêmeas. Ela nunca tinha ouvido falar de uma segunda gravidez da esposa dele. Então... Um pensamento surgiu na cabeça de Daniela. Ela se aproximou cautelosamente do quarto. A porta do quarto estava bem isolada acusticamente. Ela não conseguiu ouvir nada.Daniela decidiu ir diretamente até o balcão de enfermagem: — Olá, o parceiro de negócios do meu chefe acabou de ter um filho, e meu chefe me pediu para vir dar os parabéns. Mas eu não sei o nome da esposa dele, só sei que ele se chama Mich
— Você é incrível! Daniela, como teve coragem de contratar um detetive particular para me seguir? Como você se atreve!?Daniela soltou um suspiro involuntário. O envelope de documentos foi rasgado, e algumas fotos surgiram diante dela. Ela baixou os olhos e espiou rapidamente. Eram imagens de José e Giovana entrando e saindo do apartamento. Não havia nada comprometedores, mas Daniela não sabia se isso se devia ao fato de que os dois eram bons em disfarçar ou se o detetive Ivan não havia se esforçado o suficiente.— Daniela! Responda-me! Você precisa me dar uma explicaçãoJosé estava extremamente irritado, pressionando o ombro de Daniela com força, fazendo-a sentir dor e mudar a expressão. Os olhos da Daniela ficaram vermelhos.Ela empurrou José com força e gritou: — José, fui eu quem fez isso! Fui eu quem contratou o detetive para investigar vocês! E daí? O que eu fiz de errado? Você é meu marido! Você sai com outra mulher e não posso sentir ciúmes?José ficou momentaneamente ato
Ela se lembrou de quando José, cheio de confiança, disse: "Dani, não importa se conseguirmos ou não o investimento, não importa se teremos sucesso ou não. Devemos sempre ser pessoas íntegras, agir com honestidade e nunca recorrer a truques ou a qualquer tipo de ilegalidade."Daniela cobriu o rosto com as mãos. Em que palavras se pode acreditar? Pois é! As pessoas mudaram completamente. Quanto mais uma promessa.José foi até a loja de chocolates preferida de Daniela, que ficava longe da Mansão Imperial. Ele voltou apressado na escuridão da noite. Daniela já estava profundamente adormecida. Carinhoso, José ficou de pé ao lado da cama e suspirou, impotente: — Minha preguiçosa. O sistema de ventilação do quarto estava um pouco frio. Ele ajeitou o cobertor sobre Daniela para mantê-la aquecida, beijou-a suavemente na testa e murmurou: — Dani, durma bem.No momento em que fechou a porta para sair, Daniela abriu os olhos e esfregou a testa com força. Sua pele delicada quase
Daniela achava que a conexão com Roberto estava realmente intensa ultimamente. Ela se esforçava para não olhar para ele. Vestindo um traje de cavalgada totalmente preto, sua figura esbelta e delicada era perfeitamente ajustada. Ela ficava parada, capturando a atenção de todos ao seu redor. Até António Moura, que estava ao lado de Roberto, não pôde deixar de lançar um olhar mais uma vez. Belezas eram como peixes no rio, mas aquelas que eram de tirar o fôlego eram realmente raras.Bruno se aproximou, com um sorriso relaxado e despretensioso. — Cavaleira experiente?Daniela, de maneira modesta, respondeu: — Apenas fiz algumas aulas de equitação. Bruno, naturalmente, não acreditou. A postura de Daniela, sua energia e o nível de habilidade que demonstrava certamente não eram resultado de apenas algumas aulas de equitação. No entanto, ele não fez mais perguntas. Aproximou-se de Daniela e, levantando a mão, a convidou: — Mais tarde, haverá uma corrida, gostaria que você me ajudas
