Aurora continuou:- Essa é a sua verdadeira personalidade, sempre colocando a si mesmo no centro, acostumado a dominar tudo, sendo autoritário, arrogante, egoísta e até um pouco obsessivo!As palavras de Aurora estavam cheias de ironia.Esse era o verdadeiro Bruno.Desde o início do casamento relâmpago, ele se comportava da mesma maneira. Mesmo que ele fingisse ser uma pessoa comum, sua personalidade já estava formada e não poderia ser mudada.Embora seu relacionamento tivesse se aquecido ao longo do tempo, eles tiveram algumas discussões e até mesmo guerras frias. Depois desses conflitos, a atitude autoritária e egocêntrica de Bruno diminuiu um pouco.Mas agora, ele mostrou seu verdadeiro eu novamente.Conviver com alguém como Bruno era muito difícil.Especialmente para uma mulher independente como Aurora. Quando ela entrava em conflito com um homem como Bruno, a briga só piorava e os conflitos se tornavam ainda maiores.Ele claramente queria acalmar Aurora, mas sempre acabava dizendo
Aurora saiu do quarto.Bruno seguiu atrás dela, em silêncio, sem ousar dizer uma palavra, apenas a acompanhando de perto.Ela desceu as escadas, ele desceu logo atrás.Ela saiu, ele também saiu.Afinal, agora ele era como a sombra dela.Aurora chegou à entrada da mansão e tentou abrir a porta, mas percebeu que estava trancada.Ela se virou, estendeu a mão na frente de Bruno e ordenou friamente:- Me dê as chaves!O mordomo tio Camilo, os guarda-costas e os empregados estavam observando de longe, ninguém se atrevia a se aproximar para aconselhar.Sra. Alves parecia furiosa.As palavras também foram geladas.E o jovem mestre deles agora era apenas uma sombra da Sra. Alves.Bruno tirou as chaves do bolso, mas em vez de entregá-las a Aurora, ele as jogou com força para fora, bem longe.Então, ele abriu as mãos e disse:- Eu não tenho mais as chaves.Aurora ficou ainda mais furiosa!Ela realmente queria agarrar a gola da roupa dele e bater nele com força.Aurora olhou para o tio Camilo e os
Aurora, irritada, frustrada e incapaz de sair da mansão, finalmente voltou para dentro da casa e se trancou em um dos quartos de hóspedes. Ela pensou em pedir ajuda à irmã ou a um amigo, pegou o celular e percebeu que ele já havia desligado automaticamente devido à falta de bateria.Aurora suspirou mentalmente: “Até o céu conspira contra mim!”Depois que Aurora se trancou no quarto, Bruno não a perturbou mais.Ele também estava procurando por ajuda.Como de costume, recorrendo a Paulo.Paulo tinha acabado de levar Stella de volta à livraria.Stella trouxe um carregador para carregar sua bicicleta elétrica.- Sr. Paulo, pergunte ao Bruno como ele está lidando com Aurora. - Disse Stella, preocupada com Aurora, que havia sido levada à força por Bruno.Paulo assentiu, dizendo:- Vou ligar agora mesmo para perguntar como eles estão.Embora ele tivesse dito isso, Paulo tinha um pressentimento ruim.Ele conhecia Bruno muito bem.Nesse assunto, Bruno provavelmente não conseguiria lidar bem.Is
Stella revirou os olhos, dizendo:- Eu entendo a Aurora melhor do que você, posso garantir que ela não faria isso. Deixe ela voltar.- Você não é ela, não posso confiar na sua garantia.Stella sentiu um espasmo em seus nervos.Bruno era como uma pedra, não importava o que ela dissesse, ele não conseguia ouvir uma palavra.Paulo pegou o celular de volta rapidamente e confortou Stella:- Não se importe com Bruno, ele está quase enlouquecendo agora. Ele nunca passou por algo assim, é normal que ele não saiba lidar com isso. Se você discutir com ele, quem vai ficar irritada é você.Stella abriu a boca, sem saber o que dizer.Normalmente, Bruno parecia maduro e estável. Embora sua expressão fosse séria, ele era bom em lidar com as coisas.Mas agora, ele estava mantendo Aurora presa ao seu lado, não permitindo que ela voltasse.- Bruno, como está Aurora agora? - Paulo perguntou com preocupação. - O que você fez com ela?- Eu... Eu não fiz nada com ela. Ela queria sair, eu tranquei a porta e
