Bruno tinha uma premonição de que se ele a soltasse e a deixasse sair daquela mansão, seria muito difícil vê-la novamente.Ele conhecia bem o temperamento dela.- Bruno, me solte! Eu não quero falar com você agora, não quero te ver! - Aurora viu que ele não soltava, abaixou a cabeça e mordeu as costas de sua mãoEla o mordeu, mas mesmo assim ele não soltou. Isso a deixou tão irritada que ela começou a socá-lo e chutá-lo, completamente descontrolada.Bruno a segurou com firmeza, pressionando-a em seu peito. Ele abaixou a cabeça e entupiu sua boca, tentando acalmá-la com beijos gentis.No entanto, ela o mordeu com força nos lábios, e ele sentiu o gosto de sangue.Sem alternativa, Bruno levantou a mão e deu um golpe na parte de trás do pescoço de Aurora, deixando-a inconsciente, e então segurou seu corpo mole.Ele limpou o sangue de sua boca, depois se curvou para pegar Aurora, que estava inconsciente, e subiu as escadas.No fim, ele a deitou na cama e se sentou ao lado, observando-a.Ele
- Bruno, não se desespere, a vovó está indo agora mesmo. Onde vocês estão agora? - A avó tentou acalmar as emoções de Bruno.O fato de o jovem casal ter chegado a esse ponto, ela também tinha uma parcela de responsabilidade que não podia negar.Depois de gritar, Bruno ficou um pouco mais calmo e disse:- Vovó, mesmo que você venha, não vai adiantar nada. Todos nós estamos enganando a Aurora, e toda vez que ela nos vê, ela se lembra dos meses em que a enganamos.A avó suspirou e disse:- Eu te avisei antes... Então, encontre uma maneira por conta própria. Acalme a Aurora, se não conseguir acalmá-la, deixe que ela se acalme por alguns dias. Não a pressione demais...- Ela não vai sair de perto de mim nem por um passo! - A atitude dominadora de Bruno estava em pleno vigor neste momento.A avó ficou sem palavras e, por fim, desligou silenciosamente o telefone. Ao mesmo tempo, mentalmente, ela rezou pelo neto. Se ele não mudar esse seu temperamento arrogante, não irá se reconciliar com Auro
- Aurora? - Bruno chamou preocupado quando a viu olhando para ele em silêncio. - Você está bem?Será que ele exagerou um pouco?Será que ele a deixou com sequelas mentais quando deu o golpe na nuca?- Bruno!!!Aurora recuperou a consciência e gritou o nome de Bruno entredentes, se erguendo como uma leoa enfurecida e agarrando sua gola com uma mão, enquanto a outra se dirigia para a parte de trás do pescoço dele.Ela o xingava com raiva:- Bruno, seu idiota, grande idiota! Você realmente me deixou inconsciente com um golpe na nuca!A nuca dela estava doendo muito, oras!Esse idiota, ele dizia que a amava, mas a deu um golpe na nuca para fazê-la desmaiar? Amá-la era aumentar a dor que ela sentia?Ela queria que ele fosse catar coquinhos! Aurora não queria acreditar em mais nenhuma palavra dele. Nos últimos quatro meses, ela viveu em uma teia de mentiras que ele tecia. A confiança que ela tinha nele agora estava em zero!- Aurora, Aurora.Bruno não deixou Aurora acertar a nuca dele com fo
Aurora continuou:- Essa é a sua verdadeira personalidade, sempre colocando a si mesmo no centro, acostumado a dominar tudo, sendo autoritário, arrogante, egoísta e até um pouco obsessivo!As palavras de Aurora estavam cheias de ironia.Esse era o verdadeiro Bruno.Desde o início do casamento relâmpago, ele se comportava da mesma maneira. Mesmo que ele fingisse ser uma pessoa comum, sua personalidade já estava formada e não poderia ser mudada.Embora seu relacionamento tivesse se aquecido ao longo do tempo, eles tiveram algumas discussões e até mesmo guerras frias. Depois desses conflitos, a atitude autoritária e egocêntrica de Bruno diminuiu um pouco.Mas agora, ele mostrou seu verdadeiro eu novamente.Conviver com alguém como Bruno era muito difícil.Especialmente para uma mulher independente como Aurora. Quando ela entrava em conflito com um homem como Bruno, a briga só piorava e os conflitos se tornavam ainda maiores.Ele claramente queria acalmar Aurora, mas sempre acabava dizendo