Quando Daniela virou a cabeça, não conseguiu conter seu ressentimento e lançou um olhar penetrante para Roberto. Depois, dirigiu-se a Bruno, dizendo: — Sr. Bruno, o senhor não terminou o que estava dizendo.Bruno estava prestes a abrir a boca novamente, mas, nesse momento, um segurança entrou. — Sr. Roberto, a Srta. Sophia está lá fora pedindo para entrar.Srta. Sophia? Era Sophia. Roberto lembrou-se dela e, parecendo distante, respondeu: — Deixe-a entrar.Sophia não estava sozinha, trouxe suas amigas consigo. Ao entrarem, os olhos de Sophia estavam fixos apenas em Roberto. — Sr. Roberto, ouvi dizer que o senhor está aqui. Podemos usar a área de observação?Roberto apenas fez um som de confirmação. Sophia, alegre, puxou suas amigas para se sentarem. — Olá, Sr. Bruno! Olá, Dr. António!Daniela não disse nada.Agora, não deveria haver mais ninguém para incomodá-las, certo? Ela olhou para Bruno, que sorriu e apontou para a pista de corrida. — Daqui a meia hora, haverá uma corr
Estavam brigando…Bruno ficou repentinamente animado. — Já começaram a se agredir? Estão puxando cabelo?O rapaz que cuidava dos cavalos permaneceu em silêncio. Sem avisar, Roberto levantou-se, e António, ao lado dele, não esperava que ele fosse o primeiro a sair. Ele o seguiu de perto. Curiosamente, quem mais gostava de ver a confusão, Bruno, ficou para trás. Mas logo ele ultrapassou os outros, correndo em direção aos três.Ao chegarem à égua, os três avistaram Daniela agarrando os cabelos da amiga de Sophia e dando-lhe um tapa forte. Bruno levantou a mão, tocou o queixo e comentou:— Ela é como uma pimenta, bem explosiva.Sophia estava ao lado e tentou intervir. — Daniela, não seja impulsiva. Você pode ter se confundido com alguma coisa? A raiva de Daniela era evidente. Ela lançou um olhar ameaçador para Sophia. — Aguarde, depois eu vou cuidar de você.Sophia ficou sem palavras. Ao perceber Roberto ao seu lado, correu até ele, com os olhos vermelhos. — Sr. Roberto,
Roberto lançou um olhar despreocupado, mas afiado, para ele. Seu olhar era penetrante. Bruno imediatamente fez um gesto de silêncio para si mesmo.Eles não tinham muito contato com José, então, na cerimônia de casamento, quem compareceu foram principalmente os familiares mais velhos. Bruno se arrependeu profundamente.António percebeu algo sutil no ar e perguntou:— Será que a Sophia é a mulher daquela noite?Roberto permaneceu em silêncio. Aquilo foi quase uma confirmação. António pegou o pequeno bule e serviu um copo de água.— Sophia como sua esposa? Não acho que seja a escolha certa. — Comentou. Era muito simplória.Roberto estreitou os olhos, seu semblante estava perturbado e incerto. Apertando os lábios em uma linha fina, ele finalmente disse:— Farei o possível para compensá-la.Bruno bateu levemente com o martelinho que segurava na mão.— Chega disso. A competição feminina vai começar.António olhou na direção da pista. Roberto também ergueu o olhar. Na arena, vinte gar
Roberto tomou um atalho. Embora tivesse saído depois da equipe de segurança, ele corria muito mais rápido. Ele alcançou Daniela. O ombro esquerdo de Daniela estava esfolado, expondo sua pele alva e delicada, gravemente ferida. Ela estava se esforçando até o limite, agarrando o pescoço do cavalo com força, tentando subir de volta para continuar a competição. Tudo isso para garantir aquele contrato para a empresa de José. Ela estava arriscando a própria vida.Roberto xingou em silêncio, chamando-a de tola. Ele se posicionou ao lado de Daniela, tentando pegá-la para ajudá-la. Mas Daniela se esquivou. Roberto olhou para sua mão, que ficou no vazio, e sua voz soou abafada e sombria. Se não fosse o pedido de Bruno, ele nem se daria ao trabalho de olhar para alguém que estava correndo para a morte.— Me dá a mão. — Disse ele.— Não. Eu não posso perder.Não era só por causa do grande lucro que esse negócio traria para a empresa, o que seria considerado patrimônio conjugal e do qual