- Bruno, deixe eu me acalmar primeiro, quando eu pensar em uma boa solução, vou entrar em contato com você. Mas por favor, não faça mais nada que machuque a Aurora, caso contrário, vocês realmente não vão mais conseguir recuperar o seu coração nunca mais.Paulo ficou tão irritado com Bruno que só queria desligar o telefone rapidamente, para se acalmar e não soltar palavrões na frente da Stella. Ele tinha que se esforçar para manter sua boa imagem na frente dela.Com o exemplo de Bruno em mente, Paulo decidiu tratar Stella com sinceridade total, nunca mentindo ou enganando como Bruno costumava fazer com Aurora.Paulo não esperou pela resposta de Bruno e simplesmente encerrou a ligação.- Por que você desligou o telefone? Eu ainda queria tentar convencer o Sr. Alves. Se ele continuar fazendo daquele jeito, a Aurora só vai ficar cada vez mais irritada, e talvez até desenvolva ódio por ele.Paulo disse:- Você não ouviu direito o que ele disse, estou totalmente sem palavras e muito irritad
- E não é que ele não tem mais medo de perder, ele só decidiu enfrentar todas as consequências da mentira e encarar a realidade. E agora, ele só teve um momento de medo e agiu de forma impulsiva, cometendo alguns erros.Stella suspirou:- Podemos entender, porque isso não está acontecendo conosco, não conseguimos sentir a angústia e raiva que a Aurora está passando. De qualquer forma, eu não vou aconselhar a Aurora. Mesmo que eu queira aconselhar, será mais tarde. Agora ela está extremamente magoada, então por que eu ajudaria o Bruno? Isso só faria a Aurora se sentir pior. Ela foi enganada por alguém tão próximo, e se não nos solidarizarmos com ela, e ainda tentarmos convencê-la a perdoar o Bruno... Eu simplesmente não consigo fazer isso. Se eu tivesse a capacidade, eu mesma daria uma surra no Bruno em nome da Aurora. Eu me pergunto se o Sr. Pedro está ciente disso. Deixar o primo de Aurora dar uma surra em Bruno seria satisfatório.Paulo ficou em silêncio.Realmente, após muito esforç
O que Aurora, trancada sozinha no quarto, estava fazendo naquele momento?Dentro do quarto, ela encontrou uma caneta e papel, se sentou no sofá e colocou o papel na mesa de centro. Em seguida, ela se deitou de bruços e começou a escrever o acordo de divórcio.Após o casamento, o casal não comprou outra propriedade, não havia muitos bens para dividir. Ele havia dito que, após o divórcio, deixaria o apartamento do Condomínio Rosa e o Toyota para ela.Aurora não queria. Aquela era a casa que ele usou para enganá-la, ela não queria!E o carro, ela também não queria.O carro que ela estava dirigindo agora foi comprado por Bruno. No divórcio, ela pagaria a ele todo o dinheiro gasto na compra do carro, sem dever nada.Sem divisão de bens, sem compensação por perda de juventude ou algo do tipo. Qualquer propriedade que estivesse em nome de cada um deles ficaria com o respectivo dono, sem dívidas nem enrolações, apenas pedindo a ele que assinasse o divórcio.Se ele viesse exigir compensação por
Naquela época, ela ainda não estava apaixonada por ele, então não se importava.Agora que estava apaixonada e descobriu a verdade, ela estava se importando, e seu coração doía muito.Especialmente ao pensar nos últimos tempos, em sua companhia, em seu carinho... Doía ainda mais, ficava ainda mais irritada.Será que o carinho dele também era falso, também era para enganá-la?O pescoço ainda doía um pouco.Aquele idiota!Bruno era um grande idiota!Dona Olinda e os outros não souberam como responder.O Sr. Alves enganou a Sra. Alves desde o início, eles todos sabiam disso.- Quem de vocês tem um carregador de iPhone? Meu celular está descarregado, emprestem o carregador para eu usar um pouco.Dona Olinda estava prestes a responder quando seu colega ao lado a cutucou de leve, ela entendeu o recado e rapidamente disse:- O Sr. Alves também tem um iPhone, a Sra. Alves pode pedir emprestado o carregador dele.Aurora não deixou passar o gesto discreto entre elas.Ela sabia que, sem a permissã