Aurora saiu do quarto.Bruno seguiu atrás dela, em silêncio, sem ousar dizer uma palavra, apenas a acompanhando de perto.Ela desceu as escadas, ele desceu logo atrás.Ela saiu, ele também saiu.Afinal, agora ele era como a sombra dela.Aurora chegou à entrada da mansão e tentou abrir a porta, mas percebeu que estava trancada.Ela se virou, estendeu a mão na frente de Bruno e ordenou friamente:- Me dê as chaves!O mordomo tio Camilo, os guarda-costas e os empregados estavam observando de longe, ninguém se atrevia a se aproximar para aconselhar.Sra. Alves parecia furiosa.As palavras também foram geladas.E o jovem mestre deles agora era apenas uma sombra da Sra. Alves.Bruno tirou as chaves do bolso, mas em vez de entregá-las a Aurora, ele as jogou com força para fora, bem longe.Então, ele abriu as mãos e disse:- Eu não tenho mais as chaves.Aurora ficou ainda mais furiosa!Ela realmente queria agarrar a gola da roupa dele e bater nele com força.Aurora olhou para o tio Camilo e os
Aurora, irritada, frustrada e incapaz de sair da mansão, finalmente voltou para dentro da casa e se trancou em um dos quartos de hóspedes. Ela pensou em pedir ajuda à irmã ou a um amigo, pegou o celular e percebeu que ele já havia desligado automaticamente devido à falta de bateria.Aurora suspirou mentalmente: “Até o céu conspira contra mim!”Depois que Aurora se trancou no quarto, Bruno não a perturbou mais.Ele também estava procurando por ajuda.Como de costume, recorrendo a Paulo.Paulo tinha acabado de levar Stella de volta à livraria.Stella trouxe um carregador para carregar sua bicicleta elétrica.- Sr. Paulo, pergunte ao Bruno como ele está lidando com Aurora. - Disse Stella, preocupada com Aurora, que havia sido levada à força por Bruno.Paulo assentiu, dizendo:- Vou ligar agora mesmo para perguntar como eles estão.Embora ele tivesse dito isso, Paulo tinha um pressentimento ruim.Ele conhecia Bruno muito bem.Nesse assunto, Bruno provavelmente não conseguiria lidar bem.Is
Stella revirou os olhos, dizendo:- Eu entendo a Aurora melhor do que você, posso garantir que ela não faria isso. Deixe ela voltar.- Você não é ela, não posso confiar na sua garantia.Stella sentiu um espasmo em seus nervos.Bruno era como uma pedra, não importava o que ela dissesse, ele não conseguia ouvir uma palavra.Paulo pegou o celular de volta rapidamente e confortou Stella:- Não se importe com Bruno, ele está quase enlouquecendo agora. Ele nunca passou por algo assim, é normal que ele não saiba lidar com isso. Se você discutir com ele, quem vai ficar irritada é você.Stella abriu a boca, sem saber o que dizer.Normalmente, Bruno parecia maduro e estável. Embora sua expressão fosse séria, ele era bom em lidar com as coisas.Mas agora, ele estava mantendo Aurora presa ao seu lado, não permitindo que ela voltasse.- Bruno, como está Aurora agora? - Paulo perguntou com preocupação. - O que você fez com ela?- Eu... Eu não fiz nada com ela. Ela queria sair, eu tranquei a porta e
- Bruno, deixe eu me acalmar primeiro, quando eu pensar em uma boa solução, vou entrar em contato com você. Mas por favor, não faça mais nada que machuque a Aurora, caso contrário, vocês realmente não vão mais conseguir recuperar o seu coração nunca mais.Paulo ficou tão irritado com Bruno que só queria desligar o telefone rapidamente, para se acalmar e não soltar palavrões na frente da Stella. Ele tinha que se esforçar para manter sua boa imagem na frente dela.Com o exemplo de Bruno em mente, Paulo decidiu tratar Stella com sinceridade total, nunca mentindo ou enganando como Bruno costumava fazer com Aurora.Paulo não esperou pela resposta de Bruno e simplesmente encerrou a ligação.- Por que você desligou o telefone? Eu ainda queria tentar convencer o Sr. Alves. Se ele continuar fazendo daquele jeito, a Aurora só vai ficar cada vez mais irritada, e talvez até desenvolva ódio por ele.Paulo disse:- Você não ouviu direito o que ele disse, estou totalmente sem palavras e muito irritad