7. A proposta

ALESSANDRO

 

Cheguei ao escritório por volta das 7h30 da manhã e agora estou a caminho do café onde Eliza trabalha. Para ser honesto, estou meio nervoso e preocupado, tenho medo de que ela não concorde com a proposta repentina e, além disso, não começamos bem, mas sim com um soco na minha cara. Ugh, tanto faz, vou tentar mesmo assim porque não estou apenas ajudando a mim mesmo, mas também a empresa do meu pai.

 

Com isso em mente, peguei meu casaco e fui em direção ao café. Ao chegar o cheiro de café e torrada me atingiu e eu estava com fome de novo, mesmo tendo tomado café da manhã. Me desculpem sou um fanático por café e torradas. Quero dizer, quem consegue dizer não a comida saborosa? Definitivamente não eu.

 

Olhei ao redor do café e logo avistei a Eliza, que estava limpando uma mesa em um canto do café. Andei até ela, dei um leve tapinha em seus ombros, o que a fez pular assustada. Será que está devendo?

 

Ela se virou com um olhar penetrante e me viu parado na frente dela sem jeito, o que a fez franzir as sobrancelhas de um jeito fofo, como se perguntasse por que eu estava parado na frente dela.

 

 Honestamente, estou meio curioso e com medo de quais serão as reações dela. Porque ela meio que me assustou um pouco antes, devido ao seu soco que fez meu maxilar doer por pelo menos 2 dias, eu juro que ela é forte demais para uma mulher. Então eu respirei fundo antes de falar.

 

— Eu gostaria de falar com você sobre uma coisa, então eu queria saber se você poderia tirar uns 5 minutos para nós conversarmos.

 

Ela pareceu bastante chocada, mas rapidamente disfarçou com uma expressão neutra antes de murmurar um “ok”.

 

ELIZA

 

Fiquei um tanto chocada quando o Senhor Cara Mal-humorada veio ao café especialmente só para ter uma conversa comigo. Depois de concordar em ter uma conversa com ele, sinalizei para Cassie que faria uma pausa de 5 minutos e ela me deu um sinal de ok com a mão. Nós nos sentamos em um canto do café antes que ele começasse a falar. 

 

— Senhorita Collins, o que vou lhe perguntar agora é muito importante e espero que pense com cuidado antes de responder. — Assenti levemente com a cabeça para o que ele estava dizendo, mas isso já estava me assustando um pouco. — Vamos fazer um acordo. — Ele me lançou um olhar. Meus olhos dispararam de volta para ele.

 

— Acordo? Se envolve vender meu corpo, então não farei isso. — Eu brinquei dele enquanto ele apenas me encarava como se eu tivesse dito a coisa mais ridícula do mundo.

 

— Julgando pelo seu corpo, você não é meu tipo. — Ele murmurou baixinho enquanto eu o encarava friamente. Se olhares pudessem matar, ele estaria a dez palmos abaixo do solo agora. — Você gostaria de se casar comigo? — Parei por um momento antes de meus olhos se arregalarem em choque e minha boca se abrir.

 

— Espera. Isso é muita coisa para eu assimilar agora. Quer dizer, você não parece o tipo de cara que se apaixona à primeira vista, então estou meio chocada agora. Nós nem nos conhecemos bem e já vamos nos casar ou algo assim? Oh meu Deus. — Comecei a tagarelar ironicamente até que ele levantou a mão para me parar. 

 

— Você pode me ouvir primeiro antes de escrever um romance no seu pequeno cérebro? E só para sua informação, eu não sou o tipo de cara que se apaixona à primeira vista, então não se preocupe que eu vou gostar de você. — Eu quase corri para a cozinha para pegar uma faca afiada. Quanto tempo leva para uma pessoa morrer de raiva? Resposta: uma fração de segundo. — Eu fiz essa proposta porque tem um acionista na empresa do meu pai que queria retirar seus investimentos da empresa, mas ele não faria isso a menos que eu concordasse em me casar com sua filha, que é famosa por dirigir bêbada e não importa quais escândalos que as notícias tenham, ela sempre estará nele. E por causa disso, meus pais não têm descansado bem e meu pai tem pressão alta ultimamente. — Ele suspirou enquanto terminava sua frase. Meus ouvidos dispararam quando ouvi que o senhor Thomas estava se sentindo pior ao ouvir as notícias. Quero dizer, afinal, sua empresa estava em risco, então ele certamente estaria preocupado. 

 

— Então, para simplificar, se eu aceitar sua proposta, será mais como um casamento falso ou um casamento apenas nos papéis, porque você precisa salvar a empresa e a si mesmo desse casamento arranjado com esse parceiro de negócios? — Em vez de uma pergunta, soou mais como uma declaração. 

 

— Para completar, você será paga pelo casamento, quero dizer, afinal você está nos ajudando e merece. Além disso, falaremos mais sobre isso se você concordar com a proposta. Então, você tem alguma pergunta? — ele estava tentando observar minhas expressões, mas eu apenas coloquei uma cara vazia. 

 

— Hum... você gostaria de me dar um tempo para considerar isso? Porque eu preciso absorver tudo primeiro. — Ele assentiu relutantemente antes de acrescentar.

 

— Eu só posso te dar 2 dias porque aquele bastardo pode fazer algo mais louco antes disso, então eu espero que você considere isso adequadamente. Se não houver mais nada, eu vou embora agora. — Antes de sair, ele colocou seu cartão de visita na mesa de centro.

 

Murmurei um ok antes de ambos nos levantarmos e ele sair do café enquanto eu voltava a limpar as mesas no café. Cassie saiu do vestiário e rapidamente correu até mim para me importunar sobre o que eu e o Senhor Cara Mal-humorada tínhamos conversado. 

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